26.05.2019 | 15:35 Nepal | 06:50 Brasil | - Juarez Gustavo Soares e Moeses Fiamoncini foram os dois brasileiros que chegaram ao cume do Everest na temporada 2019.
CUMES
MORTES
FACE SUL
FACE NORTE
FACE SUL
FACE NORTE
ESTRANGEIROS
SHERPAS
ESTRANGEIROS
SHERPAS
ESTRANGEIROS
SHERPAS
ESTRANGEIROS
SHERPAS
-
-
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8
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2
0
660
216
9
2
876
11
destaque
EVEREST - FACE SUL
CPqD
-
-
-
BRASIL
BRASIL
BRASIL
BRASIL
- CAMPO BASE DO EVEREST
- 1º CA - BC-1C1-6300m-KTM
- 2º CA - BC-2C2-C3-1C2-BC
- KTM
- FIM DE EXPEDIÇÃO
- 1º CA - LOBUCHE EAST (6119m)
- BC-1C1-WESTERN CWM-KTM
- FIM DE EXPEDIÇÃO
- 1º CA - LOBUCHE EAST (6119m)
- 2º CA - BC-2C1-1C2-BC
- 3º CA - 1C1-1C2-BC
- CC EVEREST: BC-1C1-1C2-1C3-1C4-CUME-1C4-C2-KTM
- FIM DE EXPEDIÇÃO
- 1º CA - BC-1C1-2C2-BC
- CC LHOTSE: BC-2C2-1C3-1C4-8300m-C2
- CC EVEREST: C2-1C3-1(7740m)-C4-CUME-1C4-1C2-BC
- FIM DE EXPEDIÇÃO
LEGENDA DESTAQUE:
• CA = CICLO DE ACLIMATAÇÃO •
BC = BASE CAMP • FF = FOOTBALL FIELD (5.700m) • C1 = CAMPO 1 (5.900m) • C2 = CAMPO 2 (6.400m) • C3 = CAMPO 3 (7.200m) • C4 = CAMPO 4
(8.000m)
• 1C1 - PASSOU UMA NOITE NO CAMPO 1
• ... O CICLO EM ANDAMENTO
• ABC = ACAMPAMENTO BASE AVANÇADO (6.500m - FACE NORTE) • LOBUCHE EAST (6.119m) • CC = CICLO DE CUME • KTM KATMANDU
Estamos encerrando mais um ano de cobertura online do Everest. Obrigado a todos que nos acompanharam. Muito obrigado ao Rodrigo Raineri, Mauro Chies e Julio Blander que me ajudaram com informações precisas direto da montanha. Parabéns pelas sua expedições de sucesso.
Parabéns especial ao Juarez Gustavo Soares e Moeses Fiamoncini que chegaram ao cume dos 8.848m do monte Everest.
Obrigado a todos os familiares dos alpinistas brasileiros que me ajudaram a fazer mais uma inesquecível cobertura.
Os dados finais de quantas pessoas chegaram ao cume, como o nome de cada uma, só será divulgado no início de 2020 pelo Himalayan Data Base.
Obrigado a todos e até abril de 2020.
27.05.2019 - 17:35 Nepal | 08:50 Brasil
No cume
Recebemos o vídeo de Moeses Fiamoncini no cume do Everest junto com o chileno Juan Pablo Mohr. Moeses aparece à esquerda falando.
Moeses Fiamoncini (à esquerda) no cume do Everest junto com Juan Pablo Mohr (Clique em HD)
Morte 11
O americano, Christopher John Kulish, 61, morreu perto do Colo Sul, após ter feito cume.
25.05.2019 - 14:50 Nepal | 06:05 Brasil
Moeses Fiamoncini
Direto do Campo 2, Moeses Fiamoncini me enviou a seguinte mensagem:
“Olá Elias...
Cume meu amigo! Utilizei oxigênio [suplementar] a partir de 8.200m. Cheguei [no cume e estava] tudo nublado. Desci com tempestade de neve. Difícil de achar as cordas fixas para descer. Depois do cume dormimos no C4. Descemos para o C2 e hoje vamos descer ao BC.”
Moeses Fiamoncini, direto do Campo 2
Mortes 8, 9, 10 e da mídia
Tão triste como a morte de cada alpinista no Everest, foi ver neste ano a morte cada vez mais consolidada da imprensa. Até o dia 15 de maio não tinha acontecido nenhuma morte no Everest, o que é um caso raro. Mas a mídia precisava vender jornais, aumentar o ibope e gerar mais cliques. A estratégia foi somar as mortes de todas as montanhas de 8.000m da temporada, assim o número cresceria rápido e o impacto seria maior. Se somarmos os últimos 24 anos do Everest, houve 1,9% de mortes em relação aos cumes. Em 2019, até o momento está em 1,1% de mortes.
• Kevin Hynes , 56, irlandês morreu no Colo Norte (na face Norte) depois de se sentir mal quando estava a 8300m e descer. Kevin fazia parte da agência 360 Expeditions. Em 2018 ele foi companheiro de escalada do brasileiro Roman Romancini e é presença marcante eu seu filme.
•
A indiana, Nihal Bagwan, morreu perto do Colo Sul. Fazia parte da agência Promoção Peak.
