11 ANOS DE COBERTURA ONLINE DO EVEREST - TEMPORADA 2016
29.05.2016 - 18:50 Brasil | 03:35 Nepal - Incluímos no mapa onde ocorreram as mortes. Você encontra no Post do dia 29 de maio os dados referentes as 5 mortes.
CUMES
MORTES
FACE SUL
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FACE SUL
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ALPINISTAS
SHERPAS
ALPINISTAS
SHERPAS
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brasileiros
FACE SUL
FACE NORTE
GRADE 6
INTERNATIONAL MOUNTAIN GUIDES - IMG
HIMALAYAN ECSTASY
1º CA: BC-FF-BC
2º CA: BC-1C1-C2-1C1-BC
3º CA: BC-1C1-2C2-C3-1C2-BC
4º CC: BC-2C2-1C3-C4-CUME-1C4-1C2-BC
FIM DE EXPEDIÇÃO
1º CA: BC-FF-BC
2º CA: BC-1C1-C2-1C1-BC
3º CA: BC-1C1-2C2-C3-1C2-BC
4º CC: BC-2C2-1C3-C4-CUME-1C4-1C2-BC
FIM DE EXPEDIÇÃO
1º CA: BC-ABC
2º CA: ABC-C1-ABC-BC
3º CC: BC-1ABC-1C1-1C3-C4-CUME-1C3-1ABC-BC
FIM DE EXPEDIÇÃO
LEGENDA:
• CA = CICLO DE ACLIMATAÇÃO •
BC = BASE CAMP • FF = FOOTBALL FIELD (5.700m) • C1 = CAMPO 1 (5.900m) • C2 = CAMPO 2 (6.400m) • C3 = CAMPO 3 (7.200m) • C4 = CAMPO 4
(8.000m)
• 1C1 - PASSOU UMA NOITE NO CAMPO 1
• ... O CICLO EM ANDAMENTO
• ABC = ACAMPAMENTO BASE AVANÇADO (6.500m - FACE NORTE) • LOBUCHE EAST (6.119m) • CC = CICLO DE CUME
podcast
notícias
15.09.2016 - 13:48 Brasil | 22:34 Nepal
Kilian desiste
Kilian Jornet estava desde o final de agosto no campo base da face norte do Everest, no Tibet, o objetivo era escalar a montanha mais alta do mundo tem tempo recorde e assim finalizar o seu projeto “Summits of my life”. Sua equipe era composta pelo guia Jordi Tosas e pelos cinegrafistas e fotógrafos Vivian Bruchez e Sébastien Montaz-Rosset.
Ao completar a primeira faze de aclimatação com sua equipe, depois de três semanas, todos estavam bem e em boa forma, mas o tempo mudou e fortes nevascas cairam na região e o acumulo de neve foi grande.
"Havia um sério risco de avalanches e tornou-se impossível fazer a escalada com segurança. Estou um pouco frustrado, mas em qualquer caso, estamos felizes porque tudo foi muito positivo e aprendemos muito com essa experiência. Estar sozinho no Everest é algo incrível, porque não havia outras expedições Agora vamos para casa para se recuperar e se preprarar para o futuro. Eu acho que sim, vamos voltar, provavelmente, mudar algumas coisas, mas tivemos uma grande experiência e um bom aprendizado para o próximo ano."
Kilian Jornet
Essa foi a segunda tentativa de Kilian Jornet escalar o Everest, em 2015, dias antes de ele embarcar para o Nepal, aconteceu o trágico terremoto que matou mais de 4.000 pessoas, mesmo assim Kilian manteve a sua viagem, mas ao invés de escalar a montanha foi para ajudar os necessitados.
O primeiro casal de policiais indianos que diziam ter escalado o Everest neste ano não passa de uma fraude.
Dinesh Chandrakant Rathod e sua esposa Tarkeshwari Chandrakant Bhelerao, que faziam parte da agência Makalu Aventura Everest Expedition, alterou a foto de cume da esposa para que ambos recebessem os certificados do Departamento de Turismo no âmbito do Ministério da Cultura, Turismo e Aviação Civil, e assim se intitularem do primeiro casal de policial indiano a chegar ao cume do Everest.
A primeira imagem abaixo é real, mas pertence a outro alpinista indiano, Satyarup Siddhanta, que fez cume no Everest. Na segunda imagem abaixo já com o rosto da esposa do policial, é possível perceber que todo o resto da foto é igual a primeira, como a corda na cintura, o capuz, a máscara, o gelo acumulado no pescoço, os alpinistas ao fundo, etc. O que mudou apenas foi a inclusão do rosto da esposa e da bandeira e as luvas.
Ao analizarem as fotos da escalada, notaram que a esposa usava agasalho no tom vermelho e não laranja como aparece na foto de cume.
Mas apesar disso tudo, os sherpas que acompanhavam o casal alegam que eles chegaram sim, ao cume do Everest.
Em uma conferência de imprensa logo após a sua viagem, o casal fez uma homenagem aos três alpinistas indianos menos afortunadas que morreram na mesma semana no Everest, e disseram aos repórteres que eles adiadaram por anos ter um filho até alcançarem o sonho de derrotar com sucesso Everest.
A FRAUDE - Reparem que entre as duas fotos o corpo do alpinista em primeiro plano é o mesmo, o que mudou foi a introdução do rosto da policial na segunda foto, junto com a bandeira e luvas. Percebe-se que os alpinistas no segundo plano também estão na mesma posição da primeira foto.
Thaís Pegoraro fala sobre o seu ataque ao cume do Everest, onde se tornou a 14ª brasileira a chegar ao topo do mundo, no dia 19 de maio e agora só falta o Carstensz para ela completar os 7 Cumes em um ano. E pela primeira vez a bandeira do EXTREMOS chegou ao cume do Everest, obrigado Thaís Pegoraro e Carlos Santalena. Ouça e comente!
Rosier Alexandre fala sobre a sua escalada ao cume pela face norte do Everest, no Tibet, onde encontrou 3 corpos. Falamos também sobre a conclusão do projeto dos 7 Cumes, ciclos de aclimatação, as burocracias chinesas, o cume do Everest, livros e muito mais.
A temporada de primavera da escalada ao Everest de 2016 chegou ao fim, tanto na face norte como na face sul. Para nós do EXTREMOS ainda não terminou, pois ainda iremos publicar os podcasts de cume do Rosier Alexandre, Thaís Pegoraro e Carlos Santalena. Aguardem!
Mortes
Ao total foram 5 mortes no Everest nesta temporada. Abaixo relacionamos todos os dados que apuramos sobre as mortes. No mapa geral da Cobertura Online você pode ver enumerados o local em que ocorreram essas mortes.
Duas mortes aconteceram na região do Everest, mas ambos não estavam escalando o Everest, são:
| 11.05.2016 | - Dr. Charles (Charlie) Leslie MacAdams, 61 anos. Canadá. Face Norte, Tibet. Estava escalando o Lhakpa Ri (7.045m), mas teve que abortar a escalada devido ao mal temo. Depois optou por escalar até o Colo Norte (7.000m), quando começou a sentir o mal de altitude, desceu para o Ronbuk Monastery, onde morreu.
| 19.05.2016 | - Phurba Sherpa, 25 anos, Nepal. Morreu devido uma queda na canaleta do Lhotse, enquanto trabalhava na instalação das cordas. Agência: Arun
As mortes da temporada 2016 do Everest
1- | 21.05.2016 | - Eric Arnold, 36 anos, Holanda. Morreu no Campo 4 (8.000m) de mal de altitude. Agência: Arnold Coster Expeditions
2- | 22.05.2016 | - Dra. Maria Strydom, 34 anos, Austrália. Morreu no Campo 4 (8.000m) devido a cegueira da neve e acidente vascular cerebral. Agência: Arnold Coster Expeditions
3- | 22.05.2016 | - Subhash Pal, 44 anos, Índia. Morreu na descida do cume, próximo ao Campo 3, de mal de altitude. Agência: Trekking Camp Nepal
4- | 22.05.2016 | - Paresh Chandra Nath, 58 anos, Índia. Morreu no Balcony (8.380m) devido a exposição ao tempo. Agência: Trekking Camp Nepal
5- | 22.05.2016 | - Goutam Ghosh, Índia. Morreu no Balcony (8.380m) devido a exposição ao tempo. Agência: Trekking Camp Nepal
O gráfico mostra os últimos 21 anos no Everest, desde a tragédia de 1996 até a temporada atual. Gráfico: Elias Luiz | EXTREMOS
26.05.2016 - 11:20 Brasil | 08:05 Nepal
Podcast 122
Gravamos o 5º podcast da série Everest 2016, agora falando do Ataque ao Cume de Cristiano Müller, pela face sul, no Nepal.
Foi um dos melhores podcasts que já gravamos, pois relata em detalhes o ataque ao cume, o uso de equipamentos, o dedo congelado, curiosidades e as sensações de estar no Topo do Mundo. Ouça e comente!
A temporada está chegando próximo do fim, mas ainda é possível que haja mais algumas tentativas de cumes, solitárias, não em grandes grupos como vimos nos últimos dias.
Todos os brasileiros estão retornando para Katmandu e depois para o Brasil. Ainda iremos gravar podcasts com todos.
Cristiano Müller retornou hoje de helicóptero para Katmandu, pois acionou o seu seguro devido a um congelamento que teve no dedão do pé. Disse que não era nada grave, mas que seria melhor assim do que descer caminhando três dias até Lukla. Foi o que recomendou a médica de sua expedição.
Cumes sem O2
Cory Richards (Estados Unidos), Melissa Arnot (Estados Unidos), Thomas Lammle (Alemanha), Azim Gheichisaz (Irã) e Carla Pérez (Equador) escalaram o Everest sem o uso de oxigênio suplementar, pela face norte, no Tibet.
Rapidinhas
• Até o momento não teve nenhum cume no Lhotse.
•
Sherpas relataram que há muita neve no Escalão Hillary, mas nada foi alterado.
•
O corpo da australiana, Maria Strydom, foi removido do Campo 4 por 13 sherpas.
•
Em 2016 batemos um recorde no Everest, 4 brasileiros fizeram cume.
No amanhecer já próximo do cume, os alpinistas tem o previlégio de ver a sombra do Everest sobre as nuvens que encobre o Vale Khumbu.
23.05.2016 - 11:00 Brasil | 07:45 Nepal
Todos no Campo Base
Todos os brasileiros já estão no campo base do Everest. Cristiano Müller chegou hoje no campo base da face sul e Rosier Alexandre chegou no campo base da face norte.
Carlos Santalena e Thaís Pegoraro devem embarcar em breve para Katmandu e depois Brasil.
Para os brasileiros, depois da conquista agora o clima já é de despedida, no máximo em uma semana todos estarão de volta ao Brasil, nesse meio tempo tentaremos gravar com eles podcasts onde poderão falar em detalhes sobre o ataque ao cume do Everest. Com certeza teremos ótimas histórias para ouvir.
Por outro lado, a temporada ainda não acabou, tanto na face sul como na face norte alpinistas ainda estão fazendo as últimas tentativas de alcançar o topo do mundo, pois as monções estão previstas para chegar entre o final de maio e começo de junho, o que impossibilita qualquer tentativa de cume.
Mortes
A temporada 2016 do Everest trouxe de volta a normalidade na montanha. Do início ao fim uma temporada sem imprevistos, grandes tragédias e enormes avalanches. Com várias janelas de ataque ao cume e aproximadamente 500 alpinistas chegando ao topo do mundo. Uma temporada normal, bem diferente dos dois últimos anos anormais e trágicos.
Até mesmo o número de mortes, que por mais triste que possa ser, está normal. Por enquanto são 4 mortes e 2 desaparecidos. Por estatísticas e por mais frio possa parecer, quando inicia uma temporada, já é estimamos que pelo menos 6 pessoas dentre as praticamente 1.000 que tentarão o ataque ao cume ou que trabalho no Everest, morrerão. É triste, mas é fato.
E agora?
A parte emocionante que é acompanhar o ataque ao cume dos brasileiros já passou. Agora o que vem pela frente será a publicação das fotos do ataque ao cume dos quatro brasileiros e a gravação dos podcast, que com certeza será emocionante.
E contiuaremos a relatar os acontecimentos do Everest até o final da temporada, quando os Sherpas devem fazer o trabalho de "limpa trilha". Descem retirando as cordas e coletando os lixos deixados para trás.
– Assim esperamos!
13:50 Brasil | 22:35 Nepal - Melissa sem O2
Todos os anos cobrimos as expedições da americana Melissa Arnot no Everest. Mas agora em 2016 ela disse que ficaria reclusa e não mandaria informações até o final de sua expedição.
Ela acaba de realizar um feito que buscava há muito tempo. Chegou ao topo do mundo pela face norte, no Tibet, sem usar oxigênio suplementar. É a 6ª vez que Melissa Arnot chega ao cume do Everest, e ela tem apenas 32 anos.
Fantástico!!! Parabéns Melissa Arnot!
Melissa Arnot é a primeira americana a escalar sem O2?
Esse é um tema controverso. Anos atrás ela havia anunciado sua inteção de ser a primeira americana a escalar o Everest sem oxigênio suplementar. Mas em 1998 a americana, Francys Distefano-Arsentiev e seu marido Sergei Arsentiev, escalaram o Everest sem O2, mas na descida eles se separaram e Sergei sentindo a falta de sua esposa, voltou a escalar em busca dela. Quando a encontrou ela já estava muito ruim devido os efeitos do mal da montanha e nada podia ser feito.
Também foi a última vez que Sergei foi visto. Ao lado de sua esposa restou apenas a sua piqueta. No outro dia os sherpas encontraram Francys ainda em seus últimos minutos de vida.
Alguns consideram que ela é a primeira mulher americana a escalar o Everest sem oxigênio suplementar. Outros consideram que uma escalada de sucesso é quando o alpinista sobe e desce com vida.
Esta mesma questão envolve o brasileiro Vitor Negrete, por alguns ele é considerado o 1º brasileiro a escalar o Everest sem oxigênio suplementar. Rodrigo Raineri, seu antigo parceiro e a historiadora do Everest, Elizabeth Hawley defendem esta tese. Outros não aceitam essa versão.
Leitor, qual a sua opinião sobre isso?
OBS: Há poucos minutos o facebook de Eddie Bauer sintetizou o feito da Melissa Arnot:
“Parabéns a Melissa Arnot por se tornar a primeira mulher americana a completar com sucesso uma escalada ao Everest sem oxigênio suplementar. Ela também é a americana com mais cumes no Everest. Seis!”
Eddie Bauer, facebook
MELISSA ARNOT no cume do Everest. Detalhe: Sem cilindro de oxigênio suplementar! Parabéns!
Cristiano Müller
“Olá, amigos! Cheguei agora a pouco à segurança e ao conforto do Base Camp, depois de ter sido abençoado por colocar os meus pés no TOPO DO MUNDO - Mt. EVEREST, no dia 21/05/2016, às 7h10am (hora local). Neste momento me faltam palavras para descrever a emoção que estou sentindo. Por agora só quero agradecer a Deus, por me abençoar e me proteger nessa empreitada e a todos vocês pelas mensagens de apoio, pelo carinho e pela vigília que alguns fizeram durante a escalada, principalmente no dia do ataque ao cume. Assim que possível compartilharei mais detalhes de como foi essa experiência maravilhosa, a qual certamente ficará marcada por toda minha vida. Mais uma vez obrigado a todos e um forte abraço!”
Cristiano Müller, direto do campo base do Everest
CRISTIANO MÜLLER no cume do Everest, no dia 21 de maio de 2016, às 7h10.
22.05.2016 - 01:30 Brasil | 10:15 Nepal
Os 16 brasileiros que já estiveram no topo do mundo
Muitas pessoas assustam, mas é verdade, apenas 16 brasileiros chegaram ao cume do Everest até. E osmais novos integrantes deste seleto grupo são: Thaís Pegoraro, Rosier Alexandre e Cristiano Müller.
Rodrigo Raineri já escalou o Everest três vezes. Waldemar Niclevicz e Carlos Santalena já escalaram o Everest duas vezes. Carlos Santalena é o brasileiro mais jovem a escalar o Everest com apenas 24 anos. E agora o mais jovem a estar duas vezes no cume do Everest, aos 30 anos. Ana Boscarioli é a primeira mulher brasileira a escalar o Everest, em 2006 e a primeira mulher a completa os 7 Cumes.
Carlos Santalena
“O cume foi a metade de um longo caminho que percorremos. A felicidade de alcançar um grande objetivo não cabe dentro de mim. Pouco a pouco vou absorvendo a energia desta montanha habitada pela deusa mãe do mundo. Poder ter escalado por ela e sentir a emoção de pisar em seu topo é algo especial, mais do que isso, espiritual. Agradeço a equipe Grade6 (Aretha, Sartor, Lemão, Lucas, Ayesha, Rodrigo), equipe de sherpas, logística da Himalayan Ascents, minha família, Thaís Amadei Pegoraro, Cid Ferrari e todos aqueles que mandaram boas vibrações para nossa empreitada, cada voto foi igualmente válido e forte. Que a força do topo do mundo esteja com todos. Om mani padme hum hari!”
Carlos Santalenas, direto do campo base do Everest
CARLOS SANTALENA e Thaís Pegoraro no cume do Everest, no dia 19 de maio de 2016, às 12h30.
Os 16 brasileiros que já estiveram no topo do Everest
1º
Cume: 14.05.1995
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 29 anos
2º Cume: Face Sul (Nepal), em 02.06.2005 - único brasileiro a escalar com sucesso as duas faces do Everest
Nascimento: 12.03.1966
Foz do Iguaçu / PR
2º
Cume: 14.05.1995
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 32 anos
Faleceu em uma avalanche na face sul do Aconcágua no dia 03.02.1998
Nascimento: 14.06.1962
Teresópolis / RJ
3º
Cume: 02.06.2005
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 33 anos
Nascimento: 12.06.1971
Curitiba / PR
4º
Cume: 02.06.2005
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 37 anos
2º Cume: Face Norte, sem o uso de oxigênio suplementar. Morreu de HAPE ou HACE, no Campo 3 (8.300m), em 19.05.2006
Nascimento: 13.12.1967
Belo Horizonte / MG
5º
Cume: 19.05.2006
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 40 anos
Nascimento: 11.01.1966
Igarapava / SP
6º
Cume: 27.05.2008
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 39 anos
2º Cume: Face Sul - 20.05.2011
3º Cume: Face Sul - 21.05.2013
Nascimento: 09.05.1969
Ibitinga / SP
7º
Cume: 27.05.2008
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 02.07.1969
Campinas / SP
8º
Cume: 17.05.2010
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 53 anos
Nascimento: 20.08.1956
Farroupilha / RS
9º
Cume: 17.05.2010
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 46 anos
Nascimento: 04.01.1964
Manaus / AM
10º
Cume: 07.05.2011
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 24 anos
2º Cume: Face Sul - 19.05.2016
Nascimento: 10.05.1986
Campinas / SP
11º
Cume: 07.05.2011
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 27.04.1973
São José dos Campos / SP
12º
Cume: 17.05.2013
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 31 anos
Nascimento: 14.05.1982
São Paulo / SP
13º
Cume: 23.05.2013
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 43 anos
Nascimento: 28.02.1970
São Paulo / SP
14º
Cume: 19.05.2016
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 37 anos
Nascimento: 26.11.1978
Bauru / SP
15º
Cume: 21.05.2016 - 6h00
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 47 anos
Nascimento: 26.11.1968
Monsenhor Tabosa / CE
16º
Cume: 21.05.2016 - 7h00
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 15.03.1978
Pelotas / RS
21.05.2016 - 12:50 Brasil | 09:35 Nepal
Foto do cume
A partir de agora devem surgir a mais belas e dramáticas histórias das escaladas do Everest de 2016. As fotos também começarão a ser divulgadas. E recebemos a primeira foto da Thaís Pegoraro no cume do Everest.
Carlos Santalena e Thaís Pegoraro já estão em segurança no Acampamento Base do Everest. Assim que posssivel iremos gravar um podcast com eles.
Para quem quiser saber como foi o Ataque ao Cume do Everest de ontem, veja no post abaixo, do dia 20 e 21 de maio.
“Cume do Everest no dia 19 de maio de 2016 às 12:30. Foi como ir a lua e voltar. Um sonho grande que começou com um passo. Já estamos no Base Camp moídos e agradecidos por tanto carinho. Quando ficou muito difícil (e ficou) toda a torcida da família e dos amigos levou a gente a dar mais um passo! Nada grandioso se faz sozinho. Nada! Obrigada a todos e especialmente aos companheiros Carlos Santalena e Cid Ferrari! Estamos juntos sempre! Projeto Sete em fase final - 7 montanhas em 12 meses. Só falta uma!”
Thaís Pegoraro, direto do campo base do Everest
THAÍS PEGORARO no cume do Everest, no dia 19 de maio de 2016, às 12h30.
20 e 21.05.2016 - 00:40 Brasil | 09:25 Nepal
Ataque ao Cume do Rosier Alexandre e Cristiano Müller
Ontem 202 alpinistas e sherpas chegaram ao cume do Everest, sem contar as eventuais desistências que devem ter acontecido duranto o ataque ao cume.
