ESTUDO OUTDOOR
Elias Luiz  |  06.06.2024  •  05:42

As mídias sociais certamente têm suas desvantagens, especialmente quando se trata das maneiras como moldaram a experiência de viagem do consumidor. Influenciadores de mídias sociais projetam uma imagem de viagem muitas vezes excessivamente polida e altamente glamorizada, o que tem levado níveis recordes de viajantes a destinos ao redor do mundo.

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Do ponto de vista econômico, isso pode ter benefícios, mas o aumento da superlotação tem se mostrado problemático. De Veneza, na Itália, ao Japão e além, os líderes dos destinos têm estado ocupados anunciando restrições projetadas para ajudar a lidar com o excesso de turismo.

Um estudo recém-lançado pelo Instituto de Tecnologia da Geórgia (Georgia Tech) se apresenta como “o primeiro a vincular altos níveis de exposição nas mídias sociais ao aumento de visitantes" nos Parques Nacionais dos EUA. Conduzido pela Escola de Economia da Georgia Tech, o estudo revela que o aumento na visitação levou tanto a danos ecológicos quanto a benefícios econômicos para os parques nacionais do país, o que é um dilema enfrentado globalmente.

O estudo aponta que houve um aumento de 25% nas visitas aos parques correlacionado com postagens virais nas redes sociais. Os impactos ecológicos incluem erosão de trilhas e distúrbios da vida selvagem, enquanto os benefícios econômicos incluem um aumento de 15% na receita do turismo local.

Há uma ideia geral de que a exposição nas redes sociais influencia a visitação, mas esta pesquisa mostra que essa influência é muito significativa. É um dos principais fatores por trás do enorme aumento na visitação aos Parques Nacionais.

Casey Wichman, professor associado de economia e autor do estudo

Parques nacionais com alta exposição nas redes sociais viram um aumento de 16 a 22% no número de visitantes em comparação com locais que receberam menos atenção nas redes sociais. Esse crescimento pode ser rastreado até 2013, quando o Instagram e o Twitter começaram a ganhar popularidade.

E não foram apenas os parques mais conhecidos que foram impactados pela chegada das redes sociais. "Embora parques bem conhecidos como Yosemite, Grand Canyon e Yellowstone tenham visto grandes saltos ligados à exposição nas redes sociais, propriedades menores e menos conhecidas também viram aumentos significativos", diz o relatório. Por exemplo, o número de viajantes para o menos conhecido Parque Nacional e Reserva Lake Clark, no Alasca, aumentou em mais de 180%.

O relatório também descobriu que os maiores aumentos em termos percentuais ocorreram no oeste dos Estados Unidos, particularmente no Alasca, na região das Montanhas Rochosas e em Utah.

Wichman mediu a correlação entre a exposição nas redes sociais e os níveis de visitação aos parques nacionais usando cinco medições diferentes para criar um índice de exposição nas redes sociais: seguidores no Instagram, menções no Instagram, seguidores no Twitter, menções no Twitter e número total de curtidas e retweets no Twitter. Ele então classificou os parques com base na média dessas métricas, com uma classificação mais baixa indicando maior exposição nas redes sociais.

As redes sociais servem como publicidade para os parques de uma forma direcionada à rede de um indivíduo. No entanto, nem toda exposição aumenta as visitas — ela tem que ser uma boa exposição.

Casey Wichman

Em última análise, Wichman sugere que o aumento na visitação aos parques nacionais impulsionado pelas redes sociais é uma faca de dois gumes. Mais visitantes podem resultar em superlotação, engarrafamentos frustrantes e dificuldade de acesso a acampamentos ou outras comodidades, além de mais poluição. Contudo, existem vantagens econômicas significativas. Turistas pagam taxas de entrada e compram coisas em lojas de presentes, restaurantes e outras concessões, o que gera receitas que podem ajudar a apoiar as operações do parque, esforços de conservação da vida selvagem e economias locais.

Em uma sessão de perguntas e respostas com a TravelPulse, Wichman ofereceu algumas percepções adicionais. Ele afirmou que o fenômeno das redes sociais impulsionando a visitação aos parques nacionais não está diminuindo desde que começou em 2013 ou 2014, época em que o Instagram ganhou popularidade. As redes sociais mudaram fundamentalmente a maneira como as pessoas descobrem novos lugares para visitar e como compartilham sua visita com amigos, familiares e outros em sua rede.

Além disso, as redes sociais agora servem como uma ferramenta para o Serviço Nacional de Parques se envolver com seus visitantes, educando-os sobre como recrear de forma responsável e informando-os sobre riscos, fechamentos de estradas, etc.

Wichman também discutiu os impactos ecológicos do aumento do número de visitantes, como mais desgaste em estradas, trilhas de caminhada, infraestrutura, mais lixo e aumento da poluição do ar. Pessoas não acostumadas ao turismo ao ar livre podem se colocar e colocar a vida selvagem em risco.

Para ser um turista melhor, Wichman sugere que talvez devêssemos ignorar as redes sociais, mas reconhece que elas também podem levar as pessoas a apreciar a natureza e apoiar as economias locais e os esforços de conservação.


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Você também tem notado esse aumento de público nos Parques Nacionais do Brasil?

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