• Robin Haynes Fisher, 44 anos, do Reino Unido, morreu a 8.600m quando ele descia do cume do Everest. Ele fazia parte da agência Everest Pariwar Treks.
Trecho próximo ao cume do Everest - 22.05.2019
24.05.2019 - 18:40 Nepal | 09:55 Brasil
Mensagem de Juarez Gustavo Soares
Juarez Gustavo Soares já está em Katmandu e me enviou a seguinte mensagem:
“Olá Elias...
É com muita alegria que eu informo que no dia 22 de maio, às 03:11, eu chegava ao topo do Everest, em uma madrugada linda, com a lua iluminando aquelas encostas gigantes.
Nossa saída do colo sul se deu às 17:00 do dia anterior. O tráfego que evitamos na subida, pegamos na descida.
Tão logo o sol nasceu, porém, eu percebi que estava com problemas nos olhos, enxergando apenas borrões. Diminuímos o ritmo, eu e o Pasang Sherpa, e descemos lentamente até o c4.
No dia seguinte, até o c2, a mesma coisa, ou seja, passo a passo. Ocorre que descer a Cascata de Gelo desta forma representaria um risco maior, foi quando decidimos comunicar a seguradora, que, rapidamente enviou um helicóptero até lá. O que eu não sabia, é que eles não me deixariam no EBC, como eu pensava. Eles me trouxeram direto para Katmandu, onde cheguei no hospital com a roupa do cume! Fui muito bem atendido. O diagnóstico foi de congelamento das pálpebras e cegueira por neve.
Acabou sendo conveniente, também, pois já haviam congelamentos nível 2 nos dedos dos pés e, talvez mais um dia tornaria o problema mais sério.
Enfim, já estou no hotel. Fiquei com pena, porém, de não ter me despedido dos amigos, de não ter agradecido às pessoas da equipe que nos ajudaram no EBC, e de não ter feito aquele lindo trekking de volta à Lukla. Quem sabe uma próxima vez...
Quero também te agradecer pelo apoio e a bela cobertura do Extremos, que foi a fonte de informação da minha família e amigos quando eu estava montanha acima.
Abraços.”
O guia de montanha nepalês, Dhruba Bista, morreu hoje no Campo 3, provavelmente de ataque cardíaco. Ele fazia parte da expedição da Himalayan Ski Treks.
22 e 23 de maio de 2019
O Ataque ao Cume de Moeses Fiamoncini
Confirmado o cume - Post 5: 00:55 Nepal | 16:10 Brasil
Acabamos de receber a confirmação de cume do Moeses Fiamoncini. Ele subiu até o Balcony (8.380m) sem o uso de oxigênio suplementar e a partir deste ponto escalou usando cilindro de O2.
O Extremos parabeniza Moeses Fiamoncini e Juarez Gustavo Soares por suas conquistas no Everest.
Morte 6
A agência Kobler & Partner, que está operando na face norte do Everest, no Tibet, disse que o cliente Ernst , morreu a 8.600m, quando descia do cume.
Confirmado o cume de Moeses Fiamoncini
Os 25 brasileiros que chegaram ao cume do Everest
1º (2 cumes)
Cume: 14.05.1995
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 29 anos
2º Cume: 02.06.2005
Face Sul (Nepal)
Nascimento: 12.03.1966
Foz do Iguaçu / PR
2º
Cume: 14.05.1995
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 32 anos
Faleceu em uma avalanche na face sul do Aconcágua no dia 03.02.1998
Nascimento: 14.06.1962
Teresópolis / RJ
3º
Cume: 02.06.2005
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 33 anos
Nascimento: 12.06.1971
Curitiba / PR
4º (2 cumes)
Cume: 02.06.2005
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 37 anos
2º Cume: Face Norte, sem o uso de oxigênio suplementar. Morreu de HAPE ou HACE, no Campo 3 (8.300m), em 19.05.2006
Nascimento: 13.12.1967
Belo Horizonte / MG
5º
Cume: 19.05.2006
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 40 anos
Nascimento: 11.01.1966
Igarapava / SP
6º (3 cumes)
Cume: 27.05.2008
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 39 anos
2º Cume: Face Sul - 20.05.2011
3º Cume: Face Sul - 21.05.2013
Nascimento: 09.05.1969
Ibitinga / SP
7º
Cume: 27.05.2008
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 02.07.1969
Campinas / SP
8º
Cume: 17.05.2010
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 53 anos
Nascimento: 20.08.1956
Farroupilha / RS
9º
Cume: 17.05.2010
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 46 anos
Nascimento: 04.01.1964
Manaus / AM
10º (3 cumes)
Cume: 07.05.2011
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 24 anos
2º Cume: 19.05.2016
Face Sul (Nepal)
3º Cume: 20.05.2018
Face Sul (Nepal)
Nascimento: 10.05.1986
Campinas / SP
11º
Cume: 07.05.2011
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 27.04.1973
São José dos Campos / SP
12º (2 cumes)
Cume: 17.05.2013
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 31 anos
2º Cume: - 21.05.2017
Face Norte (Tibet)
Nascimento: 14.05.1982
São Paulo / SP
13º
Cume: 23.05.2013
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 43 anos
Nascimento: 28.02.1970
São Paulo / SP
14º
Cume: 19.05.2016
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 37 anos