O tráfego de alpinistas nas cordas fixas foi intenso. Um dos motivos pelas 16 horas de escalada de Carlos Santalena e Thaís Pegoraro do Campo 4 até o cume foi esse. O mais incrível é que não houve registro de nenhuma morte. Mas com certeza boas histórias irão surgir nos próximos dias quandos eles retornarem da escalada. As grandes imagens deste dia também devem ser divulgadas em breve. Mas já recebemos uma feita de um ponto próximo do Campo Base do Everest, às 7:00 da manhã do dia 19 de maio, usando uma teleobjetiva de 600mm.
O cume no dia 19 de maio, às 07:00 horas. Usando uma lente de 600 mm de um ponto próximo ao Campo Base. Foto: Karsten Scheuren
07:35 Brasil | 16:20 Nepal - Rosier Alexandre
O montanhista cearense, Rosier Alexandre, fez contato via telefone por satélite às 05h30 desta sexta-feira (20/maio) comunicando sua chegada a 8.300m de altitude. Ele já se encontra no Campo 3, último ponto antes de chegar ao cume do Everest a 8.848m de altitude. Rosier levou 2h50min para realizar o percurso do Campo 2 a 7.500m até o Campo 3 a 8.300m. Estava usando oxigênio suplementar. Na ligação relatou emocionado "não estou nem acreditando", disse ainda que o tempo estava favorável, aberto e com pouco vento, e que agora é questão de horas. O ataque ao cume deve acontecer na noite desta sexta, 20 de maio
Rosier Alexandre e Cristiano Müller estarão no cume no mesmo dia, na manhã de 21 de maio (horário Nepal). Será que é possível reconhecer por baixo de toda aquela roupa e máscara? Acredito que só se identificarem a bandeira do Brasil com eles, ou a bandeira do EXTREMOS que os dois estão levando para o topo do mundo.
10:30 Brasil | 19:15 Nepal - Falta pouco
Rosier Alexandre, na face norte e Cristiano Müller na face sul, partem por volta das às 12:00 (Brasil) - 20:45 (Nepal) para o Ataque ao Cume do Everest.
Acompanhe aqui pelo EXTREMOS, pois só iremos dormir depois de dar a notícia de cume, não importa o horário. A previsão é que cheguem ao cume entre 00:00 e 01:00 hora da madrugada deste sábado, dia 21 de maio. Mas lógico, esse horário pode avançar madrugada adentro com eventuais atrasos na escalada.
14:45 Brasil | 23:30 Nepal - Ataque ao cume
Os dois brasileiros já iniciaram o Ataque ao Cume do Everest. Rosier Alexndre comentou que no final da tarde havia nevado um pouco do Campo 3 da face norte.
16:30 Brasil | 01:15 Nepal - Carlos Santalena e Thaís Pegoraro
Carlos e Thaís chegaram no Campo 2 (6.400m) às 17h00 (horário local). Eles descansam e amanhã descerão ao Campo Base do Everest (5.350 metros de altitude). Todos estão bem!
19:15 Brasil | 04:00 Nepal - 8.600 metros
Cristiano Müller já está a 8.600 metros de altitude, no máximo em uma hora deve chegar ao cume sul. Equipe da IMG está progredindo bem madrugada adentro.
Não temos as mesmas informações precisas de Rosier Alexandre na face norte. Mas relataram que o clima durante a noite está bom e colaborando com uma escalada mais tranquila.
20:45 Brasil | 05:30 Nepal - No Cume Sul (8.686 metros)
Cristiano Müller está no Cume Sul, normalmente deste ponto até o Cume demora em média 2 horas. Lógico que pode ter algum atraso. Mas a diferença de progresso de hoje comparado ao dia 19 é enorme, quando Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e mais 200 alpinistas chegaram ao cume depois de 16 horas escalando.
22:30 Brasil | 07:15 Nepal - IMG no Cume
Alguns membros da IMG já estão no cume, outros devem chegar em breve.
21.05.2016 - 00:00 Brasil | 08:45 Nepal - Enquanto o cume não vem
Nos próximos anos os brasileiros que devem escalar o Everest são: Ayesha Zangaro, Roman Romancini, Carlos Santalena, Carlos Canellas, Gustavo Ziller, Sabrina Paschoal, entre outros pretendentes.
21.05.2016 - 00:05 Brasil | 08:45 Nepal - Dia 21 de maio
Pronto, agora estamos no mesmo dia que no Nepal. Dia 21 de maio. Lembrando que lá são 8h45 a mais que no Brasil. Vamos continuar aqui a Cobertura do Ataque ao Cume, não iremos abrir um novo dia lá no topo.
Quem quiser fazer perguntas fique a vontade aqui no mural abaixo... assim o tempo passa mais rápido e eles logo chegam no cume....rsss
21.05.2016 - 00:45 Brasil | 09:30 Nepal - Mais uma morte
Um alpinista morreu hoje no Campo 4, provavelmente do mal da montanha, HAPE ou HACE (Edema Pulmonar ou Edema Cerebral). Ele tinha feito cume e estava descendo. Ainda não foi identificado o nome e nacionalidade, mas sabe-se que pertencia a agência Arnold Coster. Não e brasileiro, (em breve mais informações).
21.05.2016 - 01:59 Brasil | 10:44 Nepal - ÉÉÉÉ CUUUMMMMMEEEE
Rosier Alexandre chegou ao cume do Everest às 08:15 da manhã (horário Tibet) e agora é o 6º brasileiro a completar o projeto dos 7 Cumes, depois de Waldemar Niclevicz, Manoel Morgado, Carlos Santalena, Eduardo Keppke e Ana Boscarioli.
21.05.2016 - 02:19 Brasil | 11:04 Nepal - ÉÉÉÉ CUUUMMMMMEEEE
Cristiano Müller também chegou ao cume do Everest.
E como tradição, Tema da Conquista para os dois brasileiros.
21.05.2016 - 02:40 Brasil | 11:25 Nepal - Horário de cume
O mais importante já noticiamos, o cume de Rosier Alexandre e Cristiano Müller. Espero que estejam descendo bem e com saúde, é o que desejo.
Agora vamos para uma questão mais trivial, que é importante mais para nós que escrevemos a história do montanhismo brasileiro. Quem chegou primeiro ao cume hoje? Rosier ou Cristiano. Isso é relevante para nós, para dizer quem foi o 15º e o 16º brasileiro a chegar ao cume do Everest.
A demora em anunciarmos o cume se deu porque Rosier Alexandre não conseguiu telefonar do cume, pois estava ventando muito, e muito frio. Ficou no cume por apenas 15 minutos. Ligou para a sua esposa Danubia Pereira, apenas quando chegou ao Campo 3, e agora está descendo para o Campo 2. Rosier informou que chegou ao cume às 08h15 no horário do Tibet.
Cristiano Müller também não ligou do cume, por mais que tivesse combinado isso com o seu pai, Rogério Müller. Ficamos sabendo do cume através da IMG. Com certeza deve ter enfrentado a mesma situação de muito vento e pouco tempo no cume. Esperamos que ele ligue quando chegar ao Campo 4 ou Campo 2.
Ainda hoje teremos essa definição e publicaremos aqui.
21.05.2016 - 03:00 Brasil | 11:45 Nepal - Obrigado!
Obrigado a todos que acompanharam mais esse ataque ao cume. A temporada não encerrou ainda. Ainda acompanharemos os brasileiros até deixarem o Campo Base. Também iremos gravar podcasts com eles para saber da história de cada nesta jornada ao topo do mundo. Com certeza muitas histórias virão por aí.
Novamente o EXTREMOS é o primeiro site a informar em primeira mão o cume dos 4 brasileiros desta temporada do Everest. Dos 16 brasileiros que já estiveram no cume do Everest, o EXTREMOS anunciou em primeira mão 14 deles. Apenas os dois primeiros cumes de Waldemar Niclevicz e Mozart Catão não tivemos esse prazer, mas isso porque aconteceu em 2005, naquela época praticamente não existia internet no Brasil e nem o EXTREMOS.
Obrigado a Danubia Pereira e ao Rogério Müller que nos ajudaram a dar essas informações com exclusividade.
Obrigado a você internauta que sempre nos prestigia. Deixe seu recado no mural abaixo.
21.05.2016 - 07:45 Brasil | 16:30 Nepal - Morte
O alpinista que morreu no Campo 4 de "mal da montanha", após descer do cume foi identificado como Eric Arnold, 36, da Holanda. Era a sua 5ª tentativa de escalar o Everest. Ele esteve entre os sobreviventes da avalanche no Campo Base em 2015. Nossos sentimentos aos amigos e familiares.
21.05.2016 - 11:30 Brasil | 20:15 Nepal - Mais uma morte
A australiana Dra. Maria Elizabeth Strydom, 34 anos, morreu no Campo 4 do Everest. Ela estava sofrendo de cegueira da neve e depois teve um acidente vascular cerebral. Ela estava escalando com o marido e eles ainda estavam subindo, não fizeram o ataque ao cume.
21.05.2016 - 11:40 Brasil | 20:25 Nepal - Uma primeira análise
Após checar alguns dados, que depois merecem uma revisão, pois Tibet e Nepal tem fusos horários bem diferentes, Rosier Alexandre chegou ao cume do Everest às 21h15 (horário de Brasília) e Cristiano Müller às 22:15 (horário de Brasília).
Rosier Alexandre é o 15º brasileiro a chegar ao cume do Everest e Cristiano Müller o 16º. Parabéns aos dois pela bela escalada, e agora que retornem em segurança ao Campo Base.
21.05.2016 - 01:59 Brasil | 10:44 Nepal - ÉÉÉÉ CUUUMMMMMEEEE... Rosier Alexandre e Cristiano Müller.
19.05.2016 - 03:40 Brasil | 12:25 Nepal
Brasileiros o cume do Everest
Carlos Santanela e Thaís Pegoraro chegaram ao cume do Everest às 12:10, no horário local.
Carlos Santalena, aos 30 anos, é o brasileiro mais jovem a escalar o Everest duas vezes. Ele também é o brasileiro mais jovem a escalar o Everest, com apenas 24 anos.
Thaís Pegoraro agora completa 6 montanhas no projeto dos 7 Cumes. Só falta o Carstensz. E ela ainda pode completar os 7 Cumes em 1 ano, caso escale o Carstensz até julho deste ano.
Deixe sua mensagem de apoio aos brasileiros no mural abaixo da foto.
Tema da Conquista
Todas as vezes que um brasileiro chega ao cume de uma montanha acima de 8.000 metros, nós tocamos o tema da conquista.
04:30 Brasil | 13:15 Nepal - Passada a euforia, é hora da lucidez
Para os padrões atuais chegar 12h25 no cume do Everest é muito tarde. O horário limite antigamente era às 14h. Mas quando falamos em segurança, precisamos ter uma margem grande, pois o cume é apenas o meio do caminho. Carlos Santalena sabia exatamente quanto tempo ele levaria para chegar ao cume desta vez, um horário bem diferente da sua primeira escalada ao Everest.
Quando eu fiquei sabendo que levariam 15 horas para escalar, achei que era apenas um horário mais esticado para não preocupar a família. Mas eles acabaram levando 16 horas do Campo 4 para o Cume.
Para descer do Cume até o Campo 2, que seria o ideal, demora cerca de 10 horas. Para descer do Cume até o Colo Sul no Campo 4, demora até 7 horas. Então se eles tem um plano B ou C, acredito que é o momento de usar o Plano C. Devem dormir no Campo 4, tomando muito chá quente e inalando muito oxigênio. Se conseguirem descer ainda hoje para o Campo 3, melhor ainda.
Estamos na torcida para que transcorra tudo bem. Estaremos acompanhando e divulgaremos mais notícias ao longo do dia. Sucesso a eles e que desçam em segurança.
08:00 Brasil | 16:45 Nepal - Rosier na Face Norte
Finalmente as cordas chegaram hoje ao cume da face norte, instaladas pelos guias chineses. Agora está liberado o cume para que todos alpinistas possam escalar.
Rosier Alexandre Alexandre saiu do Campo 1 (7.000 m) às 10h e chegou ao Campo 2 (7.500 m) às 14h30. O tempo está aberto e bastante vento. Ele está confiante.
08:55 Brasil | 17:40 Nepal - 10 anos sem Vitor Negrete
Há 10 anos atrás morria o alpinista brasileiro Vitor Negrete em sua barraca no Campo 3 (8.300m) da face norte do Everest, provavelmente de HAPE ou HACE, ou mesmo de ambos.
Vitor Negrete fez o cume do Everest sem usar oxigênio suplementar e sem ajuda de sherpas no Ataque ao Cume. Durante a descida ele começou a passar mal e foi resgatado pelos sherpas da sua equipe já próximo do Campo 3. Durante a noite morreu em sua barraca no Campo 3. Seu corpo permanece na montanha, em uma área mais afastada do Campo 3, no seus sherpas sepultaram.
Vitor Negrete já havia escalado o Everest em 2005, também pela face norte, no Tibet.
Fica aqui a nossa lembrança ao querido amigo, e nossas condolências aos familiares e amigos.
10:00 Brasil | 18:45 Nepal - Carlos e Thaís no Campo 4
Recebemos a informação que Carlos Santalena e Thaís Pegoraro estão no Campo 4 e estão bem. Eles vão dormir hoje no Campo 4 e amanhã descem direto para o Campo 2 e depois Campo Base do Everest.
10:20 Brasil | 19:05 Nepal - Cristiano Müller
O brasileiro Cristiano Müller subiu hoje para o Campo 3. Amanhã cedo sobe para o Campo 4 onde deve chegar por volta das 14h, dorme até às 20h e parte para o Ataque ao Cume que deve durar aproximadamente 11 horas. Com cume previsto para as primeiras horas do dia 21 de maio.
10:40 Brasil | 19:25 Nepal - Mãe do Carlos Santalena
“Queridos amigos, em primeiro lugar, agradeço todas as orações, pensamentos positivos e boas energias enviadas. Quero comunicar que acabei de falar com meu filho por telefone, que está no Campo 4, está muito feliz, animado e com a energia a mil. Agora irá descansar para depois continuar a descida até o Campo Base. Muito feliz e agradecida, incluo nas felicitações Thaís que confiou na orientação de meu filho. Um beijo para todos.”
Noely Santalena, mãe do alpinista Carlos Santalena, direto de Campinas / SP
11:35 Brasil | 20:20 Nepal - Agradecimento
Como já passou a parte mais complicada da escalada do Carlos Santalena e da Thaís Pegoraro, é hora de relaxar e agradecer. Mesmo sabendo que ainda temos muito pela frente, pois além de acompanhar toda a descida deles, ainda acompanharemos o Ataque ao Cume do Cristiano Müller e do Rosier Alexandre nos próximos dias.
A Cobertura Online do Everest, realizada pelo EXTREMOS, é considerada a melhor do mundo, com informações em tempo real, fotos, gráficos, vídeos e podcasts. É claro que não fazemos isso sozinho, e a parte mais crítica de toda a cobertura é ter boas fontes, para que as informações sejam passadas para vocês com credibilidade. Na maioria das vezes temos mais que uma fonte, assim checamos as informações.
Durante o início do Ataque ao Cume do Everest do Carlos e da Thaís, tínhamos uma fonte no Campo Base do Everest. Quando passou da meia-noite, aqui no Brasil, entrou em cena o que foi a principal contribuição com as informações sobre todo o progresso da escalada do Carlos e da Thaís.
Cid Ferrari, que está em São Paulo se recuperando da trombose que lhe tirou do Everest, apenas duas semans atrás, estava em contato com seus Sherpas no Campo Base do Everest, e os Sherpas estavam com o rádio de comunicação com os Sherpas que acompanhavam a Thaís e o Carlos.
Cid Ferrari foi crucial com as informações, veio dele a confirmação de cume, apenas alguns minutos depois que Thaís e Carlos chegaram ao topo do mundo. Em uma diferença de apenas 15 minutos a notícia já estava no EXTREMOS.
Além de tornar a madrugada mais divertida, pois fomos até quase às 5 horas da manhã, ouvindo os seus causos, as suas informações e todas as possibilidades de planos extras que Cid junto com Carlos e a Thaís haviam traçados durante a temporada.
Cid Ferrari está aqui no Brasil, mas com certeza hoje ele ajudou a milhares de brasileiros que nos acompanhavam, a chegar ao cume do Everest, através de Carlos Santalena e Thaís Pegoraro.
Obrigado Cid Ferrari!
13:00 Brasil | 21:45 Nepal - Cumes de hoje
Somente hoje chegaram ao cume do Everest 120 sherpas e 82 alpinistas. Um total de 202 pessoas no cume do Everest em apenas um dia, pela face sul, Nepal. Isso explica um pouco o atraso de muitas expedições para chegar ao topo do mundo.
14:00 Brasil | 22:45 Nepal - Morte no Lhotse
Ang Furba Sherpa morreu hoje após uma queda no flanco do Lhotse. Ele trabalhava com a fixação das cordas. Seu corpo foi levado para o Campo 2 e será retirado de helicóptero.
20:00 Brasil | 04:45 Nepal - Rodrigo Raineri
“Hoje 19 de maio, um misto de emoções! Feliz pelo carinho de tantas pessoas queridas ao lançar o livro Imagens do Teto do Mundo, Carlão, meu sócio na Grade6Viagens fez cume do Everest, Aparecido meu sogro faz aniversário e também o Henrique, meu sobrinho. Ana Elisa Boscarioli comemora 10 anos que chegou no cume do Everest. Mas faz também 10 anos que meu querido amigo e parceiro nos deixou! Saudades irmão!”
Rodrigo Raineri, direto de Campinas / SP
Vitor Negrete na Face Norte do Everest em 2006.
21:45 Brasil | 06:30 Nepal - Cristiano Müller
Cristiano Müller já está subindo para o Campo 4. Ainda não temos a confirmação, mas pelo horário é bem provável que Carlos Santalena e Thaís Pegoraro já tenham iniciado a descida do Campo 4 com destino o Campo 2.
22:55 Brasil | 07:40 Nepal - Pemba Sherpa
Acabamos de falar com o Pemba Sherpa e ele já está no Campo Base do Everest. Ele disse que está muito cansado e que agora vai dormir.
Em apenas 7 dias Pemba Sherpa chegou no Campo Base do Everest, subiu para os acampamentos altos, depois fez cume e agora já está de volta ao Campo Base.
A maioria dos alpinistas chegaram no Campo Base no dia 10 de abril e devem chegar de volta do cume, amanhã no Campo Base. Um total de 40 dias para escalar o Everest, a partir do Campo Base e voltar.
Cristiano Müller já está subindo para o Campo 4.
18.05.2016 - 07:35
O Ataque ao Cume do Everest
Carlos Santanela e Thaís Pegoraro já estão no Colo Sul, no Campo 4 a 8.000 metros de altitude, chegaram por volta das 15:00 horário local (6:15 horário de Brasília). O nosso colunista Pemba Sherpa também está no Colo Sul.
O programado agora é que eles tentem dormir até às 20:00, pois no máximo às 21:00 iniciam o Ataque ao Cume do Everest, se o clima permitir.
Acompanhe aqui no EXTREMOS que iremos atualizar com novas informações durante todo o período de Ataque ao Cume, que só deve terminar amanhã com a volta deles para o Campo 2, o que seria o ideal. Caso aconteça algum atraso, eles podem optar por dormir no Campo 3.
08:55 Brasil | 17:40 Nepal - Cristiano Müller
Hoje não vimos nenhuma movimentação da equipe da IMG. Permanecem parados no Campo 2 na espera de uma melhora no clima, pois foi relatado que tinha nevado de ontem para hoje e por isso não subiram para o Campo 3, como estava programado.
09:00 Brasil | 17:45 Nepal - Face Norte
Rosier Alexandre subiu hoje para o Colo Norte, o Campo 1 a 7.000 metros de altitude. Ele disse que está bem, o tempo está aberto e sem vento. Começou a escalar o Colo Norte às 13:40 e chegou às 16:40.
09:15 Brasil | 18:00 Nepal - Fuso horário
O Nepal, até onde conheço, é o único país que tem o fuso horário "quebrado". Ele está a 8:45 a frente do fuso horário de Brasília. Está chegando a hora, por volta das 20:00 (Nepal) Carlos Santalena e Thaís Pegoraro devem começar a se preparar para o ínicio do Ataque ao Cume, saíndo do Campo 4 a 8.000 metros de altitude às 21:00.
09:40 Brasil | 18:25 Nepal - Estou preocupado
Hoje não foi registrado nenhum cume no Everest. Isso me preocupa. Pois estava agendado para hoje, dia 18 de maio, 99 alpinistas e sherpas chegando ao cume. Onde eles estão?
Pior ainda, o dia de cume de Carlos e Thaís é 19 de maio, neste ano é o dia com mais alpinistas rumo ao topo do mundo, 197 (110 alpinistas e 87 sherpas). O que preocupa é a quantidade de gente subindo ao mesmo tempo para o cume. Inevitavelmente haverá enormes filas, o que significa lentidão na escalada, mais tempo exposto a altitude, provavelmente um ritmo mais lento, e que você não está acostumado e que não ajuda a aquecer o corpo. É nessas horas que pequenos problemas que passariam desapercebidos, podem tomar outras proporções.