Nascimento: 26.11.1978
Bauru / SP
15º
Cume: 21.05.2016 - 6h00
Face Norte (Tibet)
Idade no cume: 47 anos
Nascimento: 26.11.1968
Monsenhor Tabosa / CE
16º
Cume: 21.05.2016 - 7h00
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 38 anos
Nascimento: 15.03.1978
Pelotas / RS
17º
Cume: 16.05.2017 - 10h30
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 42 anos
Nascimento: 10.06.1974
São Paulo / SP
18º
Cume: 16.05.2018 - 11h30
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 43 anos
Nascimento: 03.02.1975
Brasília / DF
19º
Cume: 19.05.2018 - 09h00
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 29 anos
Nascimento: 08.03.1989
Santa Rosa / RS
20º
Cume: 20.05.2018 - 07h43
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 23 anos
Nascimento: 06.09.1994
São José dos Campos / SP
21º
Cume: 20.05.2018 - 07h43
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 60 anos
Nascimento: 07.04.1958
Votuporanga / SP
22º
Cume: 21.05.2018 - 06h43
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 49 anos
Nascimento: 14.05.1969
Criciúma / SC
23º
Cume: 21.05.2018 - 13h45
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 55 anos
Nascimento: 25.10.1962
Novo Hamburgo / RS
24º
Cume: 22.05.2019 - 03h11
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 48 anos
Nascimento: 11.01.1971
Governador Valadares / MG
25º
Cume: 23.05.2019 - 11h30
Face Sul (Nepal)
Idade no cume: 39 anos
Nascimento: 14.09.1979
Rio Negro / PR
Novo recorde - Post 4: 22:55 Nepal | 14:10 Brasil
Acabamos de registrar o novo recorde de cumes no Everest, 810 até o momento, somando as duas faces. Esse número ainda vai aumentar até o final da temporada, que deve acontecer na semana que vem. Os números definitivos só serão divulgados no início de 2020, quando o Himalayan Data Base divulgar a sua lista compilada. O recorde anterior era de 2018, com 809 cumes.
Morte 5
Kalpana Das, uma indiana de 49 anos, morreu esta tarde no Balcony. Ela havia feito o cume na manhã, mas começou a se sentir mal da descida. Provavelmente morreu do mal da montanha (HAPE).
Cume - Post 3: 18:20 Nepal | 09:35 Brasil
Fomos informados pela agência Seven Summit Trek que Moeses Fiamoncini fez cume no Everest juntamento com o chileno Juan Pablo Muhr.
Durante toda a madrugada acompanhamos o deslocamento do chileno pelo seu aparelho de rastreamento via satélite, mas Moeses não estava usando um rastreador. Estamos aguardando a confirmação de Moeses Fiamoncini que provavelmente já está no Campo 4, para confirmarmos o cume. Na semana passada a agência havia confirmado o cume do Moeses no Lhotse e um dia depois o próprio brasileiro me enviou mensagem avisando que não tinha feito cume no Lhotse.
Mortes 3 e 4
• A alpinista indiana, Anjali Kulkarni, 54 anos, de Mumbai, morreu em sua barraca no Campo 4 do Monte Everest na noite passada. Ela tinha feito o cume e estava descendo. Anjali provavelmente morreu de HAPE (mal da montanha).
• O alpinista americano, Donald Lynn Cash, 55 anos, faleceu ontem próximo ao Escalão Hillary, quando descia do cume. Aparentemente ele sofria do mal da montanha (HAPE) e seu Sherpa tentou ajudá-lo oferecendo o seu oxigênio suplementar, mas ele acabou falecendo.
A foto
Uma impressionante foto feita na manhã do dia 22 de maio mostra uma enorme fila de alpinista próximo ao cume sul.
A enorme fila de alpinistas no Hillary Step, rumo ao cume do Everest, na manhã do dia 22 de maio.
Balcony - Post 2: 04:55 Nepal | 20:10 Brasil
Hoje eu tenho poucas informações para fazer um rastreamento mais preciso do Ataque ao Cume do Moeses Fiamoncini. Mas o progresso dele e do chileno Juan Pablo Muhr está bem lento, eles acabaram de chegar ao Balcony (8.380m), depois de 8 horas de escalada desde que sairam do Campo 4. O que é até natural para quem faz o ataque ao cume do Everest sem o uso de oxigênio suplementar. Só a título de comparação, ontem a equipe do Juarez, que estava escalando na ponta da corda, sem filas, e usando usando oxigênio suplementar, levou apenas 4h25 para fazer o mesmo trecho.
Vale ressaltar que só saberemos se Moeses utilizou ou não oxigênio suplementar quando ele retornar do cume.
Outro motivo da lentidão também pode ser porque hoje o ataque ao cume está sendo novamente muito concorrido. Ontem tivemos aproximadamente 200 pessoas subindo para o cume, hoje o número é perto disso.
Ataque ao cume - Post 1: 22:30 Nepal | 13:45 Brasil
O brasileiro Moeses Fiamoncini e seus companheiros de escalada, Juan Pablo Muhr (chileno) e Sergi Mingote (catalão) partiram para o ataque ao cume do Everest por volta das 20h45 no horário local.
A princípio a ideia de Moeses e Juan é fazer a escalada sem o uso de oxigênio suplementar. Sergi desistiu da ideia e usará oxigênio suplementar.