A esperança é que como teve atraso nos cumes, devido aos fortes ventos registrados nessa madrugada, é que muitos alpinistas também tenham mudado a sua data de cume. Mas Carlos Santalena e Thaís Pegoraro não mudaram a data. Então temos um total de 296 alpinistas e sherpas que provavelmente podem tentar o cume entre hoje e amanhã.
Continuo preocupado!
11:38 Brasil | 20:23 Nepal - Agora começou o Ataque ao Cume
Carlos Santalena acabou de ligar para a Grade 6, em Campinas, avisando que neste momento, ele e a Thaís Pegoraro, estavam saindo para o Ataque ao Cume. Disse que ambos estão bem.
Sucesso aos dois!
14:25 Brasil | 23:10 Nepal - International Mountain Guides (IMG)
Ainda não consegui entender a lógica do cronograma da IMG. Ela tem três equipes de alpinistas, Hybrid, Classic 1 e Classic 2, totalizando 45 alpinistas. A equipe Hybrid com o brasileiro Cristiano Müller foi a primeira a chegar ao Campo Base e a primeira a fazer todos os Ciclos de Aclimatação. Eles perderam os seis primeiros dias de cume, onde apenas 88 alpinistas e sherpas chegaram ao topo do Everest. Um início tranquilo.
Agora no Ciclo de Cume, a Hybrid acabou subindo antes que as duas Classics. Mesmo assim agora estão todos parados no Campo 2 esperando uma melhor janela de bom tempo.
Ou a IMG tem alguma informação que não temos (como uma janela melhor nos próximos dias), ou está evitando de levar seus clientes no grande avanço de alpinistas que teremos nos próximos dois dias.
A minha preocupação é com o Cristiano Müller que já faz 4 dias que está a 6.400 metros de altitude.
15:35 Brasil | 00:20 Nepal - Previsão
Thaís Pegoraro e Carlos Santalena devem chegar ao cume no Everest por volta das 9:00 da manhã do dia 19 de maio, no horário do Nepal. Aqui no Brasil será por volta da 00:15 no horário de Brasília. Lógico que esse é um horário estimado, atrasos podem acontecer, além de que ainda dependeremos da ligação via satelital dele para o Brasil.
Mas temos as nossas fontes no campo base e aqui no Brasil, estaremos durante todo o ataque ao cume publicando mais informações.
16:10 Brasil | 00:55 Nepal - O clima
O motivo para a IMG ter recuado os seus alpinistas para o Campo 2, foi que nestes últimos dois dias o Colo Sul foi atingido por fortes ventos, acima de 50 km/h. O que impossibilitou qualquer tentativa de cume. Ventos acima de 50 km/h congela até a alma, em uma altitude acima de 8.000 metros.
Hoje o Colo Sul amanheceu com céu aberto e sem vento, para quem tinha arriscado em subir para o Campo 3 e depois Campo 4, se deu bem. Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e acredito que mais uns 150 alpinistas e sherpas, no mínimo, fizeram essa aposta.
Agora é torcer para que durante toda a escalada o vento fique longe do Everest.
17:30 Brasil | 02:15 Nepal - Direto do Campo Base
“Do Acampamento Base a noite está deslumbrante, céu estrelado, com algumas nuvens espalhadas mais abaixo no vale. O tempo agora está cooperando.”
Anthea, integrante da equipe da Adventure Consultants no Acampamento Base do Everest
18:25 Brasil | 03:10 Nepal - Masha Gordon
Olha que incrível!!! Veja quem acabamos de encontrar no Ataque ao Cume do Everest (incluímos ela na imagem abaixo da Cobertura Online em destaque). A americana Masha Gordon de quem publicamos um artigo em abril deste ano, e que foi um sucesso entre nossos internautas: As mulheres precisam de mais coragem para prosperar e ter sucesso. Se você ainda não leu, fica a nossa dica de leitura. A proposta dela é:
“...Agora aos 42 anos, estou em curso para completar o Explorers’ Grand Slam (Um desafio de aventura para se alcançar os Polos Norte e Sul e todos os Sete Cumes) dentro de oito meses e me tornar a mais rápida mulher no mundo a fazer isto...”
Masha Gordon em seu artigo publicado no EXTREMOS
É muito bom saber que ela está colocando em prática aquilo que disse, e melhor ainda, em menos de 8 horas estará no cume do Everest.
23:10 Brasil | 07:55 Nepal - Pemba Sherpa no cume
O colunista do EXTREMOS, Pemba Sherpa chegou ao cume do Everest às 03:15 da madrugada. Um feito incrível. Em apenas uma semana ele escalou o Everest. Os alpinistas levem 45 dias no total para chegar ao cume. Parabéns Pemba!!!! Go Pemba Sherpa!
Pela 7ª vez Pemba Sherpa chega ao cume do Everest.
23:25 Brasil | 08:10 Nepal - Pemba Sherpa no cume
Se nossa fonte estiver correta e o cronograma estiver sendo cumprido, Carlos Santalena e Tháis Pegoraro neste momento estão no Escalão Hillary (Hillary Step) a 8.790 metros de altitude. Faltando menos de 2h horas para o cume.
23:45 Brasil | 08:30 Nepal - Notícia bombástica em primeira mão
A fonte mais confiável do mundo me disse que Carlos Santalena pode fazer o famoso e inédito entre os brasileiros "back-to-back double Everest and Lhotse".
Se o Carlos Santalena depois que fizer o cume do Everest, ainda estiver se sentindo forte e bem de saúde, quando descer para o Campo 4, ele vai direto tentar escalar o Lhotse de 8.516 metros de altitude. Feito nunca realizado por um brasileiro.
Lógico, tudo depende de uma série de fatores, além de saúde plena, também depende das condições da via de escalada, a Canaleta que sobe até o cume do Lhotse.
Lembrando que Carlos Santalena em 2015 já tinha o permisso para escalar o Lhotse, e não usou porque a temporada foi cancelada devido a avalanche no Campo Base que matou 16 alpinistas e sherpas. O governo prorrogou o uso do permisso por mais dois anos.
Pemba Sherpa chegou ao cume às 03:15 da madrugada.
17.05.2016 - 08:40
Sem cume na face norte
Tanto na face sul como na face norte, os alpinistas só escalam depois que as cordas fixas estão instaladas. Na face sul esse trabalho é reservado a uma equipe de Sherpas. Na face norte esse trabalho é feito por uma equipe de guias chineses. As cordas fixas na face sul chegaram ao cume no dia 11 de maio. Na face norte ainda está no Campo 3. Rosier Alexandre está apreensivo com isso, pois os dias estão passando, maio está avançando e no início de junho chegam as monções, impossibilitando qualquer tentativa de cume.
“Olá amigos... aqui é o Rosier Alexandre, estou na encosta do Everest. Neste momento estou no ABC (Campo Base Avançado - 6.400m). Temos duas esperas aqui: primeiro uma janela de tempo bom para subirmos ao Campo 1, mas está ventando muito. A outra espera é que os guias chineses, responsáveis por instalarem as cordas fixas cheguem ao cume, até agora eles chegaram apenas ao Campo 3. Portando do Campo 3 ao cume ainda não há cordas e por isso temos que torcer que o vento diminua para que os chineses concluam os trabalhos.”
Rosier Alexandre, direto do Campo Base Avançado da face norte do Everest
09:55 - Próximos cumes previstos na face sul
• 18.05.2016 - 58 sherpas e 41 alpinistas (Pemba Sherpa)
• 19.05.2016 - 110 sherpas e 87 alpinistas (Thaís Pegoraro e Carlos Santalena)
•
20.05.2016 - 70 sherpas e 56 alpinistas (Cristiano Müller)
• 21.05.2016 - 21 sherpas e 21 alpinistas
09:55 - David Morton
“Tem sido ótimo ver como tudo têm transcorrido bem nesta temporada no Everest. Segurança, sucessos, cooperação. Esse tipo de temporada ajuda a beneficiar o regresso do turismo para o Nepal após o terremoto, e melhorias em geral. Parabéns a todos nativos e estrangeiros que estão envolvidos nos trabalhos desta temporada. Boa sorte para amigos que ainda estão aí.”
David Morton, alpinista, aventureiro, guia, fotógrafo, cineasta e filantropo
08:40 | 16:15 - Rapidinhas
• As cordas fixas na face norte foram instaladas apenas até o Campo 3.
• Os chineses devem chegar ao cume com as cordas fixas no dia 19 de maio.
• Carlos Santalena e Thaís Pegoraro nestão no Campo 3.
• Data prevista de cume de Carlos e Thaís é no dia 19 de maio.
• Data prevista de cume de Cristiano Müller é dia 20 de maio.
• Data prevista de cume de Rosier Alexandre é dia 21 ou 22.
• A maioria dos alpinistas começam a usar oxigênio suplementar no Campo 3 (7.200m).
• Nenhum cume registrado hoje, dia 17.
• Rosier Alexandre subirá nesta madrugada para o Campo 1.
A vista do CAMPO 3 do Lhotse mostra os alpinistas passando pelo Esporão Genebra, rumo ao Campo 4 no Colo Sul.
16.05.2016 - 21:58
Primeira morte?
No dia 11 de maio, Rosier Alexandre nos avisou que circulava o boato sobre uma morte na face norte do Everest, no Tibet. Mas não havia nenhuma confirmação, e publicamos isso naquela data. Ainda não temos a confirmação com todos os detalhes que gostaríamos, mas o alpinista alemão Jürgen Landmann disse em seu blog que um homem de 61 anos morreu de insuficiência cardíaca na face norte. Ainda estamos em busca de mais informações, e como sempre fazemos aqui, apresentaremos todas as informações como nome, idade e país de origem. Mas fica aqui nossas condolências aos familiares e amigos.
Rapidinhas
• Hoje completou 6 dias de ataque ao cume consecutivo, um recorde.
• Muitas equipes vão subir amanhã para o C3, com cume para dia 18 ou 19.
• Hoje está tendo um novo ataque ao cume, com ventos fortes, relataram.
• As monções devem chegar no final de maio no Nepal.
• Para a Thaís completar os Sete Cumes, restam apenas o Everest e o Carstensz.
• Para o Rosier Alexandre falta apenas o Everest para ele completar os Sete Cumes.
• Carlos Santalena e Thaís Pegoraro devem iniciar o ataque ao cume no dia 18 de maio.
CAMPO 2 - Cilindros de Oxigênio que agência IMG fornecerá aos seus alpinistas e sherpas. Foto: Phunuru
15.05.2016 - 12:15
Fim do Hillary Step
O terremoto de 2015 pôs fim ao último grande desafio antes de chegar ao cume do Everest, o Hillary Step, localizado entre o falso cume e o cume verdadeiro.
O nome Hillary Step (Escalão Hillary em português) foi dado em homenagem ao primeiro alpinista a passar por ele, quando Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay escalaram o Everest pela primeira vez em 1953.
Este paso localizado a 8.790m tinha 12 metros de altura formado por três grandes rochas, e os alpinistas utilizavam cordas para supera-lo. Era também o ponto mais perigoso, pois pela dificuldade técnica somado a grande altitude, os alpinistas demoravam para escalá-lo, ocasionando assim fila nesta região que é conhecida como a Zona da Morte.
Já era discutido entre as agências e o governo a possibilidade de instalar uma escada de alumínio neste ponto, o que ajudaria a acelerar a escalada e diminuir assim as filas. Mas a comunidade internacional dos alpinistas foi contra, considerando uma ajuda injusta perante a montanha. Tem que se respeitar pelo menos algumas dificuldades técnicas que a montanha impõe. Alguns anos atrás para minimizar isso, os Sherpas estavam instalando duas vias de cordas, uma para quem sobe e outra para quem desce, o que já melhorou significativamente.
Mas o grande terremoto de 7.6 graus da escala Ritcher de 2015, que matou 19 alpinistas no acampamento base e aproximadamente 9.000 mortes em todo Nepal e Índia, também foi o responsável por praticamente eliminar o Hillary Step – como você pode ver na foto abaixo. Alguns alpinistas já o estão chamando de Hillary Slope (Ladeira Hillary).
HILLARY STEP: As imagens mostram a mudança causada pelo terremoto de 2015, três grandes rochas desceram montanha abaixo. Alguns alpinistas já já estão chamando o Hillary Step de Hillary Slope (ladeira, declive, encosta). Clique e amplie. Foto: David Liaño
Os brasileiros
Rosier Alexandre ligou dizendo que já está no Acampamento Base Avançado da Face Norte, onde deve ficar mais uma noite lá. Pois a caminhada foi muito pesada. Ele estava "acabado" foi a expressão que usou.
Cristiano Müller vai passar essa noite no Campo 1.
Carlos Santalena e Thaís Pegoraro tinham programado de subir direto para o Campo 2, onde há uma estrutura melhor, com cozinha.
17:58 - Pemba Sherpa
O nosso colunista Pemba Sherpa, está no Campo 3 e fará o ataque ao cume amanhã.
1- Esta arte criada pelo EXTREMOS mostra exatamente a localização do Hillary Step (Escalão Hillary), já bem próximo do cume do Everest. Clique na imagem para ampliar. As horas que aparecem sempre no final de cada ponto, é a média de tempo que se leva para chegar até alí saindo do ponto anterior. Arte: Elias Luiz | EXTREMOS
2- A pedido de um internauta identificamos nesta imagem o local aproximado onde fica a caverna em que o Botas Verdes se abrigou e morreu na tragédia de 1996.
14.05.2016 - 09:08
Vai começar o Ciclo de Cume dos brasileiros
Thaís Pegoraro e Carlos Santalena anunciaram que vão sair do Campo Base nesta madrugada, início do dia 15 de maio e tendo como meta inicial de cume o dia 18 de maio.
“Há dias na vida que mudam tudo. A defesa da tese. A promoção. O casamento. O nascimento de um filho. Acordar para viver um sonho também. Hoje é o dia que muda tudo para mim. Abriu a janela do cume e vamos começar a subir. Já disseram por aí - não escalamos a montanha, escalamos nós mesmos. Em uma semana voltamos! E que o cume seja onde Deus quiser. Até a volta e obrigada pela torcida constante! Cid Ferrari você está aqui com a gente!”
Thaís Pegoraro, direto do Campo Base do Everest
18:15 no Brasil | 3:00 no Nepal - Começou o ciclo de cume
Coincidentemente todos os quatros brasileiros estão partindo agora para o Ciclo de Cume. Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e Cristiano Müller estão partindo para o Campo 1 da face sul, com meta de cume para o dia 18 ou 19 de maio. Na face norte Rosier Alexandre está subindo para o Acampamento Base Avançado, com meta de cume dia 20 ou 21 de maio.
Boa escalada e boa sorte a todos os brasileiros. Fiquem ligados que faremos constantes atualizações.
Olhando abaixo da crista do cume do Monte Everest. Um escalador pode ser visto no topo para fora sobre o Escalão Hillary, e outro sobre a Cimeira do Sul. A travessia de cornijas entre eles está entre as seções mais assustadores do ataque ao cume. Foto: Justin Merle
13.05.2016 - 23:55
Ansiedade, cumes e espera!
Esse é um momento de ansiedade para quem há mais de 40 dias está trabalhando para que chegue o seu momento de ataque ao cume. Depois de todo esse tempo, estar no campo base e ouvir dia após dia pelo rádio que dezenas de alpinistas e sherpas chegaram ao cume do Everest, não deve ser fácil. Por um lado a felicidade de que agora a temporada de cume foi aberta, e por outro lado, está chegando a minha vez.
“Tantas mensagens de carinho, força, coragem. Uma corrente do bem se formou em prol da nossa empreitada. Que surpresa! Que alegria! Daqui do frio do Nepal perdemos a noção da força que nos acompanha. Lembramos pelas mensagens e "likes".
Há 43 dias longe de casa e exatos 30 dias no base camp, cada expressão de carinho é um abraço, um beijo, um empurrão em direção ao sonho - não do cume, mas de fazer algo diferente, inspirador e que por ser um sonho meu que começou com um passo, que também se transforme no sonho de alguém que começa com um passo. Que nossos Projetos Sete ganhem forma, textura e profundidade! Mais um dia de descanso por aqui... E parece que ela começa a se abrir para a gente!
Thaís Pegoraro, direto do Campo Base do Everest
THAÍS PEGORARO e Carlos Santalena no Campo Base.
A primeira foto do cume do Everest em 2016.
Russel Brice da Himex dando entrevista.
12.05.2016 - 22:18
Ataque ao cume do Everest
Neste monento está acontecendo o primeiro grande ataque ao cume do Everest depois de dois anos.
Mais de 40 alpinistas e sherpas partiram algumas horas atrás, do Campo 4, rumo ao cume do Everest. O previsto é que cheguem ao topo do mundo por volta das 7:30 da manhã desta sexta-feira, no Nepal. Extamente às 22:45 no horário de Brasília.
“Olá Elias. Nada definido ainda. Sei que há alguns grupos saindo dia 15 do BC para tentar o cume no dia 19/5, mas a IMG não está convencida de que esta é a melhor janela. Acabamos de ter uma reunião na qual nos mostraram que há algumas previsões de ventos fortes nesses dias. Contudo, as previsões se alteram frequentemente, de maneira que podemos ter novidades a qualquer momento. Te informo assim que tiver algo concreto. Um abraço.”
Cristiano Müller direto do Camp Base do Everest
“Em dias de descanso pré-cume, passamos um bom tempo analisando a previsão, buscando a melhor janela de bom tempo para chegar ao cume. Nossa mira ainda continua nos dias 19 e 20 embora tenham variado muito nos últimos dias. Agora é possível sentir muito mais calor que no mês de abril, onde havia gelo, já existem pequenos rios e a cascata do Khumbu se altera dia a dia. É um grande prazer ver a montanha viva e se movimentando desta forma. Este é o prenúncio de que nossa hora está chegando. Nos sentimos preparados e agora apenas aguardando a melhor oportunidade. Aprendi aqui que a paciência e viver o momento presente são virtudes que trazemos para toda vida. Rumo ao cume.”
Carlos Santalena, direto do Camp Base do Everest
CARLOS SANTALENA checando a previsão do tempo.
11.05.2016 - 00:30
Fatima Williamson abandona o Everest
Tivemos que segurar essa notícia por alguns dias, mas infelizmente temos que divulgar agora em primeira mão.
A brasileira Fatima Williamson desistiu da escalada ao Everest. Ela já está em Katmandu e deve retornar o mais breve possível para Toronto, Canadá, para iniciar seu tratamento.
Após o segundo ciclo de aclimatação, Fatima estava com uma forte tosse e o quadro não melhorava, o que aparentava ser alguma infecção respiratório. Isso aconteceu com muitos outros alpinistas este ano, como Alan Arnette, entre outros.
De um total de 289 alpinistas com permissos para escalar o Everest, agora só restam 225. A maioria desistiu devido a um quadro parecido com o de Fatima Williamson, além de Hape e outras complicações relacionadas a altitude.
Fatima Williamson desde o início, em 2012, tinha um projeto ambicioso, escalar os 7 Cumes em 18 meses, o que seria um recorde para os brasileiros. Só restava o Everest para ela concluir o projeto, mas esse sonho teve que ser adiado quando em 2014 a escalada ao Everest foi cancelada devido a tragédia na Cascata de Gelo, onde uma avalanche matou 13 Sherpas. Em 2015 ela retornou, e outra tragédia, a avalanche que matou 19 pessoas no Campo Base. Na ocasião Fatima estava no Campo 2, e nada sofreu. Mas teve que adiar novamente o seu sonho de escalar o Everest, pois a temporada foi interrompida.
Agora em 2016 tudo corria bem, mas essa complicação respiratória lhe tirou novamente o sonho de chegar ao topo do mundo e de concluir o projeto dos 7 Cumes.
Agradecemos de coração por toda colaboração, atenção e respeito que ela teve com o EXTREMOS. Uma mulher exemplar, guerreira e muito educada. Desejamos que restabeleça sua plena saúde o mais breve possível e que retorne para concluir o seu sonho.
Até o momento nesta temporada, dois alpinistas brasileiros abandonaram o Everest por problema de saúde, Fatima Williamson e Cid Ferrari. Agora temos Carlos Santalena, Thaís Pegoraro, Cristiano Müller e Rosier Alexandre. Sucesso e saúde a todos! Vamos pro cume!
11:05 - Cume no Everest
Os Sherpas chegaram hoje ao cume do Everest, pela face sul, finalizando assim a fixação de cordas. Agoras todos alpinistas da face sul já podem iniciar o seu Ciclo de Cume e o Ataque ao Cume do Everest.
Os sherpas: Gyalzen Dorje (Himalayan Experience), Ang Pemba (International Mountain Guides), Nima Tshering (Himalayan Guides), Sera Gyalzen (Asian Trekking), Pasang Tenzing (Ascent Himalaya), Mingma (Seven Summits), Mingma Tsiri (NCC), Ang Gyalzen (Arun Treks) e Lhakpa Tsering (Himalayan Guides) - que com êxito fixaram as cordas de escalada do colo Sul até o cume após o árduo trabalho de dois dias.
Parabéns a equipe de 9 sherpas que realizaram esse árduo trabalho. Parabéns a todos os sherpas que trabalham no Everest.
08:07 | 11:10 - Rapidinhas
• Os dois alpinistas eslovados foram resgatados, há foto e notícia no post de ontem.
• Os Sherpas já chegaram ao Balcony (8.350m) com as cordas no Everest.
• A previsão é que teremos 100 alpinistas tentando o cume do Everest na primeira janela.
• De 289 alpinistas, agora há apenas 225 que tentarão o cume do Everest. Muitas baixas.
• Pemba Sherpa, colunista do EXTREMOS, já está no Campo Base do Everest.
• Pemba Sherpa informou que dia 13 de maio sobe para o Campo 2.
• Rosier Alexandre continua no Campo Base, tem cume previsto para o dia 19 de maio.
• Será que teremos encontro de brasileiros no cume, cada um subindo por uma face?
• Circula no BC da face norte que houve uma morte hoje na montanha. Sem confirmação.
• Dois Sherpas morreram no Makalu (8.485m) de doença de altitude no campo 2.
FATIMA WILLIAMSON em Tengboche (3.867m) com o Everest ao fundo. Foto tirada no início desta temporada.
FATIMA WILLIAMSON (de gorro vermelho) com sua equipe em Namche Bazaar, em uma foto com o alpinista Ueli Steck. (foto do início da temporada)
10.05.2016 - 10:10
Podcast 117 - Prontos para o cume
Todos os brasileiros já completaram os Ciclos de Aclimatação e agora aguardam a janela de bom tempo para o Ciclo de Cume. Conversamos com Thaís Pegoraro, Rosier Alexandre, Carlos Santalena e Cristiano Müller, diretamente do Everest.
Na foto da capa deste Podcast aparece Thaís Pegoraro e Carlos Santalena durante uma das passagens pela temida Caascata de Gelo. Ouça o Podcast e deixe sua mensagem para os alpinistas brasileiros!
Dois alpinistas da Eslováquia ficaram presos em uma avalanche que atingiu a difícil rota Sudoeste do Monte Everest (em roxo no mapa) a 7.200 metros, hoje de manhã.
Equipes estão se deslocando para resgatar Vladimír Strba e Zoltán Pál, que ficaram presos na rota de escalada e foram obrigados a improvisar um bivac. Dois helicópteros tentaram fazer o resgate, mas não conseguiram devido ao mal tempo.
De acordo com os socorristas, um deles sofreu uma lesão no olho, enquanto o outro parecia bem.
Os dois alpinistas eslovacos eram os únicos que haviam escolhido escalar o Everest utilizando a rota Sudoeste nesta temorada. Exatamente por isso o EXTREMOS incluiu esta rota na Cobertura Online (em roxo).
Estamos acompanhando o andamento do resgate, e assim que tivermos mais informações publicaremos aqui.
21:33 - Eslovacos estão bem
Os dois alpinistas eslovacos, Vladimír Strba e Zoltán Pál, já foram resgatados e estão sobre cuidados médicos no Campo 2 do Everest, apenas Zoltán tem problemas oculares. Amanhã cedo, se o tempo estiver bom, serão transferidos de helicóptero para Katmandu.
Vladimír Strba e Zoltán Pál com Lydia Bradey no Campo 1.
Eslovacos foram resgatados e já estão em Katmandu. Na foto eles no Campo Base do Everest.
09.05.2016 - 09:40
Semana decisiva
Essa será uma semana decisiva no Everest. Terça-feira, dia 10 de maio, uma equipe de 10 sherpas, liderados pelos sherpas da IMG darão início ao trabalho de fixação de cordas a partir do Campo 4 e devem finalizar o trabalho na quarta-feira ou no mais tardar na quinta-feira no cume. A partir deste momento as equipes das agências estarão liberadas ao ataque ao cume do Everest.
Uma equipe de alpinistas do exército indiano fará o trabalho de fixação de cordas até o cume do Lhotse.
Neste momento todas equipes já realizaram os ciclos de aclimatação e aguardam o momento do início do ciclo de cume. Muitos alpinistas desceram para os vilarejos mais baixos, para descansarem e se recuperarem melhor. Alguns alpinistas pagaram por um voo de helicóptero até Namche Bazaar (3.400m), descendo assim 2.000 metros em relação ao Campo Base. Pagaram pelo voo com até 4 pessoas o valor de U$ 2.000,00.
Há notícias de que grupos com até 4 alpinistas pagaram U$ 5.000,00 para voarem até Katmandu, com destino ao conforto e regalias dos hotéis 5 estrelas.
Está previsto que as primeiras equipes cheguem ao cume no dia 13 de maio.
Os brasileiros
- Carlos Santalena e Thaís Pegoraro só devem aproveitar a segunda janela de ataque ao cume, e o previsto é que cheguem ao topo do mundo somente após o dia 18 de maio.
- Fatima Williamson está incomunicável há alguns dias. Devido a uma forte tosse não partiu com a sua equipe para o último ciclo de aclimatação, mas partiu dias depois e não chegou ao Campo 3. Não temos notícias de suas condições para o cume, mas é provável que se fizer o ataque ao cume, será em uma janela mais tardia.
- Cristiano Müller está bem, realizou todos os ciclos de aclimatação, desceu (a pé) para descanso em Dingboche e já está de volta ao Campo Base aguardando a definição de sua equipe para a data de cume, que pode acontecer na primeira janela.
- Rosier Alexandre, único brasileiro na face norte do Everest, deve fazer o cume no dia 17 de maio.
Ciclo de Cume e Ataque ao Cume
- Ciclo de Cume é quando os alpinistas saem do Campo Base com a intensão de chegar ao cume do Everest. Isso depois de já terem realizados todos os ciclos de aclimatação. Neste Ciclo de Cume pode acontecer dos alpinistas terem que esperar durantes dias no C1 ou C2, o momento ideal para subir para o Campo 3, pois a partir daí não devem descer mais até que cheguem ao cume.
- Ataque ao Cume é quando os alpinistas partem do Campo 3 por volta das 7h, chegam no Campo 4 às 16h, "dormem" até às 22h e partem para o cume, onde devem chegar por volta das 8h da manhã. Depois descem direto para o Campo 2 onde chegam ao final do dia.
Rapidinhas
- Há três "helipontos" no Campo Base, com uma média de 20 pousos e decolagens por dia.
- Sherpas da equipe de Carlos Santalena partiram para montar o acampamento, no C4.
- Sherpas estão transportanto cilindros de oxigênio para o Campo 4.
- A maioria dos alpinistas começam a usar o cilindro de oxigênio no Campo 3.
- Rosier Alexandre desceu de 4x4 para o vilarejo de Shelkar (4.330m).
- Hoje é aniversário de Rodrigo Raineri, único brasileiro a escalar o Everest 3 vezes.
- Amanhã tem mais um podcast do Everest. Aguardem!
CRISTIANO MÜLLER no Campo 2 caminhando para a tenda refeitório.
THAÍS PEGORARO fazendo brigadeiro no Campo Base.
Aprovado!
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07.05.2016 - 07:13
Mídia
Nesses 11 anos de cobertura online o EXTREMOS já foi fonte das principais TVs, revistas e jornais no Brasil, como: Fantástico, Jornal Nacional, Globo Esporte, Veja, Época e dezenas de jornais. Também fomos referência em revistas e jornais da Alemanha, como a Der Spiegel e também na Polônia, além de outros países.
Mas agora é a primeira vez que somos fonte do jornal The Himalayan Times. Muito bom fazer parte deste time global.
Podcast 116 - O resgate de Cid Ferrari
O alpinista Cid Ferrari falou com exclusividade ao EXTREMOS sobre o motivo que o levou a abandonar a escalada do Everest, e contou como funciona o resgate no Himalaia. Ouça e comente!
Contribuição do EXTREMOS é capa do principal jornal do Nepal, o THE HIMALAYAN TIMES, com data de 07.05.2016. Quem aparece na foto da capa é o brasileiro CRISTIANO MÜLLER, de agasalho vermelho e capacete branco.
06.05.2016 - 09:45
O mapa e os ciclos
O mapa de hoje da nossa cobertura online resume muito bem essa segunda fase da expedição. Divido em três toda a expedição:
• 1ª Fase: Trekking ao Campo Base do Everest
• 2ª Fase: Ciclos de Aclimatação
• 3ª Fase:
Ciclo de Cume
Cada agência adotou uma estratégia diferente.
A IMG com Cristiano Müller e Fatima Williamson começou com a escalada ao Lobuche East e depois fez como todas outras agências, 3 ciclos de aclimatação passando pela cascata de gelo. Outra diferença foi de terem dormido uma noite no Campo 3.
Aqui foi apenas uma comparação entre as agências IMG e a Grade 6 (Himalayan Ascent), que fazem parte os brasileiros. Mas todas as outras agências que estão no Campo Base, estão no mesmo rítmo.
Pode não parecer, mas a partir de hoje a IMG iniciou a preparação para o Ciclo de Cume (CC). Cristiano Müller desceu para o vilarejo de Dingboche (4.530m), essa é uma estratégia que Anatoli Boukreev usava, antes do ciclo de ataque ao cume, ele descia o máximo possível.
“Nosso trabalho é proporcionar aos clientes a aclimatação necessária com o mínimo de noites em acampamentos de altitude. Pela minha experiência, eu sei que ficar muito tempo em altitudes elevadas mina rapidamente nossa força, não sendo possível recuperá-la durante os breves intervalos que passamos no Acampamento Base. Às vezes, você pode se enganar; você começa a ter problemas menos graves com os aumentos e se sente relativamente bem, mas então, no dia do cume, você não tem força para o ataque final. Portanto, na minha opinião, após nossa excursão aos 7.300 metros (Campo 3), devíamos descer e descansar pelo menos uma semana em uma altitude inferior ao Acampamento Base, em algum lugar na zona da floresta em torno de 3.800 metros (Tengboche). Lá teríamos mais oxigênio e algo para nos distrair da rotina do Acampamento Base, o que pode ser bom para o lado psicológico de nossos clientes.”
Anatoli Boukreev, no livro: A ESCALADA, a verdadeira história da tragédia no Everest
Carlos Santalena e Thaís Pegoraro
Carlão e Thaís chegaram hoje ao Campo Base, finalizando o 3º Ciclo de Aclimatação. Vão descansar essa noite e amanhã decidirão se descem ou não para algum vilarejo.
Os tempos deste 3º Ciclo de Aclimatação de Thaís Pegoraro e Carlos Santalena:
- BC ao C1: 6h30
- Campo 1 ao Campo 2: 3h30
- Campo 2 ao Campo 3: 7h30
- Campo 3 ao Campo 2: 2h30
- Campo 2 ao BC: 5h30
“Voltamos ao Campo Base depois de 5 dias. Subimos de 5,300m até 7,100m para aclimatar nesse último ciclo. Aos poucos conto a saga. Por agora quero compartilhar que quando pisei no Campo Base pela primeira vez senti a falta do ar, o ar seco, o frio, o desconforto da barraca, a chatice de fazer cocô em um buraco (em cima do cocô dos outros). Tudo um esforço. Tudo difícil. Depois desses 5 dias em "outro planeta", passando pelos campos 1, 2 e 3, voltar para o Campo Base é como ser recebido em um hotel onde as pessoas te conhecem e te confortam com sorrisos. O clima é mais quente, o ar abundante. Fazer cocô em cima do cocô dos outros te lembra que há pessoas a volta, aconchego e calor. Resumo: crie novas referências na vida e seus problemas podem chegar ao fim. We are back!”
Thaís Pegoraro, direto do Campo Base do Everest
Rapidinhas
- Previsão da primeira janela de cume: de 14 a 16 de maio.
- Muitos alpinistas desistindo, motivo: Hape, tosse, problemas de saúde.
-
Os Sherpas já instalaram as cordas até o Campo 3.
- Todas as semanas há tremores de terra no Nepal, mais para a região leste.
- Alpinista russo, de 51 anos, desapareceu quando descia do cume do Pisang Peak (6.091m)
- Roiser Alexandre continua no Campo Base da Face Norte.
CRISTIANO MÜLLER (agasalho vermelho e capacete branco) iniciando a escalada da parede do Lhotse, a caminho do Campo 3 (7.200m). Como comparação, neste ponto Cristiano Müller está em uma altitude superior ao cume do Aconcágua (6.962m), a montanha mais alta fora do Himalaia.
05.05.2016 - 06:38
Só quando lhe convém
Alan Arnette, 59, é um alpinista americano que já escalou o Everest e o K2. Um dos principais crônistas do Everest e promove em seu blog uma importante ação de conscientização da doença de Alzheimer.
Desde 2004 narra as histórias das temporadas do Everest (11 coberturas ao total, menos 2008 e 2011). Já está acostumando a narrar as tragédias e conquistas dos alpinistas em busca do topo do mundo.
Este ano retornou ao Vale Khumbu para mais uma tentativa de escalar o Lhotse (8.516m), a 4ª montanha mais alta do mundo. Durante o seu 2º ciclo de aclimatação, quando estava caminhando entre o Campo 1 e o Campo 2, começou a sentir que suas energias estavam se esvaindo rapidamente. Com um esforço a mais, conseguiu chegar ao Campo 2, onde sua agência, a Altitude Junkies, já tinha estabelecido acampamento.
Com uma forte crise de tosse, presumiu que não era HAPE, e que também não era a comum Khumbu Cof.
“... A tosse era um sinal de que algo estava acontecendo em meus pulmões. Não era normalmente a 'Khumbu Cof', onde os alvéolos ficam irritados, gerando assim uma tosse, mas esta foi mais profunda, resultante da incapacidade de processar o pouco oxigênio que havia na atmosfera...”
disse Alan Arnette
Kami, seu sherpa, foi pedir ajuda em outras barracas, o que foi prontamente atendido. Apesar de serem empresas concorrentes, no Everest há uma união de forças, quando se é necessário.
“... Rastejei para o fundo da minha barraca. O ziper se abriu e entraram Tracee e Ritchie da HIMEX, junto com um cinegrafista do canal Discovery...
... O cinegrafista da Discovery se afastou depois que eu simplesmente disse 'não' a seu pedido de capturar imagens para o próximo filme sobre pilotos de helicóptero no Everest que resgatam os montanhistas. Para ser honesto, eu me senti como se estivesse na ambulância e sendo perseguido no meu pior momento...”
disse Alan Arnette
No dia seguinte um helicóptero resgatou Alan Arnette, levando-o para o hospital em Katmandu. A Discovery entrou em contato pedindo-lhe autorização para documentar o procedimento, mas foi-lhes negado novamente. Uma radiografia mostrou que havia uma grande 'nuvem' no pulmão direito, que foi diagnosticada como 'crepitações bibasal'.
Alan Arnette está se recuperando bem e nos próximos dias deve retornar ao Colorado, onde vive.
É interessante ver que uma das pessoas que mais conta as histórias das tragédias e conquistas do Everest em seu blog ou dando declarações para redes de TVs e revistas, não deixou que a Discovery contasse a sua história.
Com certeza será mais um dos ótimos programas que a Discovery realiza no Everest, e que mostra o que normalmente não é divulgado. Vamos aguardar para assistir!
Cristiano Müller
Cristiano Müller está volta ao campo base do Everest.
“Oi Elias! Acabo de chegar ao BC, tomar um bom e merecido banho (depois de 6 dias na montanha), e almoçar. Chegamos até o C3 (7.200m), dormimos uma noite lá, e estamos prontos para o cume! Devemos descansar uns dias no BC e ficar atentos a previsão de vento no cume (jet stream) e fixação de cordas pelos sherpas, para então programarmos a data que sairemos do BC rumo ao Topo do Mundo! Grande abraço.”
disse Cristiano Müller direto do campo base do Everest
CRISTIANO MÜLLER em seu 4º ciclo de aclimatação a caminho para o Campo 3 (7200m).
Via de escalada do C2 para o C3, na qual os alpinistas escalam a famosa Lhotse Face, uma parede íngrime de neve e gelo duro, da qual muitos já escorregaram para a morte.
Vista espetacular do C3. Abaixo e à direita o C2. No horizonte, ao fundo, aparece o Cho Oyu, a 6ª montanha mais alta do mundo. Foto: Cristiano Müller
04.05.2016 - 10:15
Desistências
A altitude sempre cobra um preço, seja apenas o desgaste físico ou em casos extremos à morte. Quem já caminhou ou escalou em grandes altitudes sabe o quão duro é.
Nesta temporada, até o momento, 10 alpinistas já abandonaram a escalada do Everest e foram levados para o hospital em Katmandu, depois liberados e cada um agora segue o caminho de sua casa.
Entre esses alpinistas está o brasileiro Cid Ferrari, que sentiu fortes dores no pé esquerdo, devido a uma trombose.
Mortes
Até o momento não foi registrada nenhuma morte. Comparando as estatísticas de outros anos, nessa mesma data já teríamos contabilizado até 3 mortes. E na maioria das vezes era devido a quedas de sherpas na Cascata de Gelo.
Um alpinista durante toda a temporada passará 8 vezes pela Cascata de Gelo (contando ida e volta). Os Sherpas chegam a passar 30 vezes, levando equipamentos, cilindros de oxigênio, mantimentos e tudo o que for necessário e as vezes até algumas regalias a mais para os alpinistas nos acampamentos superiores.
Mas neste ano, pela primeira vez, o governo liberou que helicópteros transportassem os equipamentos que seriam utilizados para a instalação das cordas do C2 até o Cume, e também transportaram os cilindros de oxigênio que os alpinistas irão utilizar a partir do C3. Um helicóptero fez 6 viagens transportando equipamentos, o que teria sido necessário o trabalho de 87 Sherpas.
“Utilizar helicópteros é mais caro do que o enviar Sherpas, mas eu acho que é a coisa certa a fazer.”
disse Garrett Madison, dono de Madison Mountaineering
Embora seja difícil argumentar que isso pode salvar vidas, alguns alpinistas são contra a idéia em princípio, citando a traição do verdadeiro espírito do alpinismo e um risco de queda de helicóptero no estreito Western Cwm. Helicópteros têm sido historicamente utilizados como um último recurso para resgates críticos.
Os vôos ocorreram sem qualquer problema e foram pagos pela Expedition Operators Association (EAO), que conta com a participação da maioria dos operadores comerciais do Everest entre os seus membros. Embora a EAO não confirme o quanto eles gastaram, tais vôos geralmente custam cerca de US $ 2.000.
“A maioria das pessoas que entendem a situação, sabem que transportar de helicóptero as cordas de Gorak Shep até o Western Cwn, não facilita em nada para o alpinista escalar o Everest.”
disse Alan Arnette, alpinista americano que acaba de abandonar a escalada do Lhotse
Pemba Sherpa
Nosso ilustre colunista, Pemba Sherpa, está em Dingboche. Ele irá escalar no dia 7 de maio o Island Peak (6.189m), como única aclimatação antes de sua escalada ao Everest.
Assombroso!
Go Pemba, go!
Helicópteros estão sendo usados para transportar cargas de Gorak Shep até o Western Cwn. Foto: Miljko / iStock
PEMBA SHERPA mostrando que está nevando neste momento em Dingboche (4.530m).
O acampamento base do Everest (5.350m), foto tirada na semana passada. Foto: Paul Pottinger
CRISTIANO MÜLLER no Campo 1 (5.900m) durante o seu ciclo de aclimatação. Foto: Paul Pottinger
03.05.2016 - 00:01
A data de cume
Através de nossas fontes descobrimos a data em que provavelmente 3 brasileiros pretendem estar no cume do Everest. Será no dia 12 de maio. Um segundo grupo de brasileiros deve fazer o ataque ao cume entre os dias 15 e 21.
Claro que essa data faz parte de um cronograma das agências e que foi criado meses antes dos alpinistas colocarem os pés na trilha do Everest. Mas essas são agências experientes e o cronograma até o momento tem seguido praticamente a risca.
Mas tudo depende de pelo menos três fatores para que de certo:
1- O alpinista precisa estar bem de saúde plena e ter realizado todos os ciclos de aclimatação. As vezes um alpinista que não está muito bem de saúde, pode abortar a subida com toda a equipe de sua agência, e fazer um ataque tardio ao cume com o seu sherpa.
2- As cordas precisam estar instaladas até o cume. O EXTREMOS já tinha previsto que provavelmente esse trabalho seja finalizado no dia 10 de maio. Podendo variar alguns dias a mais ou a menos.
3- A janela de bom tempo precisa bater com essa data. Não adianta os dois ítens acima estar ok, se o clima não estiver favorável. Já vimos recentemente uma previsão plausível para essa data, mas nessa semana será divulgada uma previsão definitiva.
Os alpinistas aproveitam a madrugada para passar pela Cascata de Gelo do Khumbu. As headlamps iluminam a trilha em meio ao glaciar. Foto: Paul Pottinger
02.05.2016 - 11:06
Como estão os brasileiros
Cristiano Müller está no Campo 3 (7.200m), na parede do Lhotse, onde irá dormir uma noite.