Se houver muita gente escalando e pode ser que realmente isso aconteça, a demora na escalada será maior, o que dificulta ainda mais a exposição ao clima frio e mais tempo de desgaste para quem não está usando oxigênio suplementar. Pode ser exatamente por isso que Sergi mudou de planos um dia antes.
21 e 22 de maio de 2019
O Ataque ao Cume de Juarez Gustavo Soares
Post 7: 18:45 Nepal | 10:00 Brasil
Após fazer cume no Everest, Juarez Soares já está de volta ao Campo 2.
• Aproximadamente 200 alpinistas fizeram hoje o ataque ao cume do Everest.
• Moeses Fiamoncini já está no Campo 4.
• O alpinista americano, Donald Lynn Cash, 55 anos, faleceu hoje próximo ao Escalão Hillary, quando descia do cume. Aparentemente ele sofria do mal da montanha e seu Sherpa tentou ajudá-lo oferecendo o seu oxigênio suplementar, mas ele acabou falecendo. O total de mortes nesta temporada do Everest subiu para três.
Foto da equipe da Climbing The Seven Summits (CTSS) no Campo 2 depois do Cume. Juarez Soares aparece no meio da foto.
Post 6: 13:20 Nepal | 04:35 Brasil
Éééé cuuummmeeee! CONFIRMADO! Juarez Gustavo Soares fez cume no Everest por volta das 5h30 da manhã. Ele já está de volta ao Campo 4 e deve descer ainda hoje para o Campo 2. Juarez é o 24º brasileiro a chegar ao topo do mundo.
“Dia incrível aqui no Monte Everest! Todos os membros estão de volta ao Colo Sul ou à distância. 100% no topo hoje e sucesso de 100% na temporada até agora para os escaladores da CTSS, com 14/14 escaladores no topo hoje...”
Mike Hamill, diretor da CTSS
TEMA DA CONQUISTA - Maestro: Burkhard Dallwitz | Música: Tibet | Álbum: The Way Back Soundtrack
Dia 22 de maio - 13:20 Nepal | 04:35 Brasil - No retângulo em LARANJA o horário local de cada trecho que a equipe passou. Arte: Elias Luiz / Extremos
Post 5: 05:52 Nepal | 21:07 Brasil
A equipe da CTSS acaba de chegar ao cume do Everest. A agência informou que eles chegaram, mas não confirmou se todos! IMPORTANTE: Ainda estamos aguardando a confirmação se o Juarez Soares fez cume junto com a equipe!
“Todo mundo seguro e descendo agora, vamos relatar as especificidades quando cada um estiver em segurança de volta para o Colo Sul, mas por agora você pode respirar aliviado! Eles fizeram fantasticamente bem e vão manter a cabeça no jogo até que eles estejam de volta ao Camp 4.”
Mike Hamill, diretor da CTSS
Post 4: 03:30 Nepal | 18:45 Brasil
O alpinista Fahad e seu guia particular Ossy, ambos da equipe da CTSS acabaram de passar pelo Cume Sul, e foi informado que a equipe com Juarez Soares vem logo atrás.
“O primeiro de nossos escaladores de cúpula, Fahad e seu guia particular Ossy, acabaram de passar pelo Cume Sul e estão prestes a iniciar a travessia da cornija, com o restante dos alpinistas chegando por trás. Eles estão se movendo bem e as transmissões de rádio foram perfeitas entre o Cume Sul e o Base Camp. Não parecia haver vento algum. Sua decisão de ficar no Colo Sul (8.000m) por um dia para descansar e deixar os ventos diminuirem parece estar valendo a pena.”
Mike Hamill, diretor da CTSS
Post 3: 01:50 Nepal | 17:05 Brasil
Em 2018 o montanhista brasileiro Gilberto Thoen fez a escalada mais tardia daquele temporada do Everest, chegou ao cume às 13h45. Normalmente o limite para a chegar ao cume é no máximo as 12h30, o que já é muito tarde e perigoso.
Hoje completa um ano de sua escalada do Everest, e aproveitando o momento, finalmente gravamos o Podcast com ele. Isso vai ajudar a entender um pouco mais sobre o ataque ao cume de hoje do Juarez Soares. Ouça e comente!
Os primeiros integrantes da equipe da CTSS estão chegando neste momento no Balcony 8.380m.
“Os nossos primeiros alpinistas da equipe de Cume estão chegando agora no Balcony. Eles estão se movendo bem e relatando boas condições de escalada.”
Mike Hamill, diretor da CTSS
Post 1: 21:00 Nepal | 12:15 Brasil
A CTSS acaba de divulgar que sua equipe de Alpinistas e Sherpas iniciaram o Ataque ao Cume do Everest por volta das 18h no horário local. Juarez Gustavo Soares faz parte da equipe.
“Nossas equipes de liderança deixaram o South Col a caminho do Cume. Eles estão relatando que o clima está bom e com ventos fracos.”
Mike Hamill, diretor da CTSS
A tática de Mike Hamill parece ser a ideal para o momento. Sua equipe descansou aproximadamente 30 horas no Campo 4, e agora partem cedo para o ataque ao cume. A maioria das equipes começam o Ataque ao Cume entre 20h ou 22h. É possível que Mike tenha antecipado exatamente para fugir da grande fila que deve se formar durante esta noite rumo ao cume, pois muitas equipes estavam na espera desta janela de bom tempo.