Com a desistência de Cid Ferrari, é provável que agora Carlos Santalena seja o guia imediato de Thaís Pegoraro. Ambos estão no Campo 2 (6.400m), neste último ciclo de aclimatação.
Fatima Williamson que iniciaria o seu último ciclo de aclimatação hoje, resolveu prorrogar a sua subida por mais dois dias, pois amanheceu com a famosa "Khumbu Cof". Uma tosse muito comum aos alpinistas que estão enfrentando a altitude da região.
Rosier Alexandre voltou do seu 2º Ciclo de Aclimatação e está no Acampamento Base Avançado (6.500m). Disse que está muito cansado devido ao esforço do último ciclo e principalmente porque na altitude do ABC (6.500m), o corpo não se restabelece por completo.
Sherpas
As cordas foram fixadas até a Yellow Band pelos Sherpas. Espera-se que até o meio desta semana ela chegue ao Campo 4 (8.000m), no Colo Sul.
Alan Arnette
Um dos maiores cronistas do Everest, o montanhista americano Alan Arnette, desistiu de sua escalada ao Lhotse e já se encontra em Katmandu.
Ueli Steck
Ueli Steck e David Goettler que tinham feito a aclimatação no Vale Khumbu antes de partirem para a expedição que irá abrir uma nova rota no Shishapangma (Tibet), encontraram no dia 27 os corpos de dois alpinistas que estavam desaparecidos há 16 anos, na face sul da montanha. Leia a matéria completa aqui.
O acampamento base amanheceu mais branco depois da nevada que caiu durante a noite.
01.05.2016 - 08:30
Cid Ferrari abandona o Everest
O empresário brasileiro Cid Ferrari desistiu de escalar o Everest por problema de saúde, o mesmo que o fez abandonar em sua tentativa em 2011, a trombose no pé esquerdo. Leia a carta de Cid Ferrari na íntegra. Todo nosso apoio a ele e que volte com saúde plena, o que é o mais importante.
Amigos.
No Everest a noite é tão vasto o silêncio. É tão despovoado!
Tenta se em vão trabalhar para não ouvi-lo, pensar depressa para disfarçá-lo. Inventar algum programa no ar rarefeito, frágil ponto que nos liga subitamente as tarefas do dia seguinte. Silêncio este apenas quebrado pelo desesperado choro das distantes avalanches. Nem sempre tão distantes.
Em 2011 tentei o Everest , mas tive um problema sério vascular no meu pé esquerdo. Das três arteriais eu perdi uma e a outra ficou problemática. Motivo nunca descoberto, quis assim o destino.
Graças aos excelentes médicos Marcos Najm e Andre Estenssoro e duas cirurgias consegui uma ótima recuperação.
Voltei gradualmente as montanhas galgando novos cumes como o Aconcágua na Argentina.
Me senti fortalecido e confiante para tentar junto com o Carlos Santalena em 2014 uma nova empreitada.
Novamente o acaso do destino se fez presente, desta vez numa terrível tragédia. Uma enorme avalanche foi fatal para três membros da nossa equipe.
Postergamos para este ano, 2016. O nosso processo de aclimatação estava ótimo. Completamos os 2 ciclos de preparação ao cume. Só faltava um.
O Carlos é uma líder nato, jovem e confiante, com a energia de um trator. Contamos também com a nossa parceira dura na queda Thaís Pegoraro. Extremamente resiliente!
Não poderia estar acompanhado de melhores pessoas.
Infelizmente no início deste terceiro ciclo que ao termino credencia para o ataque ao cume, o meu pé esquerdo enlouquecido levantou o braço e deu sinais limítrofes.
Percebi que não conseguiria forjar a dor o qual se iniciou. Precisava de uma opinião profissional.
Voltei para Katmandu e a resposta do médico foi taxativa: “Are you crazy???”. Se você voltar perde o pé.
Confesso que chorei muito. De repente surge um vazio e um cansaço enorme. Tanto desgaste em vão. Engole seco e continua.
Provavelmente o tempo que você fica no ar rarefeito, a altitude e as baixas temperaturas, são muito esforço para um pé combalido.
Não quero fazer sensacionalismo. Apenas relatar a verdade.
Passei uma noite no hospital, ao lado de um francês destruído pela diarréia e no dia seguinte , os médicos me liberaram para voltar a São Paulo, tomando algumas medicações.
Passo agora a fazer parte da grande torcida para que os grandes amigos Carlos e Thaís e os brothers Cristiano Müller e Rosier alcancem o cume!
Agradeço a todas as mídias, aos meus amigos, família , enfim a todos. A Ju , Gero, Guigo, Cica e Teca.
Obrigado atodos.
Forte Abraço
Cid Ferrari, direto de Katmandu
CID FERRARI no acampamento base do Everest no início desta expedição.
CID FERRARI, Thaís Pegoraro e Carlos Santalena no acampamento base do Everest.
Grupo tomando coca-cola pós segundo ciclo, de volta à base da Cascata do Kumbu.
30.04.2016 - 15:30
Último ciclo
Na madrugada de hoje Cristiano Müller partiu para o seu último ciclo de aclimatação. O programado é, 3º Ciclo: BC.1C1.1C2.1C3.1C2.BC. Ele já chegou em segurança ao C1.
Carlos Santalena, Cid Ferrari e Thaís Pegoraro partem nesta próxima madrugada no Nepal, dia 1 de maio (aqui no horário do Brasil será hoje, às 19h30) para o último ciclo de aclimatação.
O programado é, 3º Ciclo: BC-1C1-2C2-C3-1C2-BC.
Fatima Williamson inicia o seu último ciclo na madrugada do dia 2 de maio, e seguirá o mesmo cronograma de Cristiano Müller, pois fazem parte da mesma agência, a International Mountain Guide. 3º Ciclo: BC.1C1.1C2.1C3.1C2.BC.
Rosier Alexandre encerrou seu atual ciclo de aclimatação. Chegou a 7.000m, no C1, onde dormiu 1 noite. Hoje voltou para o ABC, a 6.400m e deve descer amanhã para o BC e depois provavelmente descerá para o vilarejo de Tingri (4.350m), para recuperação deste ciclo.
Algumas grandes fendas na Cascata de Gelo do Khumbu. Para quem tem nervos de aço ou para os "loucos". Foto: Nick T.
28 e 29.04.2016 - 23:15
Queda de escada na cascata de gelo
Uma pequena avalanche causou a queda de uma escada vertical na Cascata de Gelo, interrompendo a progressão dos alpinistas que seguiam para o último ciclo de aclimatação. Os sherpas informaram que não há vítimas.
Às 4:00 da madrugada (horário local), Cristiano Müller e sua equipe, estavam na entrada da Cascata de Gelo, se preparando para colocar os crampons quando foram informados por rádio da queda da escada. Todas as equipes que ainda não tinham passado pela escada, tiveram que retornar ao Campo Base.
“Olá amigos, somente para informar àqueles que estavam acompanhando este ciclo de aclimatação que saímos às 3:30 am de hoje (sexta-feira) do BC e quando estávamos entrando na Cascata de Gelo recebemos a informação pelo rádio de que uma escada vertical havia colapsado um pouco mais acima. As primeiras informações são de que não há vítimas, mas todos os grupos que ainda não haviam cruzado a escada, foram obrigados a retornar ao Base Camp. A expectativa é de que os sherpas (Icefall Doctors) possam contornar a situação hoje (consertar a escada ou abrir um caminho alternativo). Se isso se confirmar, subiremos amanhã (sábado). Mantenho a todos informados! Grande abraço e obrigado pela torcida.” Cristiano Müller direto do Campo Base do Everest (5.350m)
29.04.2016 - 03:30 | Carlos, Cid e Thaís
Carlos Santalena, Cid Ferrari e Thaís Pegoraro também tiveram que retornar ao Campo Base e estão bem e devem voltar a subir na madrugada deste sábado, assim que a equipe dos Icefall Doctors realizarem a manutenção deste trecho.
“Elias, estamos bem... mas uma avalanche pegou uma escada grande na parte alta da cascata e tivemos que voltar. O barulho foi enorme e fez uma cortina de fumaça. Felizmente estávamos longe e me parece que todas as expedições retornaram” Cid Ferrari, direto do Campo Base do Everest (5.350m)“Estávamos no pé da cascata de gelo, crampon point. A Thaís estava um pouco mais acima, mas ainda no início da cascata.” Carlos Santalena, direto do Campo Base do Everest (5.350m)
29.04.2016 - 09:50 | A rota já está ok
Os Icefall Doctors concertaram nesta manhã a parte rota que havia sido danificada por uma avalanche, que atingiu uma escada dupla.
Carlos Santalena informou que parte para o seu último ciclo de aclimatação juntamente com Cid Ferrari e Thaís Pegoraro no início da madrugada do dia 1 de maio. Portanto descansarão mais uma noite no Campo Base.
Cristiano Müller parte nesta próxima madrugada, dia 30 de abril, às 3h30 para o seu terceiro e último ciclo de aclimatação.
Fatima Williamson parte para o último ciclo de aclimatação no dia 2 de maio.
29.04.2016 - 10:22 | Mais um colunista do EXTREMOS vai escalar o Everest
Hoje recebemos a notícia que o Pemba Sherpa, colunista do EXTREMOS e que foi guia da Karina Oliani em 2013, vai fazer uma escalada solo no Everest. No momento ele está em Namche Bazaar e deve chegar nos próximos dias no acampamento base do Everest.
Pelo motivo da temporada já estar avançada e a maioria dos alpinistas já estão partindo para o terceiro e último ciclo de aclimatação, perguntei para ele se isso não iria atrapalhar, o fato de chegar tarde no BC e não ter tempo para fazer os ciclos de aclimatação.
“Elias, por eu estar só, talvez eu não precise fazer os ciclos de aclimatação.” Pemba Sherpa, direto de Namche Bazaar (3.400m)
Esses sherpas realmente são diferenciados! As vezes esqueço disso... rsss
CRISTIANO MÜLLER de volta ao Campo Base, devido a queda da escada. Foto tirada quando retornava da Cascata de Gelo.
27.04.2016 - 08:25
Quatro mortes nos últimos cinco dias nesta região do Himalaia
Com a temporada de primavera de escalada avançando, não só no Everest mas em todo Himalaia, quatro pessoas já morreram, de acordo com a polícia e agências.
Os alpinistas Patrik Mattioli (Suíça) e Jon David Johnson (Áustria) morreram depois de cair de uma corda fixa em uma fenda de gelo no Monte Shishapangma (8027 m), no Tibet. O incidente ocorreu a uma altitude de 6.200 m, em 24 de abril, quando os dois apinistas subiam para o Acampamento Base Avançado. Os corpos ainda não foram recuperados.
Dois trekkers (Japão e da Coreia do Sul) morreram na região do Monte Everest. O japonês, Hidenori Hagi (67 anos), não resistiu aos efeitos do mal de altitude e morreu na tenda hospital do Campo Base, a Everest+ER. O coreano também sofreu com os efeitos do mal de altitude e foi levado para um hospital em Katmandu, mas não resistiu.
Nas últimas 13 temporadas uma equipe de voluntários de toda parte do mundo têm vindo ao Campo Base do Everest, no Nepal, para dar auxílio a quem precisa. O hospital de campanha atende também os sherpas, cozinheiros, porteadores e trekkers. É cobrado uma taxa de U$ 100. Neste ano a equipe médica é formada por: Tatiana Havryliuk (New York) Tash Burley (Aviemore, Escócia) e Yogesh Subedi (Kathmandu).
Nas últimas três semanas, pelo menos 7 pessoas foram evacuadas de helicópetero do Campo Base e mais de 110 pacientes receberam atendimento na tenda da Everest ER. A maioria dos pacientes sofriam de AMS (Altitude Mountain Sickness). O mal de montanha pode evoluir para um quadro bastante grave, o edema pulmonar de altitude (HAPE ou High Altitude Pulmonary Edema) ou um edema cerebral de altitude (HACE ou High Altitude Cerebral Edema), ambos potencialmente fatais. Isso normalmente acontece quando uma pessoa com os sintomas do AMS continua a ganhar altitude ou quando os sintomas do AMS se agravam e a pessoa não desce imediatamente. Leia mais sobre AMS, HAPE e HACE no excelente artigo da nossa colunista Lisete Florenzano.
Permits
Foram emitidas 289 permissões de escalada para o Everest. Alpinistas de 38 países, representando 34 expedições (agências). Deste total, 69 alpinistas reutilizaram suas licenças emitidas em 2014/2015.
Para o Lhotse foram emitidos 78 permits (11 equipes) e 44 permits (7 equipes) para Nuptse nesta temporada.
São 432 trabalhadores em grande altitude, entre sherpas e porteadores que darão assistência a essas expedições neste ano. Também há 100 trabalhadores no acampamento base, a maioria são cozinheiros. Entre todos esses trabalhadores, apenas duas mulheres sherpas foram autorizadas a trabalhar no Campo Base.
As cordas
A equipe de sherpas que está fixando as cordas de segurança alcançou o Campo 3 (7.200 m). Essa é uma ótima notícia, pois a partir de agora está liberado o último ciclo de aclimatação, onde os alpinistas tocam o Campo 3 e retornam para o Campo 2.
Trekkers descansam ao lado da tenda Hospital no Campo Base do Everest.
26.04.2016 - 15:15
Temporada tranquila, até aqui!
Até o momento a temporada 2016 do Everest tem sido bem tranquila, como em seus melhores anos, a não ser a temperatura que parece estar mais quente, e ouve-se mais o barulho de água correndo por baixo do acampamento base, o Glaciar Khumbu.
Essa calmaria e a temperatura mais alta, deixa alguns montanhistas apreensivos devido as tragédias dos últimos dois anos. As agências tem saído com seus grupos de alpinistas e sherpas por volta de 1 hora da madrugada do Campo Base rumo ao Campo 1. Assim com o clima mais frio da noite, conseguem passar por toda a Cascata de Gelo em mais segurança.
Muitos voos
A circulação de helicópteros tem sido maior nesse ano, e os motivos são:
– Transporte de equipamentos para a fixação de cordas nos acampamentos altos;
– Alpinistas sendo levados para Lukla ou Katmandu devido o mal de altitude;
– Há 10 equipes de filmagens no BC este ano, os voos são constantes para filmagens;
– E o turismo em si, para conhecer de perto o Everest e o Campo Base.
Ataque ao cume
As cordas até o cume devem ser fixadas pelos Sherpas até o dia 10 de maio, se tudo correr bem. A minha previsão é que neste mesmo dia ou já no próximo dia possam iniciar o ataque ao cume dos alpinistas das agências.
A previsão é que o Jet Stream (ventos acima de 100 km/h no cume do Everest) cesse por volta do dia 29 de abril. Está previsto também uma nevasca nos dias 2 e 3 de maio, depois disso o tempo deve melhorar.
Se o clima se mantiver assim, é provável que tenhamos em 2016 de 5 a 10 dias bons no cume. Com a quantidade menor de alpinistas este ano, que na última listagem há 287 permits liberados, a previsão é que o ataque ao cume seja com menos filas, e possívelmente haverá pelo menos 500 cumes pela face sul, lembrando que para cada alpinista, há um sherpa como guia.
Carlão, Cid e Thaís
Os montanhistas brasileiros estão descansando no campo base do Everest. Carlos, Cid e Thaís aproveitaram o dia para fazer uma subida ao High Camp do Pumori, a 5.700m, e assim manter o preparo físico para a próxima etapa da expedição que é o 3º Ciclo de Aclimatação e terá este cronograma:
3º Ciclo: BC-1C1-2C2-C3-1C2-BC
01.04.2016 - Partem do Campo Base para o Campo 1
02.04.2016 - Sobem do Campo 1 para o Campo 2
03.05.2016 - Descanso no Campo 2
04.05.2016 - Sobem até o Campo 3 e voltam para o Campo 2
05.05.2016 - Descem do Campo 2 direto para o Campo Base
Fatima Williamson
Fatima chegou hoje do seu 3º Ciclo, onde o ponto alto foi a base da parede do Lhotse, a 6.500 metros de altitude.
“Oi Elias... Eu estava em rotação do C2 e só voltei hoje. O Cristiano também já fez essa rotação pois a programação deles é alguns dias na frente da nossa. Vou focar no EBC (Acampamento Base do Everest) alguns dias me recuperando e te mandarei uma mensagem sobre este ciclo. Amazing como a rota está diferente e mais difícil essa temporada...” Fatima Williamson
Rosier Alexandre
Faz 3 dias que Rosier está no Acampamento Base Avançado da face norte (6.500m), e amanhã deve subir para o Campo 1 (7.000m).
CRISTIANO MÜLLER (à esquerda de camiseta cinza) e sua equipe testando o sistema de oxigênio suplementar, que devem utilizar a partir do Campo 3.
Visita de CRISTIANO MÜLLER a Cid, Carlão e Thaís no acampamento base do Everest.
THAÍS PEGORARO no High Campo do Pumori, com um vista geral do Campo Base, Everest, Lhotse e Nuptse.
Foto de FATIMA WILLIAMSON que mostra um trecho da Cascata de Gelo do Khumbu.
25.04.2016 - 01:20
Na maior tragédia, o nosso maior legado!
Escrevo estas linhas enquanto assisto o documentário "Sherpas, A vida no Everest", com a emoção a flor da pele, olhos marejados, relembrando cada cena, que no tempo real, há 2 anos atrás chegava aqui na redação do EXTREMOS, por meio de mensagens, fotos, vídeos e podcasts… alpinistas brasileiros que estavam no acampamento base, além serem nossas fontes, também visitavam o site, em busca de mais detalhes, em meio aos boatos que circulavam na montanha.
O ano de 2014 teve uma temporada difícil, dura, tensa, a mais trágica de todas, até então, mas como sempre, diante de tanta adversidade seguimos em frente, mais fortalecidos… e mal sabíamos que em 2015 a tragédia seria ainda maior. Exatamente a 1 ano atrás, no dia 25 de abril de 2015, após o grande terremoto de 7.6 graus da escala Richter, que teve o seu epicentro próximo a Katmandu, provocou uma avalanche que desceu pelo flanco entre o Pumori e o Lingtren e devastou parte do Acampamento Base do Everest, matando 19 pessoas (sherpas e alpinistas)… a maior de todas as tragédias do Everest, cancelando de imediato a temporada 2015. Em todo o Nepal e Índia morreram mais de 9.000 pessoas por causa do terremoto.
Mais uma vez em meio a tanto sofrimento encontramos forças, três alpinistas brasileiros que são colunistas do EXTREMOS e que já haviam escalado o Everest em temporadas anteriores, criaram três campanhas distintas de ajuda ao Nepal, com o apoio do EXTREMOS. Juntos arrecadamos mais de R$ 300.000,00. Todo o mérito vai para Manoel Morgado, Rodrigo Raineri, Carlos Santalena, Eduardo Sartor, Karina Oliani e Rosier Alexandre, que empregaram esse dinheiro na reconstrução de casas, escolas, mosteiro, além de alimentos, tendas e assim conseguimos amenizar um pouco o sofrimento deste querido povo das montanhas.
Agradecemos de coração cada internauta do EXTREMOS que contribuiu com a ajuda financeira em nossa campanha, que da maior tragédia do Everest conseguimos transformar no melhor “case” de sucesso do EXTREMOS, a solidariedade do povo brasileiro.
É uma honra nestes últimos 11 anos de Cobertura Online estar aqui para contar as histórias das escaladas do Everest, mas ajudar diretamente esse povo que aprendi a amar e que tive o prazer de conviver, é o maior legado que podemos deixar.
Obrigado a todos!!!
Carlos Santalena e Eduardo Sartor (ambos na foto) e Rodrigo Raineri utilizaram os fundos arrecadados na reconstrução de casas e ajuda as famílias dos sherpas que moram nas montanhas.
Mais uma escola reconstruída e entregue a população nepalesa com fundos da Morgado Expedições, que reconstriu casas, escolas e mosteiro.
Campanha #savenepal organizada pelas empresas Piton Adventure, Extremos, Casa de Pedra, Pisa Trekking, e Morgado Expedições.
Além de ajudar com fundos para a campanha, a médica Karina Oliani viajou ao Nepal logo que soube do terremoto e trabalhou dando assistência aos moradores das montanhas.
23.04.2016 - 09:14
Perto da parede do Lhotse
Entre os brasileiros, Cristiano Müller, que está com a equipe da IMG Hybrid é quem está com a aclimatação mais avançada. Neste 3º Ciclo: BC-2C1-1C2-6500m-1C2-BC, depois de alcançar o Campo 2 (6.400m) a sua equipe ainda subiu mais 100 metros, chegando no início da parede do Lhotse, e assim conseguiram ver o que os esperam no próximo ciclo de aclimatação.
Cid Ferrari, Thaís Pegoraro e Carlos Santalena já estão de volta do 2º Ciclo: BC-1C1-C2-1C1-BC.
CARLOS SANTALENA e Cid Ferrari na barraca do Campo 1 (5.900m). Ao fundo é possível ver o Pumori, que fica atrás do Campo Base.
CRISTINAO MÜLLER deixando o Campo 1 para trás, rumo ao Campo 2 do Everest.
CRISTIANO MÜLLER com a equipe da IMG Hybrid na base da parede do Lhotse, a 6.500m de altitude.
Avalanche na parede do Nuptse, no momento em que CID FERRARI deixava o Campo 1 para o Campo Base.
21.04.2016 - 21:50
Cordas e mais cordas
Os Icefall Doctors já concluíram os trabalhos até o Campo 2. Agora ficarão encarregados da manutenção e ajustes das escadas e cordas, pois a Cascata de Gelo do Khumbu movimenta-se cerca de um metro por dia.
A partir de agora o trabalho de fixação de cordas do Campo 2 até o Cume é de responsabilidade das agências, que irão se unir e liberar alguns de seus sherpas para formar uma equipe de trabalho. Os sherpas estão em Gorak Shep separando as cordas e os equipamentos que irão utilizar. Pela primeira vez o governo autorizou que esse material seja levado de helicóptero até o Western Cwm (acima do Campo 1, aproximadamente a 6.200 metros de altitude), o que deve reduzir o árduo trabalho dos sherpas e porteadores e principalmente diminuir o tráfego na sensível e perigosa Cascata de Gelo. Para os padrões do Everest, esta primavera está sendo quente e seca, o que aumenta o risco de quedas de rochas e avalanches.
No momento as agências IMG, Adventure Consultants e Madison Mountaineering já estão no Campo 2 e logo devem retornar ao Campo Base, finalizando mais um ciclo de aclimatação.
Os alpinistas das agências comerciais só podem fazer o ataque ao cume quando as cordas já estiverem fixadas até o topo do Everest, o que deve acontecer por volta do dia 10 de maio. Ainda há muito trabalho para os sherpas e mais ciclos de aclimatação para os alpinistas antes do tão esperado ataque ao cume.
As cordas que serão utilizadas entre o Campo 2 e o Cume. Aqui em Gorak Shep há pelo menos 10.000 metros de cordas que serão transportadas de helicóptero ao Western Cwn (6.200m).
Snowcocks, um tipo de faisão que aparece durante a primavera no acampamento base do Everest.
Separando os alimentos e guloseimas que os alpinistas irão comer nos acampamentos superiores.
Equipamentos a serão utilizados nos acampamentos superiores. Na direita é possível ver o da Fatima Williamson.
20.04.2016 - 10:35
11 anos de cobertura online do Everest
O EXTREMOS está completando 11 anos de Cobertura Online do Everest (veja a imagem da 1ª Cobertura Online do Extremos abaixo). Tudo começou em 2005 com a expedição de nossos amigos Rodrigo Raineri e Vitor Negrete, ano em que Vitor escalou pela face norte e encontrou com Waldemar Niclevicz e Irivan Burda no cume, eles haviam escalado a montanha pela face sul. Começamos com um ano incrível, três brasileiros no topo do mundo.
Se passaram 11 anos de muitos aprendizados, investimentos e melhorias. Estudamos muito sobre cada temporada, lemos muito sobre as histórias de outras expedições ao Everest, fomos sentir in loco o que é o trekking ao campo base do Everest, e na face norte fomos até Tingri, o último vilarejo antes do acampamento base. Tudo isso com o intuito de adquirir mais experiência e assim transmitir informações mais precisas aos internautas.
Mas, não teríamos chegado até aqui com essa qualidade em informação sem a ajuda de todos os montanhistas brasileiros que escalaram o Everest. Todos contribuíram e ainda contribuem com informações e dados sobre o Everest. Quando temos dúvida sobre alguma informação, são eles que esclarecem para nós em detalhes, e assim podemos passar isso ao internauta com segurança.
Obrigado a Waldemar Niclevicz, Mozart Catão (in memorian), Irivan Burda, Vitor Negrete (in memorian), Ana Elisa Boscarioli, Rodrigo Raineri, Eduardo Keppke, Manoel Morgado, Cleo Weidlich, Carlos Santalena, Carlos Canellas, Karina Oliani e Jefferson dos Reis.
Brasileiros vão para o C1 e C2 na face sul
Hoje conversamos com a Thaís Pegoraro e ela informou que junto com Carlos Santalena e Cid Ferrari partem a 1:00 da madrugada para o 2º Ciclo de Aclimatação. O planejado é fazer uma escalada de 8 a 10 horas até o Campo 1, onde irão dormir uma noite, depois, na sexta-feira tocam o C2, isso na linguagem dos alpinistas, o que significa que apenas irão até o C2 e descem em seguida para o C1, onde irão dormir mais um noite (de sexta-feira para sábado) e sábado descem para o Campo Base. Nós do EXTREMOS há anos criamos um linguagem própria e uma forma mais simples de explicar isso, veja:
2º Ciclo: BC-1C1-C2-1C1-BC
O número antes da letra significa a quantidade de noites que dormiu no referido acampamento, exemplo: 1C1 - dormiu uma noite no C1 (Campo 1). No C2 não tem número antes, então quer dizer que não dormiu, apenas tocou e desceu.
1ª Cobertura Online do Everest realizada pelo EXTREMOS, em 2005, ainda utilizando nosso antigo site, Portal do Trekking. Neste primeiro ano o foco foi no Ataque ao Cume do Everest, que aconteceu nos dias 1 e 2 de junho. Vitor Negrete, Waldemar Niclevicz e Irivan Burda chegaram ao cume no mesmo dia. As imagens não carregaram porque é do web.archuve: Segue o link.
CARLOS SANTALENA e Cid Ferrari na base da Cascata de Gelo do Khumbu.
O acampamento da IMG já está montado no Campo 1, pronto para receber Fatima Williamson e Cristiano Müller.
THAÍS PEGORARO aproveitando o dia de folga para lavar roupa no campo base. Essa é a barraca dela.
19.04.2016 - 09:30
Rosier chegou
Finalmente Rosier Alexandre chegou ao campo base da face norte do Everest, no Tibet (China). Rosier está usando os serviços da agência Himalayan Ecstasy Nepal. A comunicação será sempre mais difícil do que pela face sul, mas a Danubia, sua esposa, está nos auxiliando. Boa sorte ao Rosier!
10:28 - China nega visto
A China negou a permissão de escalada do Everest para o americano Tyler Armstrong, de apenas 12 anos, que pretendia quebrar o recorde como o mais jovem a chegar ao topo do mundo. Atualmente o recorde pertence ao americano Jordan Romero que chegou ao cume do Everest em 2010, com apenas 13 anos.
Brasileiros na face sul
Hoje foi a vez da Fatima Williamson fazer a sua escalada pela Cascata de Gelo. Seu grupo da IMG subiu até 5.650 metros e já estão de volta ao campo base.
Carlos Santalena, Cid Ferrari e Thaís Pegoraro tinham o dia de folga, mas resolveram caminhar até a base da Cascata de Gelo
“Para não deixar o corpo parado na letargia do BC (Campo Base), fomos hoje a base da Cascata de Gelo do Khumbu, atravessando o campo base, tirar belas fotos e curtir o dia. Grupo de brasucas é sempre alegria, alegria que contagia.” Carlos Santalena
Vista do campo base do Everest a partir do acampamento da Madison Mountaineering. Vista com sentido a Gorak Shep... ao fundo é possível ver o Lobuche East.
CID FERRARI, Thaís Pegoraro e Carlos Santalena durante caminhada a base da Cascata de Gelo.
FATIMA WILLIAMSON na Cascata de Gelo do Khumbu. m seu 2º Ciclo de Acmimatação.
CRISTIANO MÜLLER no Football Field (5.650m), onde esteve dias atrás na Cascata de Gelo.
18.04.2016 - 11:45
Dois anos atrás
Hoje completa dois anos da avalanche que matou 16 Sherpas na Cascata de Gelo do Khumbu. Apesar de ser um dia triste, a tragédia trouxe ao grande público mais conhecimento a respeito da vida dos Sherpas, e aos poucos eles estão ganhando reconhecimento e suas exigências estão sendo aos poucos atendidas, como trabalhadores do Everest.
A tragédia também fez com que o SPCC alterasse a rota de escalada na Cascata de gelo, agora ela passa mais ao centro, antes passava muito próxima da parede no lado esquerdo, que era mais fácil de escalar, mas mais exposto a avalanches.
O EXTREMOS criou um infográfico que mostra essa mudança.
INFOGRÁFICO DO EXTREMOS mostra como foi a tragédia que aconteceu em 2014 que matou 16 Sherpas e a alteração da rota de escalada que se deu a partir de 2015.
Sherpa, a vida no Everest
Descubra quem são os sherpas, comunidade do Nepal que torna possível a indústria da escalada no Everest.
Por meio de depoimentos dos próprios sherpas, de familiares e alpinistas que se preparavam para atacar o cume no momento da avalanche que atingiu o Everest em abril de 2014, o documentário “Sherpa – A Vida no Everest” registra um momento histórico de tragédia e resistência. A ocasião, que culminou na morte de 16 sherpas, fez a comunidade refletir sobre o futuro das escaladas no Everest e se elas justificam os perigos que eles enfrentam.
Assista abaixo o trailer do documentário SHERPA, que o Discovery Brasil vai exibir neste domingo, 24 de abril, às 23:10. Visite o hotsite do documentário. Não perca!
Trailer do documentário SHERPA, que será exibido pela Discovery Brasil no dia 24 de abril, às 23h10. Gostou? Deixe o seu comentário!
17.04.2016 - 09:15
Começou pra valer
Nós só falamos que realmente começou a escalada ao Everest quando as equipes avançam do Campo Base em direção ao C1. Na face sul, no Nepal, isso quer dizer atravessar a temida Cascata de Gelo do Khumbu. Quatro brasileiros já realizaram esse ciclo, Cristiano Müller, Carlos Santalena, Cid Ferrari e Thaís Pegoraro. Diferente de outros anos que os alpinistas subiam até o Campo 1 neste ciclo, agora em 2016 todos subiram apenas até o Football Field, entre 5.600m a 5.777m.
A progreção na face norte sempre é mais lenta e burocratica. Rosier Alexandre já viajou para Lhasa, mas ainda não chegou ao Campo Base. Vale lembrar que na face norte os alpinistas chegam ao Campo Base em uma caminhonete 4x4, pois estão no Planalto Tibetano. Então por mais que estejam atrasados, logo eles estarão em ritmo parecido com a face sul.
Riqueza de detalhes
Conforme a temporada avança, a cobertura do EXTREMOS vai ganhando mais informações e com isso você fica cada vez mais informado. Abaixo iremos explicar cada área desta página da Cobertura Online:
MAPA INFOGRÁFICO: O EXTREMOS é o único site no mundo que faz a cobertura online do Everest utilizando uma foto da montanha e mostrando o deslocamento dos alpinistas. A legenda abaixo da foto lhe mostrará sempre quando foi a última atualização deste infográfico, além de conter mais informações. As fotos dos alpinistas em Preto e Branco mostra onde o alpinista chegou em seu ciclo de aclimatação, mas já não está mais lá. A foto colorida sempre mostrará o local onde o alpinista está no monento.
PLACAR: Neste campo você saberá quantos alpinistas e Sherpas chegaram ao cume do Everest. Aqui também informaremos sobre as mortes na montanha.
FOTOS DOS ALPINISTAS: Abaixo da linha de fotos dos brasileiros, você acompanha a progreção dosseus Ciclos de Aclimatação, desta forma você ficará sabendo se ele já está apto a fazer o ataque ao cume ou o quanto falta para isso. Veja que neste ano incluímos uma legenda para que você entenda melhor, pois futuramente colocaremos algo assim: (2º Ciclo: BC-2C1-1C2-BC), que significa que no 2º Ciclo de Aclimatação o alpinista subiu do Campo Base (BC) ao C1, onde dormiu duas noites, depois subiu ao C2 e dormiu uma noite e depois desceu direto ao Campo Base.
PODCAST: Todos os Podcasts ficarão nesta área, assim você poderá ouvir as nossas entrevistas diretamente com os alpinistas no Everest.
NOTÍCIAS: A partir desta área você encontrará todas as informações, textos, artigos, entre aspas, fotos, vídeos e infográficos da Cobertura Online do Everest.
COMENTÁRIOS: Abaixo da notícia mais recente e no final da página você encontra o Mural de Recados. Deixe a sua mensagem de apoio aos alpinistas, eles adoram ler. Claro, você também pode enviar perguntas, elogios e críticas a nossa cobertura.
Os brasileiros
Carlos Santalena, Cid Ferrari e Thaís Pegoraro realizaram o 1º Ciclo de Aclimatação e chegaram a 5.777m de altitude.
“Hoje saímos às 2:00 da manhã e chegamos até 5777m na cascata de gelo. Thaís e Cid subiram em ritmo excelente e se sentem bem no Campo Base. Foi impossível não me emocionar após 2 anos trágicos, muitas lembranças dos amigos sherpas que perdemos nesta parte da montanha. Descansaremos 3 dias antes de subirmos para o segundo ciclo de aclimatação. A cascata me parece com a rota mais longa porém com a sensação de estar mais segura e centralizada, com a nevada de ontem a noite, as condições estavam perfeitas.” Carlos Santalena
CID FERRARI em meio a temida Cascata de Gelo do Khumbu, em seu primeiro ciclo de aclimatação, onde chegou a 5.777m de altitude.
CARLOS SANTALENA de volta ao Cascata de Gelo do Khumbu.
THAÍS PEGORARO na Cascata de Gelo, durante o seu 1º Ciclo de Aclimatação.
O relógio do CARLOS SANTALENA mostra exatamente a altitude que chegaram neste 1º Ciclo de Aclimatação.
16.04.2016 - 08:36
Bandeira do EXTREMOS no Campo Base
Thaís Pegoraro teve o prazer de fazer o famoso trekking ao acampamento base do Everest acompanhada de sua mãe, Leila Amadei.
“Quantas pessoas puderam realizar o sonho com a sua mãe ao lado? Eu pude! Leila Liz Amadei caminhou ao meu lado nesses dias de trekking até o Acampamento Base do Everest. Rimos e choramos juntas. Olhamos horizontes e paisagens indescritíveis. Olhou para mim e me elogiou 200 mil vezes pela mochila pesada, sonho audacioso, risco e coragem. Um presente para a vida! Para sempre te amo mãe! ” Thaís Pegoraro, direto do Acampamento Base do Everest
Hoje conversamos com a Thaís e ela informou que vai fazer um ciclo de aclimatação amanhã, junto com Cid Ferrari e Carlos Santalena. Ela aproveitou para enviar uma foto da bandeira do EXTREMOS no acampamento.
“Preparando agora para o primeiro ciclo de aclimatação na Cascata de Gelo do Khumbu. Sairemos nessa madrugada. Pretendemos chegar a 5.700m. Pouco gelo, poucos escaladores comparado a outros anos, dias azuis e frios. Perfeito para começar a aclimatação. Os sherpas já fixaram as cordas até o Campo 2. Temporada antecipada e com ótima previsão climática até agora. Estamos muito animados!” Thaís Pegoraro, direto do Acampamento Base do Everest
BANDEIRA DO EXTREMOS e do Brasil na barraca refeitório da Himalayan Ascent, onde estão Thaís Pegoraro, Cid Ferrari e o guia Carlos Santalena.
THAÍS PEGORARO (de preto) e com sua mãe Leila Amadei no Campo Base do Everest. Sonho realizado.
THAÍS PEGORARO fazendo treinamentos no Glaciar Khumbu, próximo ao seu acampamento.
CARLOS SANTALENA com a equipe de sherpas em dia de treinamento no campo base.
14.04.2016 - 09:10
Rumo ao Tibet
Uma das maiores virtudes que você tem que ter caso queira escalar a face sul é a paciência. O governo Chinês é sempre imprevisível, você nunca sabe se realmente irão liberar a entrada no país ou não, e as burocracias são sempre grandes.
Rosier Alexandre estava com viagem marcada para Lhasa no dia 11 de abril, mas precisou remarcar a data para hoje, dia 14, pois o governo chinês ainda não tinha liberado a entrada da maioria dos turistas e alpinistas. Agora está tudo certo, ele já está embarcando.
Ueli Steck, já acostumado com a burocracia chinesa, resolveu ficar no Nepal e passou duas semanas se aclimatando no Vale Khumbu, onde escalou o Island Peak. Nos próximos dias deve embarcar para Katmandu e depois segue para o Tibet (China), onde abrirá uma nova via de escalada no Shishapangma (8.013m).
Kilian Jornet
O ultramaratonista espanhol, Kilian Jornet, anunciou que fará a sua tentativa de escalada rápida no Everest somente no final do verão (setembro), pela face norte (Tibet). Provavelmente utilizará a rota Corredor Norton ou Horbein.
09:48 - Avalanche
Cid Ferrari filmou minutos atrás (às 18:00 do horário local) uma avalanche entre o Lingtren e o Pumori. Exatamente o mesmo local da avalanche mortal de 2015, que matou 19 pessoas. Cid disse que o barulho foi forte e assustou, mas a avalanche não chegou no Campo Base. Não houve feridos. Assista o vídeo abaixo.
Cristiano Müller foi tomar chá na barraca de Cid Ferrari, Carlos Santalena e Thaís Pegoraro. Chá das 5h em pleno acampamento base do Everest.
CID FERRARI filmou a avalanche que aconteceu hoje entre o Lingtren e o Pumori.
ROSIER ALEXANDRE: "Engarrafamento de mochilas. Tantas mochilas, quantos sonhos!".
MELISSA ARNOT: "Se você já dormiu em uma barraca comigo, você sabe duas coisas: só eu posso tocar no fogareiro. E dormir no cume e comer purê de batata e bacon, faz de tudo melhor."
KILIAN JORNET fará a sua tentativa de escalada rápida no Everest somente no final do verão (setembro), pela face norte (Tibet). Provavelmente utilizará a rota Corredor Norton ou Horbein.
13.04.2016 - 15:05
Tremores e terremotos
Hoje, às 20:25 (horário local) Myanmar sofreu um grande terremoto de 6.9 graus na escala Richter, o epicentro foi a uma profundidade de 134 km. Nepal e Índia sentiram o tremor. Ainda não há informações de danos ou mortes.
Toda essa região do Himalaia sofre abalos devido ao encontro da Placa Eurasiana com a Placa Indiana.
Durante todo o ano de 2015, após o grande terremoto de 7.8 graus na escala Richter que aconteceu no dia 25 de abril, o Nepal e o norte da Índia vem sentindo sucessivos abalos sísmicos, alguns próximos a 5 graus. Muitos ao redor de Katmandu, o que configura como réplicas do grande terremoto.
Vamos orar e torcer para que essa seja uma temporada tranquila no Everest e região.
Os brasileiros
- Cristiano Müller escalou ontem o Lobuche East como seu primeiro ciclo de aclimatação. Hoje subiu para o campo base e encontrou com a Fatima Williamson que estava descendo para Lobuche, para fazer o seu ciclo de aclimatação. Conversamos com Cristiano no final da tarde:
“Acabamos de chegar ao BC e está nevando muito! No caminho para cá encontrei com o grupo de trekking da Grade 6 e conversei com alguns deles. Também encontrei rapidamente com a Fatima (ela indo para Lobuche e eu voltando) e nos apresentamos. Amanhã, depois do café da manhã, pretendo fazer uma visita ao Carlos e ao seu grupo!” Cristiano Müller direto do campo base do Everest
- Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e Cid Ferrari passaram por Gorak Shep logo de manhã e subiram o Kala Pattar e agora estão finalmente no campo base do Everest.
- Rosier Alexandre continua em Katmandu e embarca amanhã para Lhasa, Tibet.
CRISTIANO MÜLLER no cume do Lobuche East (6.119m).
FATIMA WILLIAMSON (em 1º plano) durante treinamento na Glaciar Khumbu, no Campo Base.
CID FERRARI, Thaís Pegoraro e Carlos Santaena na barraca refeitório no Campo Base do Everest.
Camisa The North Face (falsificada | nóis que feis) por apenas R$ 18 em Katmandu (original R$ 400). Foto: Rosier
12.04.2016 - 08:50
Cascata de Gelo liberada
Finalmente depois de um mês, os Icefall Doctors finalizaram o trabalho na Cascata de Gelo do Khumbu e o acesso do Campo Base ao C1 está liberado. Foram utilizadas 23 seções de escadas, como você pode ver na foto maior, essa é uma seção onde duas fileiras com quatro escadas formam um ponte sobre as gretas do glaciar.
“Nós construímos uma rota a partir do acampamento base (5,335m) até o acampamento II (6.400m), colocando 23 seções de escadas de alumínio e cordas ao longo do trajeto.” Gelje Sherpa, um icefall doctor falando pelo telefone satelital
A parte mais temida de toda escalada do Everest é a passagem pela instável Cascata de Gelo. Os alpinistas passam em média 6 vezes (ida e volta) pela cascata, mas os sherpas e porteadores das expedições passam entrem 18 a 30 vezes, levando equipamentos e mantimentos para abastacer os acampamentos superiores, além dos cilindros de oxigênio que normalmente os alpinistas começam a utilizar no Campo 3.