Moeses Fiamoncini
Moeses me enviou mensagens dizendo que estava no High Camp do Lhotse, a 7.740m de altitude.
“Olá Elias, ontem cheguei no C3 e vi que tinha gente na minha barraca e o meu down suit (macacão de ataque ao cume) tinha desaparecido. Acharam-o no C2 e só trouxeram hoje de manhã as 8h. Assim não caminhei até o C4 do Everest, mas sim até o C4 do Lhotse a 7.740m (High Camp, próximo ao Esporão Genebra)
Amanhã vamos as 10h da manhã para o [Campo 4 do Everest].
Ontem o Sergi Mingote cancelou seu ataque ao Everest sem Oxigênio Suplementar. Agora só eu e o chileno Juan Pablo Muhr [faremos o ataque ao cume do Everest sem oxigênio suplementar].”
Moeses Fiamoncini direto do High Camp do Lhotse
Fiquem ligados que o Extremos irá acompanhar tudo até o cume e a volta para o Campo 4.
Foto do High Campo do Lhotse (7.740m), feita pelo chileno Juan Pablo Muhr, companheiro de escalada do Moeses Fiamoncini.
Foto de arquivo com os alpinistas escalando o Everest e o Lhotse atrás deles. Foto: Casey Grom
comentários - comments
21.05.2019 - 05:45 Nepal | 21:00 Brasil
Dia de Ataque ao cume
Hoje é o grande dia! Juarez Gustavo Soares, 48 anos, está vendo agora pela primeira vez o sol nascer a 8.000m, mas ainda vai ter que esperar um dia todo e somente quando a noite chegar partirá para o Ataque ao Cume do Everest, que deve acontecer por volta das 21h00 no horário local, do dia 21 de maio.
Depois de anos sonhando com o Everest ele ainda terá um dia todo para apreciar a paisagem de um dos cols mais altos do mundo, se não o mais alto. Ele olha de um lado e vê todo o caminho que percorreu do campo base até aqui, ao fundo o Pumori e mais ao fundo muitas outras montanhas a sumir de vista. Se ele esticar o pescoço e olhar para o outro lado, é o Tibet, território autônomo da China. Se olha para cima verá a longa jornada de praticamente 12 horas que terá de encarar para escalar e chegar ao topo do mundo, na manhã do dia seguinte. Se olhar para trás verá o Lhotse, a quarta montanha mais alta do mundo. Se é para tirar um dia para não se fazer nada, tenho certeza que ele está no melhor lugar do mundo.
• É provável que Moeses Fiamoncini faça o ataque ao cume no mesmo dia que Juarez. Esse ainda mais maluco, no bom sentido. Tentará o cume do Everest sem o uso de oxigênio suplementar.
A foto
Sou fotógrafo e agora também escritor. Gosto de quando escrevo sobre algo e que as pessoas possam ter a noção exatamente do que estou falando, então nada melhor do que expor isso com imagens exclusivas e estonteantes do Everest e com um grafismo para você entender o passo a passo para o Topo do Mundo. Veja os principais destaques na imagem abaixo:
• YELLOW BAND - Ou Franja Amarela, veja onde está localizado e famoso afloramento de rochas que sempre aparece nas histórias dos principais livros e filmes do Everest.
• GENEVA SPUR - Ou Esporão Geneva, o último obstáculo antes de chegar ao Colo Sul (C4).
• BALCONY - Ficou famoso no livro "No Ar Rarefeito", de Jon Krakauer. Local onde na maioria das vezes os alpinistas trocam o cilindro de oxigênio.
• CUME SUL - Ou falso cume. Veja o quão perto do cume chegou a literalmente guerreira americana, Kirstie Ennis. Ela tem parte da perna esquerda amputada. Um exemplo de ser humano e determinação.
• HILLARY STEP - Ou escalão Hillary. A famosa parede de rochas que os alpinistas tem que escalar antes de chegar ao cume.
• CAMPO 3 - Ou C3. Localizado literalmente na parede do Lhotse.
FACE NORTE - As cordas na Face Norte do Everest ainda estão no Campo 3, a 8.300 metros de altitude. Somente depois que chegarem ao cume que os alpinistas que estão na espera no lado chinês poderão fazer suas tentativas de ataque ao cume. Está muito atrasado.
• ZONA DA MORTE - Veja a linha dos 8.000m, que é o limite da famosa Zona da Morte.
Infográfico: Elias Luiz / Extremos
20.05.2019 - 23:39 Nepal | 14:54 Brasil
Colo Sul (atualizado)
A equipe da CTSS do qual Juarez Soares faz parte chegou hoje ao Colo Sul (8.000m). Como o vento estava muito forte a equipe decidiu dormir essa noite no Campo 4 e amanhã a noite partem para o ataque ao cume do Everest.
Mike Hammil, diretor da Climbing The Seven Summits (CTSS), disse que a equipe está confortável no Campo 4, tem oxigênio a disposição e comida quente. Isso é a estrutura necessária para fazer essa mudança de planos e poucas agências oferecem isso.
Preocupante - 16:10 Nepal | 07:25 Brasil
Hoje teve o início a segunda janela de Ataque ao Cume do Everest. Pelo menos 14 pessoas chegaram ao cume hoje, totalizando até o momento 167 cumes. A primeira janela de bom tempo que durou apenas dois dias, foi fechada no dia 16 de maio.
Agora com a nova janela aberta que deve durar entre três a quatro dias, pelo menos 200 alpinistas já subiram para os acampamentos superiores, e isso deve aumentar ainda mais nos próximos dias. Veja como está o planejamento para os próximos dias.
• 21 de Maio: 122 pessoas
• 22 de Maio: 297 pessoas
• 23 de Maio: 172 pessoas
• 24 de Maio: dia alternativo para um grande grupo
Rodrigo Raineri
Uma ótima notícia, Rodrigo Raineri teve alta.
“Após esta pausa forçada no forte ritmo que eu estava, volto tentando manter o ritmo mais calmo... até quando será que consigo? Recebi ALTA! Ótima conquista! Saúde!!!”
Rodrigo Raineri, direto d Katmandu
Meia-volta no Cume Sul - 07:00 Nepal | 22:15 Brasil
A alpinista americana Kirstie Ennis disistiu do cume quando estava a 8.684m, exatamente no Cume Sul, como mostra a imagem abaixo.
Kirstie disse que "o tempo e o oxigênio não estavam ao nosso favor". Ela ainda diz que "não valeria a pena sacrificar a vida de ninguém pelo cume" e acrescenta, "Round dois do Everest em breve". Assista o seu vídeo em inglês.
Kirstie Ennis deu meia volta em seu ataque ao cume do Everest quando chegou ao Cume Sul (8.686m)
19.05.2019 - 23:00 Nepal | 14:15 Brasil
Correção
Contrariando a notícia que a própria agência Seven Summits Treks havia divulgado, Moeses Fiamoncini não fez cume no Lhotse (8.516m). Hoje ele me enviou mensagens informando que estava fazendo o ataque ao cume do Lhotse sem o uso de oxigênio suplementar, mas o clima virou, com vento muito forte e estava congelando seus pés. Por isso decidiu retornar quando estava a 8.300m . No Campo 4 do Lhotse participou do resgate que salvou a russa Nastya Runova.
Moeses está no Campo 2 e divulgou os seus próximos passos:
Cronograma de ataque ao cume do Everest de Moeses Fiamoncini:
• Dia 20: C3
• Dia 21: C4 - descansa 5 horas e as 19 horas ataque ao cume do Everest
• Dia 22: Cume e volta para o C4
Reta final
Pelo cronograma Juarez Soares estaría hoje no Campo 3. Ainda estamos aguardando a confirmação local.
Big House
Se tem algo que chamou atenção nesta temporada no Campo Base da Face Sul do Everest, foi a Big House, como é chamada pela agência Climbing The Seven Summits (CTSS), da qual Juarez Soares é cliente.
Todas as agências instaladas no Campo Base tem um barraca refeitório, onde é o local preferido de todos, por ser uma barraca maior, e onde todos sentam a mesa para comer, fazer reuniões ou apenas confraternizar.
A CTSS subiu esse nível com instalação de uma enorme barraca de 10 metros de diâmetro por 6 metros de altura.
“Somos os primeiros a admitir que parece luxuoso e indulgente, e é, mas se você está passando dois meses da sua vida em algum lugar (e realmente colocando seu corpo e mente à prova), não quer ficar confortável? Nós pensamos assim. A paciência é uma parte importante do jogo do Everest e todo mundo sabe quanto tempo é gasto na EBC para se aclimatar e se recuperar, então queríamos investir pesadamente nesse ambiente e em nossos alpinistas. Queremos ajudá-los a maximizar seu tempo de inatividade e sentir-se em casa o máximo possível enquanto enfrentam o desafio de uma vida inteira. Daí nasceu a Big House.”
Caroline, equipe CTSS
A Big House sendo montada no início da temporada.
Conforto e sossego em meio a pequena "cidade" chamada Campo Base do Everest. Foto: Wayne Morris
Uma ótima área para reuniões ou para desfrutar de um cinema a 5.350 metros de altitude. Foto: Wayne Morris
Confraternização dos alpinistas alguns dias antes da fase final da escalada, o Ciclo de Cume. Foto: Wayne Morris
Juarez Soares (ajoelhado, com agasalho azul e de barba) durante a confraternização. Foto: Wayne Morris
Foto com alguns dos Alpinistas que tentarão o cume do Everest nos próximos dias. Juarez Soares na ponta direita. Foto: Wayne Morris
Vista externa da Big House da CTSS no Campo Base da Face Sul do Everest. Foto: Wayne Morris
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18.05.2019 - 15:55 Nepal | 07:10 Brasil
Rodrigo Raineri
Rodrigo Raineri continua internado no hospital em Katmandu e ficará em observação por mais alguns dias. Ele tem se sentido fraco e se alimentado mal, e o tempo está correndo com o final da temporada de escalada se aproximando devido a chegada das monções características desta época do ano, que normalmente acontece no início de junho. Salvo alguma mudança, o desmonte da Cascata de Gelo deve acontecer no dia 28 de maio.