O Comitê de Controle de Poluição do Sagarmatha mobilizou uma equipe de oito Icefall Doctors para construir a rota, trabalho que teve início no dia 7 de março e terminou nessa semana. Cada alpinista que vai escalar o Everest deve pagar U$ 600,00 para passar pela rota da Cascata de Gelo. Como em 2016 podemos chegar a 300 alpinistas, convertendo para reais, o valor total a ser arrecadado será de R$ 720.000,00.
O governo do Nepal cobra U$ 11.000,00 de cada alpinista para a liberação do permit. Um total de R$ 3.300.000,00 em arrecadação para os cofres públicos. Isso apenas com o Everest. O turismo e a agricultura são as principais fontes de renda do país.
AS PONTES construídas com escadas de alumínio. Pela primeira vez uma foto de uma ponte dupla (duas fileiras de escadas), o que deve dar mais estabilidade para atravessá-la. Devido ao contante movimento do glaciar, é normal que a equipe dos Icefall Doctors, durante todo o período de escalada, que deve ir até o final de maio, façam ajustes e consertem trechos da rota.
A CASCATA DE GELO DO KHUMBU é uma unanimidade entre os alpinistas: "É o trecho mais perigoso da escalada do Everest pela face sul, mas é o lugar mais lindo".
O PERIGO está exatamente nos gigantescos blocos de gelo que estão em contante movimento, e essa região é sensível as avalanches.
OS PRIMEIROS Sherpas da IMG já passaram pela Cascata de Gelo é aqui uma foto próximo ao Vale do Silêncio, com o Everest a esquerda e o Lhotse no centro.
14:00 - Everest em Oxigênio
Reinhold Messner sempre foi um montanhista diferente, perfeccionista, minimalista e purista. Este filme mostra a expedição de Reinhold Messner e Peter Habeler ao topo do Everest, e pela primeira vez na história, sem o uso de oxigênio suplementar, algo que até então todos diziam que seria impossível de um ser humano chegar e sair com vida.
O Everest foi consquistado em 1953, por Sir Edmund Hillary e Tenzing Norgay, utilizando cilindros de oxigênio suplementar. Somente em 1978 Reinhold Messner e Peter Habeler mudaram essa história. Bom filme!
11.04.2016 - 18:10
O Brasil no Topo do Mundo
Estes são os 13 brasileiros que já estiveram no cume do Everest. O EXTREMOS teve o prazer de anunciar em primeira mão a conquista de todos os brasileiros na era da Internet. Apenas Waldemar Niclevicz e Mozart Catão, em 1995, não estiveram em nossa cobertura online.
Conheça os dados e curiosidades dos brasileiros que tiveram a satisfação de chegar ao ponto mais alto da Terra, os 8.848 metros do Monte Everest.
Os 13 brasileiros que chegaram ao topo do mundo
1º
Cume: 14.05.1995
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 29 anos
2º Cume: Face Sul (Nepal), em 02.06.2005 - único brasileiro a escalar com sucesso as duas faces do Everest
Nascimento: 12.03.1966
Foz do Iguaçu / PR
2º
Cume: 14.05.1995
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 32 anos
Faleceu em uma avalanche na face sul do Aconcágua no dia 03.02.1998
Nascimento: 14.06.1962 Teresópolis / RJ
3º
Cume: 02.06.2005
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 33 anos
Nascimento: 12.06.1971
Curitiba / PR
4º
Cume: 02.06.2005
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 37 anos
2º Cume: Face Norte, sem o uso de oxigênio suplementar. Morreu de HAPE ou HACE, no Campo 3 (8.300m), em 19.05.2006
Nascimento: 13.12.1967
Belo Horizonte / MG
5º
Cume: 19.05.2006
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 40 anos
Nascimento: 11.01.1966
Igarapava / SP
6º
Cume: 27.05.2008
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 39 anos
2º Cume: Face Sul - 20.05.2011
3º Cume: Face Sul - 21.05.2013
Nascimento: 09.05.1969
Ibitinga / SP
7º
Cume: 27.05.2008
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 02.07.1969
Campinas / SP
8º
Cume: 17.05.2010
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 53 anos
Nascimento: 20.08.1956
Farroupilha / RS
9º
Cume: 17.05.2010
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 46 anos
Nascimento: 04.01.1964
Manaus / AM
10º
Cume: 07.05.2011
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 24 anos
Nascimento: 10.05.1986
Campinas / SP
11º
Cume: 07.05.2011
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 27.04.1973
São José dos Campos / SP
12º
Cume: 17.05.2013
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 31 anos
Nascimento: 14.05.1982
São Paulo / SP
13º
Cume: 23.05.2013
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 43 anos
Nascimento: 28.02.1970
São Paulo / SP
Curiosidades
• Primeiro Brasileiro a escalar o Everest três vezes - Rodrigo Raineri, face sul (Nepal), em 2008 e 2011 e 2013.
• Brasileiro mais jovem a escalar o Everest - Carlos Santalena, 24 anos
• Brasileiro mais velho a escalar o Everest - Manoel Morgado, 53 anos
• Primeira brasileira a escalar o Everest - Ana Boscarioli, 2006
• A escalada com a data mais precoce da temporada - 7 de maio de 2011, com Carlos Santalena e Carlos Canellas
• Os anos com mais brasileiros no cume do Everest: 3 brasileiros em 2006, 2011 e 2013
• Everest verde e amarelo - dia 4 de maio de 2011, foi o dia em que apenas alpinistas brasileiros estiveram no cume, Carlos Santalena e Carlos Canellas.
• Brasileiro que escalou as duas faces do Everest com sucesso - Niclevicz, em 1995 pela face norte (Tibet) e 2005 pela face sul (Nepal)
• Brasileiro que chegou ao cume do Everest sem auxílio de oxigênio suplementar - Vitor Negrete, 2006 - mas faleceu na descida, no Campo 3 de HAPE ou HACE.
• Tutor - No mesmo dia em que Vitor Negrete faceleu no Everest, Ana Boscarioli, que havia sido sua aluna em escalada em gelo, chegou ao cume.
• Encontro no Cume - Em 2005, Vitor Negrete escalou pela face norte e encontrou, no cume, Waldemar Niclevicz e Irivan Burda, que haviam escalado pela face sul.
• Andarilho - Antes de escalar o Everest, Manoel Morgado já havia feito 40 vezes, como guia, o trekking até o campo base do Everest
• Água boa - Vitor Negrete, Rodrigo Raineri, Eduardo Keppke, Ana Boscarioli e Carlos Santalena moravam em Campinas na época em que chegaram ao cume do Everest.
• A agencia - 60% dos que chegaram ao cume usaram os serviços da Grade6: Negrete, Boscarioli, Raineri, Keppke, Santalena e Canellas
• In Memorian - Vitor foi sepultado no C3 do Everest (face norte) a 8.300 metros de altitude. O corpo de Mozart também ficou no Aconcágua, na face sul.
• Muito prazer - Cleo Weidlich só ficou conhecida pelos brasileiros poucos antes de escalar o Everest. Ela mora nos Estados Unidos.
• Su casa, mi casa - Manoel Morgado é guia de montanha há mais de 20 anos, por isso não tem residência fixa.
• Juntos - Quando faltavam 2 metros para chegar ao cume, Niclevicz esperou Mozart chegar, e os dois se abraçaram e chegaram juntos ao cume.
• Tradição - Na era da internet o Extremos foi o site a anunciar em primeria mão todas as conquistas brasileiras no Everest, apenas o primeiro cume com Waldemar Niclevicz e Mozart Catão em 1995, não tivemos esse prazer... a internet ainda estava chegando por aqui.
10.04.2016 - 19:15
Puja Day
Cristiano Müller participou hoje da Cerimônia Puja da equipe da IMG. Uma escalada no Nepal começa sempre com o Puja, a cerimônia de oferenda aos deuses das montanhas. Ninguém sobe a montanha antes do Puja, principalmente os sherpas. O dia estava lindo a a cerimônia durou quase três horas. No fim, todos recebem um punhado de tsampa, um tipo de farinha, que jogam uns nos outros... e ficam com os cabelos e rostos brancos, o que simboliza a chegada da idade... e desejam “long life – vida longa” uns aos outros. Todos ficam de certa forma emocionados.
Permits
Até o momento foram liberados 279 permits para a face sul do Everest. Na faixa em que aparece o Brasil consta apenas cinco, exatamente porque o Rosier Alexandre irá escalar pela face norte, no Tibet (China). Em 2015 foram emitidos 265 permits e 109 foram reutilizados de 2014, onde a temporada foi encerrada prematuramente devido a avalanche na cascata de gelo que matou 16 sherpas. Somando assim em 2015, um total de 374 permits, bem acima dos 279 até o momento de 2016.
PERMITS LIBERADOS PARA A FACE SUL, NEPAL
PAÍS
Índia
Estados Unidos
Reino Unido
China
Austrália
Estados Árabes Unidos
Japão
Nova Zelândia
Brasil
Outros
TOTAL
ALPINISTAS
61
56
26
19
15
12
10
7
5
68
279
A movimentação dos brasileiros
- Cristiano Müller desceu hoje para Lobuche e deve fazer um ciclo de aclimatação amanhã escalando o Lobuche Peak (6.119m). Este já é um ciclo de aclimatação que conta para a escalada do Everest, significa o mesmo que chegar próximo ao C2, em altitude. - Fatima Williamson chegou hoje ao Campo Base do Everest. - Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e Cid Ferrari fizeram ontem a subida até a metade do Nargajun Peak, próximo a Dingboche, que vale como uma melhora na aclimatação do trekking ao campo base do Everest. - Rosier Alexandre continua em Katmandu e deve embarcar no início da semana para Lhasa, capital do Tibet e de lá segue para o campo base da face norte.
“Em 2014 eu tive o privilégio de encontrar e bater um papo com Ms Elizabeth Hawley, criadora do maior banco de dados sobre as escaladas do Everest. Este ano fui entrevistado por sua possível sucessora, a jornalista Billi Bierlling. O convite já foi feito por ela e aceito por mim, a entrevista continua após o cume.” Rosier Alexandre direto de Katmandu
CRISTIANO MÜLLER participou hoje da Cerimônia Puja (sentado de agasalho verde) no campo base do Everest. De agasalhos azuis a equipe sherpa da IMG.
THAÍS PEGORARO e o Ama Dablam ao fundo.
CID FERRARI, Thaís Pegoraro e Carlos Santalena.
ROSIER ALEXANDRE com a jornalista Billi Bierlling.
09.04.2016 - 09:30
Visita ilustre no EXTREMOS
Ontem recebemos aqui na redação do EXTREMOS a ilustre visita do último brasileiro a chegar ao cume do Everest, o montanhista Jefferson dos Reis.
Conversamos muito sobre a atual temporada do Everest e principalmente sobre a sua experiência de chegar ao topo do mundo. Jefferson pode esclarecer muitas dúvidas de alguns trechos da escalada e falou sobre o agitado ano de 2013 no Everest, onde tivemos o cume de Rodrigo Raineri, a Karina Oliani dormindo no C4 antes de fazer o ataque ao cume e a briga dos Sherpas com os alpinistas Simone Moro, Ueli Steck e Jon Griffith, onde na ocasião um dos Sherpas disse: "Nesta noite um será morto e depois decidiremos o que fazer com os outros dois".
Jefferson dos Reis veio nos informar em primeira mão sobre o seu novo projeto. Em junho ele parte para uma expedição que tentará chegar ao cume de três montanhas acima de 8.000 metros no Paquistão, o Broad Peak (8.051m), o Gasherbrum I (8.080m) e o Gasherbrum II (8.034m). Um feito inétido até então para o montanhismo brasileiro, três montanhas de 8.000 em uma mesma expedição. O Broad Peak também é uma montanha que até hoje nenhum brasileiro chegou ao cume.
Você poderá acompanhar a expedição do Jefferson dos Reis pela cobertura online do Extremos a partir do dia 10 de junho.
Jefferson, sucesso na expedição!!!
Forte tremor em Katmandu
Um forte tremor de 4.5 graus da escala Richer atingiu Katmandu às 19:06 (horário local), o epicentro foi no destrito de Lalitpur. Não foi registrado nenhum dano até o momento. Rosier Alexandre que está em Katmandu falou com exclusividade ao EXTREMOS:
“Por sorte eu estava na rua. Quando vi uma grande movimentação em um prédio, pensei que era alguém querendo se jogar. Muita gente corendo pra rua. Depois disso andei umas 6 ou 8 quadras e não vi nenhum dano e muita gente parece não ter percebido o tremor.” Rosier Alexandre direto de Katmandu“Wow!!! Tudo está tremendo novamente! O mais forte depois do terremo de 2015 atingiu novamente Katmandu, meu Deus.” Pemba Sherpa direto de Katmandu
Campo Base
Conversamos ontem com Cristiano Müller diretamente do Campo Base do Everest e nos próximos dias iremos gravar um Podcast com ele. A internet não está muito estável no momento e a título de curiosidade, o custo é de US $ 30 por cada 500 MB utilizado no Base Camp.
CRISTIANO MÜLLER: Perceba nesta foto que todo o acampamento é montado em cima do Glaciar Khumbu, e ele está em constante movimento, apesar de ser pouco, principalmente quando você vai dormir, você escuta o ranger do gelo se movimentando.
CRISTINAO MÜLLER e a Cascata de Gelo ao fundo.
A IMG foi a primeira expedição a chegar ao Campo Base.
CAMPO BASE em foto de Lu Barreiro.
08.04.2016 - 00:20
Enfim, no Campo Base
Cristiano Müller é o primeiro alpinista brasileiro a chegar ao campo base do Everest nesta temporada.
Justin Merle, guia da agência IMG, disse que toda equipe fez uma boa caminhada a partir de Lobuche, e que o campo base do Everest parece fantástico esse ano. A mensagem foi passada pelo telefone celular, que utilizou a antena instalada em Gorak Shep. Mas espera-se para os próximos dias poderem acessar a internet direto do campo base, pois a IMG assinou o serviço Everest Link, e será criado um hotspot para que toda equipe possa usar.
CRISTIANO MÜLLER (de blusa vermelha e óculos branco) no Campo Base do Everest com a sua equipe da IMG.
LOBUCHE: Primeira equipe da IMG minutos depois da saída de Lobuche, rumo ao Campo Base do Everest.
PHERICHE: Segunda equipe da IMG nos arredores de Pheriche (4.200 metros).
CAMPO BASE DO EVEREST: As barracas da agência IMG com a vista do BC em direção ao Lobuche Peak.
07.04.2016 - 12:45
O clima no Everest
Segundo informações dos Sherpas que estão trabalhando na Cascata de Gelo e acima do C1, falaram que temporada está muito parecida com a de 2013, tempo muito seco e rochas se desprendendo da montanha, o que torna todo o trabalho que fixação de escadas e cordas mais perigoso. Os Icefall Doctors chegaram a paralizar os trabalhos durante alguns dias.
Nesta semana também houve pequenas avalanches na parede do Nuptse e no Pumori. Nima Gyalzen Sherpa, que agora está no acampamento base, disse: "Sentimos o golpe de vento de avalanches no acampamento base, mas estamos seguros."
A construção da pequena cidade sobre o Glaciar Khumbu, como costumam falar os alpinistas, está acelerado, pois dentro de alguns dias as primeiras expedições estarão chegando.
Ueli Steck
O suiço Ueli Steck chegou hoje ao cume do Island Peak (6.189m). Ueli está em companhia de David Göttler fazendo treinamento e aclimatação para a sua escalada ao Shishapangma (8027m) no Tibet, onde abrirá uma nova rota ao cume.
DAVID GÖTTLER no cume do Island Peak (6.189m).
MAKALU (8.642M) visto do cume do Island Peak.
UELI STECK e David Göttler no cume do Island Peak.
Permits
Até o momento foram emitidos 275 permits para a escalada da face sul do Everest, no Nepal. Ao todo são 31 expedições homologadas.
Os brasileiros
Fatima Williamson está em Pheriche e amanhã segue para Lobuche.
Cristiano Muller ficará mais um dia em Lobuche.
Carlão, Cid e Thaís estão em Namche Bazaar e amanhã seguem para Tengboche.
FATIMA WILLIAMSON: "Tengboche ontem de manhã. Vento forte soprando no cume do Everest."
CID FERRARI, Thaís Pegoraro e Carlos Santalena avistando o Everest pela primeira vez da trilha.
CRISTIANO MÜLLER no acampamento base do Lobuche Peak (o 4º a esquerda).
Encontro de colunistas do EXTREMOS
Rosier Alexandre recebeu hoje no hotel em que está hospedado em Katmandu, a visita do guia Pemba Sherpa. Ambos são colunistas do EXTREMOS.
“Hoje comecei o dia encontrando o meu amigo Pemba Sherpa, ele foi guia da minha amiga Karina Oliani e também atuou no filme EVEREST. Obrigado pela visita, pelo carinho e pelas dicas.” Rosier Alexandre, direto de Katmandu
ROSIER ALEXANDRE e Pemba Sherpa, ambos colunistas do EXTREMOS durante encontro em Katmandu.
05.04.2016 - 11:00
Três maneiras de tornar o Everest mais seguro
Faço coro com o alpinista americano Conrad Anker, sobre as ideias abaixo. Este será um ano saudável para o turismo de alta montanha no Nepal, um setor cada vez mais dependente na economia do país. Os trekkers aos poucos estão voltando para as trilhas. Os alpinistas estão de volta e logo devem ser mais que os 265 de 2015. Estes números estão abaixo do número máximo que a face sul do Nepal já registrou. Mas o foco maior está no Everest, e como torná-lo cada vez mais seguro.
Em primeiro lugar é preciso garantir aos trabalhadores Sherpas e nepaleses um conjunto mínimo de habilidades de montanha e equipamentos adequados. Isso irá permitir que eles sejam mais independentes na montanha.
Segundo, o governo do Nepal deve exigir aos alpinistas que pretendem escalar o Everest uma experiência maior no país. O ideal é que o alpinista faça duas expedições a montanhas inferiores antes de finalmente escalar o Everest. Isso ajudaria economicamente o país, ajudaria ao alpinista compreender melhor o quanto é sensível o Himalaia, além de aumentar a sua experiência, sua técnica e a vivência cultural em um país tão diferente.
E finalmente em terceiro lugar seria um estudo de quantos alpinistas o Everest deve suportar por temporada. Denali, o pico mais alto da América do Norte, limita o número em 1.500 alpinistas para toda a sua temporada de quatro meses. No Everest existem gargalos que inevitavelmente se formam na Cascata de Gelo do Khumbu, e no dia de ataque ao cume o ponto crítico é o Escalão Hillary. A limitação do número de pessoas (alpinistas e sherpas) na face sul do Everest poderia ser, digamos, 500, isso ajudaria a eliminar esses gargalos para que os escaladores, guias e Sherpas possam passar com segurança durante toda a rota.
A escala ao ponto mais alto da Terra não vai parar tão cedo. E se mesmo depois de dois anos seguidos com tragédias, agora em 2016 estamos tendo um ano saudável, imagine como será nos próximos anos! Tavez 2017 seja o ano perfeito para o governo começar a implementar medidas sérias a esse respeito.
Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e Cid Ferrari
Carlão, Cid e Thaís já estão em Phakding (2.610m) e amanhã seguem para Namche Bazaar. No aeroporto de Katmandu o grupo encontrou com o montanhista americano Ed Viesturs, que já escalou as 14 montanhas acima de 8.000 metros sem o uso de oxigênio suplementar.
ED VIESTURS: Cid Ferrari e Thaís Pegoraro durante bate-papo com Ed Viesturs no aeroporto de Katmandu, momentos antes do embarque para Lukla.
GRADE 6: Equipe brasileira, entre eles na foto: Thaís Pegoraro, Cid Ferrari e Carlos Santalena. Eduardo Sartor guiará um grupo de trekking.
O AVIÃO: Dornier 228 é um tipo de avião duplo-turbo-hélice STOL de uso múltiplo, construído pela Dornier GmbH, com capacidade para 19 pessoas.
LUKLA: A famosa pista 24, e que na verdade é a única do aeroporto Tenzing-Hillary, o mais perigoso do mundo. A partir deste ponto não há mais roda, bicicleta, moto ou carro. Tudo é feito a pé!
04.04.2016 - 16:40
Voando para o C1
De acordo com Damber Parajuli, presidente da Expedition Operators Association of Nepal, foi solicitada a permissão do uso de helicópteros para transportar equipamentos de escalada e logística para o Acampamento 1, o que reduziria o trânsito de porteadores nesta traiçoeira rota da escalada, a Cascata de Gelo.
Nada muda em relação aos alpinistas, estes continuarão passando pelas pontes, penhascos e sempre com o perigo de uma avalanche durante a as 4 ou 6 travessia da temida Cascata de Gelo, dependendo de quantos ciclos de aclimatação forem fazer, além do ciclo de cume.
Carlos Santalena
“Ontem foi dia de ir ao ministério do turismo assinar o permisso de nossa expedição. Este é um momento importante para oficializar a expedição e assumir a responsabilidade formalmente. Ontem os permissos para Grade6 e Madison foram emitidos. Amanhã partiremos para Lukla.” Carlos Santalena, direto de Katmandu
CARLOS SANTALENA: Ao lado de Garrett Madison da Madison Mountaineering no Ministério de Turismo do Nepal.