Por isso Rodrigo Raineri achou mais prudente encerrar a sua expedição este ano. Segue o a sua mensagem: Ele não voltará para a montanha. Os equipamentos do Rodrigo Raineri, Mauro Chies e Júlio Blander que ainda estão no Campo Base, serão empacotados e enviados para Katmandu. Ainda não há data programada para o seu retorno ao Brasil
“É com um turbilhão e emoções e sentimentos que comunico que a Expedição Everest 2019 está entrando na fase final e mais importante: a volta pra casa!
Meu parceiro e amigo Mauro Chies já está em casa, seguro, com o carinho da sua família! Agora é a minha vez e do Júlio Blander voltarmos e encerrarmos a expedição com sucesso!
Na verdade preciso ter alta, sair do hospital e recuperar-me completamente para poder voltar, mas a decisão já está tomada e os procedimentos para nossa volta já estão em curso. Tenho saco de dormir, macacão de pluma, câmeras, isolante térmico e várias coisas no Acampamento 2, a 6.400m, e todos nós temos muita coisa no Base, inclusive o Mauro! Temos que trazer isso tudo pra Katmandu!
Feliz demais de voltar pra casa depois de tantas lições aprendidas! Que saudades do meu querido filho, de toda minha família, dos meus amigos, da turma do voo, da turma do pedal, da comida, do meu trabalho nas minhas empresas, das palestras... de tanta coisa boa que temos no nosso país!
Deixo aqui meu agradecimento a todos os apoiadores e patrocinadores, cujos recursos nos deram a tranquilidade para realizar uma expedição com um ótimo sistema de gestão de segurança, como foi observado!
Este ano Chomolungma, como é chamado aqui o Everest, nos ensinou muita, muita coisa! E nos mandou embora pra casa mais cedo...
Estamos no comando e tomamos decisões, mas não somos senhores do nosso destino!
O caminho escolhido é lindo, árduo e desafiador, mas a única certeza que podemos ter é que quem decide até onde vamos no caminho é Ele lá em cima!
Obrigado meu Deus por mais esta linda experiência vivida! Obrigado a todos vocês pela torcida e energia positiva!
Obrigado meus parceiros de expedição!
Digão, tô voltando pra casa filho querido! Morrendo de saudades de você! Te amo rapaz!”
Rodrigo Raineri, direto do hospital em Katmandu
Júlio Blander, Mauro Chies e Rodrigo Raineri no Campo Base do Everest. Foto: Julio Blander
17.05.2019 - 15:55 Nepal | 07:10 Brasil
O vídeo do resgate
Hoje recebi o impressionante vídeo do resgate do alpinista brasileiro Mauro Chies, que sofreu uma queda em uma greta no dia 30 de abril, quando junto com Rodrigo Raineri e os sherpas, faziam o seu segundo ciclo de aclimatação. O acidente aconteceu no Western Cwm. O vídeo começa com um depoimento do Mauro e flash do acidente. No final do vídeo você assistirá as imagens completas do resgate.
O resgate de Mauro Chies
Ciclo de Cume
Recebi uma ótima mensagem do Juarez Soares antes de iniciar o seu Ciclo de Cume:
“Caro Elias, Chegou a hora! Confirmado! Vamos nesta madrugada, dia 17 as 03:00. A programação é a seguinte:
• Dia 17: C1
• Dia 18: C2
• Dia 19: C3
• Dia 20: C4
e a noite ataque ao cume
• Dia 21: Cume pela manhã e volta ao C4
• Dia 22: C2
• Dia 23: Campo Base
Podem haver mudanças, a depender do clima. Hoje, este é o cenário ideal, de acordo com o forecast. Estou muito animado, confiante, pronto para partir e para aproveitar cada passo nesta montanha maravilhosa até onde Deus permitir! Até breve!”
Juarez Soares, direto do Campo Base
Segunda morte confirmada
O alpinista indiano Ravi Thakar, foi encontrado morto dentro da sua barraca, no Campo 4 do Monte Everest no início desta manhã. Ravi fez parte de uma expedição de oito membros liderada pelo renomado alpinista irlandês Noel Richard Hanna. Ravi juntamente com outros membros chegou ao cume do Monte Everest na quinta-feira de manhã. Outro membro da mesma expedição - Seamus Sean Lawless de Irlanda - escorregou da área do Balcony, e continua desaparecido.
Brasileiro no cume do Lhotse
Recebemos informações qeu Moeses Fiamoncini fez cume no Lhotse, a 4ª maior montanha do mundo, na manhã desta sexta-feira. Moeses e equipe estão descendo para os acampamentos inferiores. Ainda iremos confirmar o cume com o próprio alpinista.
Morte no Lhotse
Um alpinista da Bulgária morreu ontem no Camp 4 do Lhotse ao descer do cume do quarta montanha mais alta do mundo. De acordo com a equipe do acampamento de base, Ivan Yuriev Tomov, que escalou o Lhotse sem o uso de oxigênio suplementar e suporte de Sherpa na quinta-feira de manhã, faleceu dentro de sua barraca. Ivan se queixava de estar sofrendo da doença de mal de altitude (HAPE) durante a descida. Ele fazia parte de uma expedição gerenciada pela Makalu Xtreme Pvt. Ltd. Seu corpo será retirado da montanha.
Ivan Yuriev Tomov. Foto de arquivo
Rodrigo Raineri
Rodrigo Raineri continua hospitalizado, passando por novos exames e sendo medicado. Ele está bem e gravou um vídeo do Júlio Blander falando como a comida do Nepal é apimentada.