Rosier Alexandre
Rosier já chegou a Katmandu, onde deve ficar por 4 ou 5 dias antes de partir para Lhasa e depois o campo base da face norte do Everest, no Tibet.
ROSIER ALEXANDRE: Recado direto de Katmandu
03.04.2016 - 08:00
Cada vez mais Everest
Mesmo depois de dois anos consecutivos de tragédias no Everest, a montanha mais alta do mundo continua atraindo cada vez mais alpinistas ao seu cume. Para essa temporada já são 255 permits solicitados e 29 expedições autorizadas. E o número tende a aumentar até o final de abril e passará tranquilamente os 260 permits de 2015. Vale lembrar que muitas expedições desistiram de escalar pela face sul devido as tragédias e esse ano irão escalar pela face norte, no Tibet. 2016 será um dos anos com mais alpinistas no Everest.
Para o Lhotse foram expedidos 19 permits e para o Nuptse 22. Lembrando que estas duas montanhas utilizam o mesmo campo base do Everest. Uma pequena cidade feita de barracas, tendas, banheiros químicos, heliponto e muito mais, já está sendo erguida sobre o Glaciar Khumbu e a procura pelo melhor ou mais seguro lugar deve ser intensa, pois em 2015 uma avalance ocasionada pelo terremoto desceu das encostas do Pumori e varreu parte do campo base do Everest causando a maior tragédia da história, quando 19 pessoas morreram.
INFOGRÁFICO: Clique na imagem para ampliar o Infográfico da Avalanche de 2015. Arte: Elias Luiz | EXTREMOS
Carlão, Thaís, Cid Ferrari e Rosier Alexandre
Carlos Santalena, Thaís Pegoraro e Cid Ferrari já estão em Katmandu. Rosier Alexandre embarcou hoje.
ROSIER ALEXANDRE: "Embarcando hoje para 64 dias de expedição. Everest 2016. Chegou a hora! O Tibet com sua magia me espera."
THAÍS PEGORARO: "Aventura em Kathmandu com a minha mãe não tem preço! Finalizando detalhes de equipamento em alto estilo."
Cristiano Müller e Fatima Williamson
Cristiano Müller fez hoje a caminhada de Namche Bazaar até Pheriche, a 4.200 metros de altitude. Fatima Williamson está fazendo um ciclo de aclimatação em Namche Bazaar.
“Continuando com a caminhada até o Everest base camp, ontem chegamos a Pheriche (4200m), onde tive a grata oportunidade de visitar, conhecer e assistir uma interessante palestra sobre 'Mal de Altitude' na clínica da 'Himalayan Rescue Association Nepal', na qual médicos voluntários dedicam-se a tratar de montanhistas e trekkers, estrangeiros e nepaleses, que requerem assistência médica na remota região do vale do Khumbu. Um lindo trabalho. Amanhã seguiremos caminho até Lobuche (~4700m), onde passaremos 3 dias para aclimatar-nos antes de rumarmos finalmente para o campo base do Everest.” Cristiano Müller, direto de Pheriche
CRISTIANO MÜLLER: "O vilarejo de Periche (4.200m) visto de cima. Amanhã seguimos caminho rumo a Lobuche."
FATIMA WILLIAMSON: "Dia lindo e primeira vista do Ama Dablam e Everest."
Inovação
A grande inovação deste ano é o novo sistema dos cilindros de oxigênio suplementar da Summit Oxygen. Uma válvula de controle de fluxo localizado no tubo a partir do tanque de oxigênio para a máscara ficará posicionado próximo ao peito do alpinista. Isso permite que o escalador possa regular o fluxo de oxigênio, ajustando-o a um fluxo menor quando em repouso ou um mais elevado em momentos de alta demanda, portanto, quando cuidadosamente gerenciado pode fazer o oxigênio do cilindro durar mais tempo.
Antes o método de ajuste exigia um Sherpa ou colega de equipe para fazer os ajustes no regulador localizado na garrafa que fica na mochila em suas costas.
Obviamente, este novo sistema requer uma grande dose de responsabilidade pessoal do montanhista de modo a não usar sempre o fluxo no máximo e assim ter o seu cilindro esvasiado antes do tempo.
O novo sistema da Summit Oxygen. Note na imagem o regulador no peito.
01.04.2016 - 08:30
Uma grande festa
O Everest e seu entorno nesta época do ano, abril e maio, mais parece aquela grande festa anual que ninguém pode perder e as pessoas mais ilustres marcam presença. Lógico, como toda festa sempre tem os seus bicões, e quem não está na festa, sente-se como uma carta fora do baralho.
Reinhold Messner
Messner, um dos maiores, se não o maior de todos alpinistas confirmou presença na comemoração dos 60 anos da conquista do Manaslu e do Lhotse, que acontecerá na última semana de abril em Katmandu. Aproximadamente 100 montanhistas estarão presentes, entre eles Minoru Higeta que fazia parte da segunda equipe que chegou ao cume do Manaslu, apenas dois dias depois da primeira equipe da expedição japonesa.
Ed Viesturs
“30 anos depois de minha primeira viagem ao Nepal, estou animado para retornar com o meu filho Gil, com o seu projeto de fornecer painéis solares e baterias para aqueles que necessitam de energia confiável na região do Khumbu e Gokyo.” Ed Viesturs, primeiro americano a escalar as 14 montanhas
acima de 8.000 metros sem utilizar oxigênio suplementar.
Ueli Steck
“Estamos finalmente no Khumbu Valley. Tivemos muita sorte com o voo hoje de manhã. Estávamos no ar já às 6:30. Agora vamos nos divertir. Meu parceiro David Göettler é forte como um touro, isto vai ser muito divrtido! Vamos passar duas semana aqui antes de seguir viagem para o Tibet.” Ueli Steck, direto de Katmandu. É a primeira vez que ele retorna
ao vale Khumbu depois da briga com os Sherpas em 2014
Melissa Arnot
A americana Melissa Arnot, conhecida aqui no Brasil pelas inúmeras vezes que participou da cobertura online do Extremos, e que já esteve 5 vezes no cume do Everest, está neste momento guiando um pequeno grupo no Trekking ao Everest. Este ano ela tentará escalar o Everest sem o uso de oxigênio suplementar. Boa sorte a ela!
Cristiano Müller
“Simplesmente encantado com as lindas paisagens no caminho para o Everest Base Camp. Ontem chegamos à Tengboche (3.867m), vilarejo onde há um importante monastério budista e de onde é possível avistar algumas das principais montanhas dos Himalaias: Everest, Lhotse, Nuptse e Ama Dablam. Amanhã seguiremos a caminhada até Pheriche (4.371m).” Cristiano Müller direto de Tengboche
31.03.2016 - 06:26
Mais alpinistas chegando
O número de permits liberados vem aumentando a cada dia. Até o momento há 24 expedições autorizadas a escalar o Everest e um total de 206 alpinistas. Em menos de uma semana triplicou o número de permissões para a escalada do Everest. A temporada será agitada.
Fatima na trilha
A brasileira Fatima Willamson chegou ontem a Lukla e fez a caminhada até Phacking. Hoje ela segue para Namche Bazaar.
Thaís e Carlão
Thaís Pegoraro e Carlos Santalena já estão voando para Katmandu.
Apenas 12 anos
Tyler Armstrong de apenas 12 anos aguarda permissão para escalar o pico mais alto do mundo. O governo do Nepal tem barrado esse tipo de recorde, e atualmente liberam o permit de escalada apenas para maiores de 18 anos. Mas como Tyler estará acompanhado de seu pai e de um guia, sua equipe está confiante que o permit seja liberado. Se isso acontecer e se ele chegar ao cume, será a pessoa mais jovem a escalar o Everest. Atualmente o recorde pertence a Jordan Romero que chegou ao cume em 2010 com apenas 13 anos.
Tyler Armstrong batendo recorde no cume do Aconcágua, com apenas 9 anos.
29.03.2016 - 23:30
Podcast 109 - Everest 2016 #1 - Namche Bazaar
Abrindo a série de Podcasts da temporada 2016 do Everest, conversamos com o brasileiro Cristiano Müller que já está em Namche Bazaar. Ouça!
A brasileira Fatima Williamson já está em Katmandu e amanhã segue para Lukla. Só falta o Everest para Fatima completar os 7 Cumes. O projeto dela até então era ambicioso, ela completaria os 7 Cumes em um prazo recorde entre os brasileiros em apenas 18 meses, mas foi interrompido pelas sucessivas tragédias de 2014 e 2015 no Everest. Boa sorte a ela!
“Tão feliz por estar de volta em Katmandu! O Nepal tem feito um grande trabalho em se recuperar do terremoto do ano passado, mas eles ainda tem um longo caminho a percorrer, por favor, continuem a ajudar o Nepal e venha visitar este belo país!
Prazer em voltar com a IMG e me reagrupar com os velhos amigos. Pronta para voar para Lukla amanhã e começar a nossa jornada ao Everest mais uma vez. Essa é a minha terceira tentativa!” disse Fatima Williamson direto de Katmandu
Thaís, Cid e Carlão
Agora a busca por esse recorde de escalada mais rápida dos 7 Cumes está nas mãos de Thaís Pegoraro, que já escalou 5 montanhas, restam apenas o Everest (Ásia) e o Carstensz (Oceania). Se tudo der certo, Thaís pode completar os 7 Cumes em 1 ano, culminando com o Carstensz em junho.
Thaís Pegoraro embarca para Katmandu na noite desta quarta-feira, dia 30 de março, em companhia de sua mãe que fará o Trekking ao Campo Base do Everest e de Carlos Santalena o guia da expedição. Boa sorte a eles!
Cid Ferrari embarca para Katmandu no dia 1º de abril.
Cristiano Müller
Cristiano já chegou a Namche Bazaar, a capital Sherpa no Vale Khumbu.
Stupa de Boudhanath. Foto: Fatima Williamson
28.03.2016 - 16:40
Check-list
Rosier Alexandre está fazendo o check-list final dos equipamentos que irão para o Everest. Ele embarca no dia 2 de abril para Katmandu e depois segue para o Tibet, e será o único brasileiro escalar o Everest pela Face Norte em 2016.
Waldemar Niclevicz, Mozart Catão e Vitor Negrete foram os únicos brasileiros que escalaram o Everest pela Face Norte.
Rosier Alexandre fazendo o check-list de seus equipamentos.
No dia 16 de março ele escalou o Huayna Potosi (6.088m) como treinamento para o Everest.
28.03.2016 - 08:36
Em Lukla
Após alguns contratempos com o cancelamento de voos, devido o mal tempo, Cristiano Müller conseguiu chegar a Lukla de helicóptero, e agora inicia o famoso trekking ao campo base do Everest, antes de sua escalada. A primeira parada deve ser em Phakding e depois Namche Bazaar.
Cristiano Müller no aeroporto Tenzing-Hillary, em Lukla, Nepal.
O vilarejo de Lukla.
26.03.2016 - 23:00
Em Katmandu
Cristiano Müller já está em Katmandu e amanhã parte para o início da trilha para o Campo Base do Everest.
“Muito legal ter encontrado ontem, na minha chegada aqui em Katmandu, o cara com quem iniciei no mundo das altas montanhas e que até hoje, apesar de não termos voltado a escalar juntos, continua sendo um grande amigo e mentor. Receber um abraço e a 'benção' do Manoel Morgado antes de partir para a montanha, me trouxe ainda mais energia e entusiasmo para chegar #notopodomundo. Amanhã cedo voaremos para Lukla e de lá iniciaremos o trekking rumo ao campo base da montanha mais alta do planeta. Fiquem ligados nas notícias!” disse Cristiano Müller em Katmandu
Manoel Morgado e Cristiano Müller em Katmandu.
22.03.2016 - 11:24
A temporada está chegando
Quase um ano após o devastador terremoto e avalanche, o Nepal está pronto para receber os alpinistas para a temporada de primavera, enquanto as autoridades e as partes interessadas tem lutado duro para revitalizar o setor de turismo do país, que foi mais atingido pelas múltiplas catástrofes.
“Até o momento 10 expedições que compreendem 71 alpinistas já apresentaram ao Departamento de Turismo o seu pedido de autorização para a escalada do Everest, e devem desembarcar em Katmandu nas próximas semanas.”disse o oficial do Dots (Directly Observed Treatment Short course), Kumar Shrestha.
Em 2015 o Nepal liberou 265 permisos para escalar o Everest (Face Sul). Para este ano espera-se pelo menos 200. A diminuição deste número se dá em parte porque algumas expedições migraram para a Face Sul, no Tibet.
Fora isso, outros 31 alpinistas de sete expedições solicitaram licenças para escalarem outros cumes, como o Lhotse, Nuptse e o Dhaulagiri. Para o Annapurna e o Saribung também foram concedidas novas licenças.
Icefall Doctors
Enquanto isso os Icefall Doctors já começaram a trabalhar para reparar a rota de escalada do Everest, no entanto, temem que ela rota esteja ainda mais perigosa neste ano, de acordo com Ang Dorjee Sherpa, presidente da Comissão de Controle de Poluição de Sagarmatha (SPCC).
“Os 'Doutores da Cascata de Gelo' tem avaliado um nível crescente de perigo em toda a rota da Cascata de Gelo”, disse Ang Dorjee Sherpa.
Os brasileiros
Alguns brasileiros irão embarcar no dia 31 de março, o restante até o dia 5 de abril estarão chegando a Katmandu. Os primeiros brasileiros só devem chegar ao Campo Base do Everest, tanto na Face Sul como na Face Norte, depois do dia 10 de abril.
Os Icefall Doctors estão neste momento trabalhando na rota da Cascata de Gelo do Khumbu.
02.03.2016 - 16:00 (texto em colaboração de Ben Ayers)
Mesmo depois de dois anos mortais, o Everest deve receber muitos alpinistas
O Nepal teve o pior ano que se possa imaginar. Mas mesmo depois de um terremoto de 7,8 graus de magnitude, uma agitação política que resultou em bloqueio de cinco meses da fronteira e dos dois anos mais mortais na história do Monte Everest, a estação de escalada desta Primavera (abril e maio) está definida para ser movimentada como nunca.
Ang Kami Sherpa, 63 anos, acaba de chegar ao acampamento base do Everest para liderar uma equipe de dez "icefall doctors" e construir uma passagem segura através das fendas traiçoeiras, seracs e paredes de gelo da temida e mortal cascata de gelo do Khumbu. Esta é a sua 16ª temporada trabalhando como um dos "doutores da cascata de gelo", e a primeira vez que ele voltou a montanha desde a temporada de escalada que terminou tragicamente.
Ang Kami milagrosamente sobreviveu à enorme avalanche provocada pelo terremoto de 7,8 graus da escala Richter, em abril de 2015. Rasgando o Base Camp a 300 km/h, a avalanche matou 21 pessoas e feriu dezenas de outras, quebrando o recorde como o dia mais mortífero na montanha pela segunda vez em dois anos. No mesmo tremor, sua singela casa na aldeia de Chaurikharka foi atingida e sofreu sérios danos, obrigando-o a reconstruí-la para dar um lar novamente aos seus cinco filhos.
– Eu acho que Everest está com raiva.disse Ang Kami Sherpa
Esta é a segunda tragédia que Ang Kami testemunhou e sobreviveu. Em 2014, 16 porteadores sherpas foram soterrados quando um serac se desprendeu e caiu sobre a rota de escalada da cascata de gelo do Khumbu, marcando o que era então o dia mais mortífero no Everest. A temporada de escalada foi cancelada e o único cume no Everest naquele ano foi realizado, em parte, através de helicóptero, voando do acampamento base para o C2 da montanha.
Além do mais, nos últimos dois anos, 38 pessoas perderam suas vidas no Everest antes mesmo de chegar ao acampamento 1. Não há dúvida de que algo - sejam as mudanças climáticas, a atividade sísmica ou irritados espíritos - tornou a montanha mais perigosa e instável do que nunca.
No entanto, Ang Kami já está de volta a montanha com a sua equipe, enfrentando tremores secundários e arriscando sua vida para construir uma rota segura para as centenas de alpinistas que vão chegar em breve ao acampamento base.
As reservas para as escaladas guiadas do Everest na Primavera deste ano estão surpreendentemente numerosas. "Os clientes já esqueceram o terremoto", diz Jiban Ghimire, diretor da Shangri-La Nepal Trek, que está se preparando para cinco expedições diferentes ao Everest nesta primavera. "Esta temporada será um pouco abaixo da média, mas, se não tivermos nenhum incidente, no próximo ano estará lotado novamente."
Alguns escaladores desistiram da perigosa rota do Nepal, mas não do Everest em si. A rota nordeste, partindo do Tibet, receberá neste ano um número recorde de alpinistas. Apesar de um dia de ataque ao cume extremamente longo, esta rota evita a passagem mortal através da cascata de gelo do Khumbu.
A alpinista profissional e atleta da The North Face, Hilaree O’Neill, está planejando uma escalada pela face norte sem uso de oxigênio suplementar. Apesar dos grandes registros de cume no Everest pelo lado do Nepal, ela prometeu nunca mais voltar por esse caminho. "Eu não acho que eu poderia voltar e subir de novo pela face sul... A rota tem muito mais riscos do que eu estou disposta a assumir", diz ela.
No entanto, quase todas as expedições que tentarão o cume do Everest pelo Tibet são originárias de agências de Kathmandu. Isso requer exércitos de escaladores Sherpas e toneladas de equipamentos que são enviados através da estrada para o lado norte da montanha. Normalmente isso não é um problema, mas um deslizamento de terra provocado pelo terremoto tirou o único posto de fronteira entre o Nepal e o Tibet, deixando os operadores incertos sobre como despachar os seus equipamentos e mantimentos para a face norte. Apesar da forte demanda, Dawa Steven Sherpa, diretor executivo da Asian Trekking, um operador local, ainda não comprometeu-se a executar essa operação pela face norte. "Eu tenho 15 toneladas de equipamentos para enviar e nenhuma passagem pela fronteira", diz ele.
Uma vez que a passagem pela fronteira esteja aberta, alguns alpinistas podem seguir para o norte, mas a ação maior se desenvolverá no Nepal, e o governo sabe disso. "Os terremotos e crises não afetarão alpinistas", diz Govinda Karkee, diretor-geral do Departamento de Turismo. "Os alpinistas são loucos", acrescenta. "Eles não são normais. Pessoas loucas escalam o Everest. As pessoas normais fazem trekkings".
Este ano o Everest deve atrair novamente várias personalidades do mundo do montanhismo. Tanto O'Neill como Melissa Arnot estão planejando expedições para a face norte, junto com Cory Richards e Adrian Ballinger. Significativamente, Dave Hahn – uma figura quase permanente no acampamento base, com 15 cumes registrados – não retornará à montanha este ano, por motivos pessoais.
Os brasileiros
Seis brasileiros tentarão chegar ao topo do mundo nesta temporada, número que ainda pode aumentar. Carlos Santalena, Cid Ferrari, Cristiano Müller, Fatima Williamson e Thaís Pegoraro farão a escalada pela face sul. Somente Rosier Alexandre optou pela escalada pela face norte, no Tibet:
A cascata de gelo é desumana e imprevisível, independe de mim e do meu treinamento, é pura loteria!disse Rosier Alexandre
Segurança
Com um fluxo estável de pessoas dispostas a pagar US$ 90.000 ou mais por um ataque ao cume, há pouco incentivo do Nepal em tornar o seu lado da montanha mais seguro. Até agora, o plano de ação do governo nepalês é: a) estender 103 licenças emitidas na temporada cancelada de 2015 por mais dois anos, e b) instalar um quiosque de assistência no acampamento base do Everest.
A cobertura de seguro de vida para os sherpas de grandes altitudes no Monte Everest é de aproximadamente US$ 15.000 - uma fração do custo de uma expedição guiada low-cost ao Everest. A segurança de fato na montanha fica nas mãos de organizações locais, comerciais ou sem fins lucrativos, além dos próprios operadores das expedições.
Isso inclui o Comitê de Controle de Poluição de Sagarmatha, o empregador de Ang Kami Sherpa e o único grupo responsável pela gestão da rota pela cascata de gelo. Depois de tudo o que aconteceu no último ano, por que Ang voltou ao palco de tamanha tragédia? Sem rodeios, ele responde:
– O que você espera que eu faça? Sem dinheiro, sem mel.* (*) "No money, no honey" - disse sem rodeios, Ang Kami Sherpa
Será necessário bem mais que duas avalanches mortais para manter as pessoas longe do Monte Everest, e, apesar dos riscos, isso pode não ser uma coisa ruim. Uma boa temporada de escalada irá fornecer milhares de empregos para porteadores, proprietários de alojamentos, alpinistas e guias Sherpas de grande altitude – muitos dos quais, como Ang Kami, perderam suas casas e entes queridos e não têm a quem recorrer nem outro lugar onde ir. Eles não têm alternativa a não ser mais uma vez arriscar tudo, numa montanha enfurecida, apoiando os que o fazem por escolha.