“O 'bicho pegou'! Agora nós é que estamos pegando ele!
Eletrocardiograma, Exames de Sangue, RX e todos os tipos de exames... achamos: Streptococcus Pneumoniae instalou-se no cantinho inferior do meu pulmão direito... pois é, estou com pneumonia! Ainda bem que baixamos para ver o que estava errado!
Ao longo dos meus 50 anos de vida nunca tive esta doença, apesar de já ter acompanhado de perto vários casos, inclusive meu filho no primeiro ano de vida.
Internei ontem e agora já faz pouco mais de 24 horas que estou medicado, e já estou muito melhor.
Hoje fiz tomografia. Amanhã teremos o laudo.
Agora são 20h aqui e vou pra minha segunda noite em baixa altitude... medicado, limpo, recuperando rápido.
Pelo que me lembro a única vez que precisei ir para um hospital para cuidar de mim em uma expedição foi quando congelei os dedos do meu pé esquerdo em 2002, depois de escalar a Face Sul do Aconcágua com meu saudoso amigo Vitor Negrete.
Estou em Katmandu, cuidando de mim... por problemas de saúde pública, higiene e segurança alimentar aqui no Nepal. Foram 16 casos de H1N1 no trecho do trekking do Everest este ano.
Ao conversar com os médicos tentei relacionar e entender quando começou esta doença: dificil descobrir. Pode ter evoluído lentamente, mas pode ter sido rápida também.
Fato: não dava pra continuar!
Se alguém acha que após 30 anos liderando expedições mundo afora não tem mais o que aprender, esta expedição mostrou pra que veio: lições fortes desde o início!
Agradeço o carinho, orações e torcida de todos!
Um abraço do tamanho do Brasil!”
Rodrigo Raineri, direto de Katmandu
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16.05.2019 - 09:20 Nepal | 00:35 Brasil
Voando para Katmandu
Rodrigo Raineri está voando neste momento de helicóptero de Pangboche (3.950m) para um hospital em Katmandu. Ele embarcou as 9h20 no horário local e fará exames na capital. No final de abril Raineri estava gripado, mas conseguiu se recuperar e completou o seu 2º Ciclo de Aclimatação chegando ao Campo 3. Voltou para o Campo Base se sentindo muito bem.
Como é de costume dos principais alpinistas, depois que fazem o seu último Ciclo de Aclimatação descem para vilarejos mais abaixo. Raineri desceu para Pangboche (3.985m) no dia 11 de maio. Altitude mais baixa, mais oxigênio e melhor para recuparar as energias gastas no último ciclo, e assim descansar e estar pronto para a etapa final, o Ataque ao Cume do Everest e a decolagem de paraglider do cume.
Passados alguns dias em Pangboche, Raineri começou a se sentir fraco, tossindo muito e não conseguia se recuperar. Ontem, dia 15, seu estado de saúde piorou, ele chegou a ser atendido por um médico local, mas continuava tossindo muito e com dores no torax. Publicou a seguinte mensagem na manhã de ontem:
“Nem sei como dizer (para não preocupar), mas noite passada foi difícil aqui. Hoje acordei muito pior e o Julio [Blander] quase não sai da cama. Descemos dia 11 para nos recuperar e acabamos mal: intoxicados, infectados com algum vírus/bacteria/protozoário local. Quando cheguei o dono do Lodge estava gripado. Eu dei um remédio para os sintomas dele. Confesso que fiquei preocupado e tentei manter distância... mas ficamos todas as noites todos juntos, com outros turistas, na sala de jantar junto à lareira de centro. Agora há pouco conseguimos a visita de um médico. Vamos começar nova medicação, pesada, os dois...”
Rodrigo Raineri, direto de Pangboche
No início da noite desta quarta-feira, 15, Raineri decidiu acionar o SOS do seu Spot Gen3 e por já ser noite em Pangboche, o resgate foi agendado para a manhã seguinte. Uma equipe no Brasil composta por amigos e as médicas Dra. Dani Silvestre e Dra. Juliana Schlaad, respectivamente diretora e presidente da ABMAR, lhe prestaram todo apoio.
Na manhã desta quinta-feira, no Nepal, ainda noite de quarta-feira no Brasil, Rodrigo Raineri e Julio Blander foram levados de helicóptero para o hospital em Katmandu, onde Raineri fará exames. Somente depois ele decidirá sobre a continuidade ou não de sua expedição. Isso não é o mais importante no momento, mas mesmo assim ele me pediu: “Elias, me mantenha informado sobre como estará no jet stream no cume do Everest no final do mês.”
Atualização 1: 16.05.2019 - 7:00 Brasil
Rodrigo Raineri já está no hospital em Katmandu e foi diagnosticado com pneumonia. Já está sendo tratado com medicação venosa e ficará em observação durante três dias. O cinegrafista Julio Blander está no hospital dando apoio.
Irlandês desaparecido
Seamus Sean Lawless, 49, um professor da School of Computer Science and Statistics at Trinity College, de Dublin desapareceu perto da área do Balcony (8.380m) quando descia depois de chegar ao cume do Everest nesta manhã.
Mingma Sherpa, presidente da Seven Summit Treks, confirmou que seu cliente escorregou próximo do Balcony e que as buscas estão em andamento.
Seamus Sean Lawless, 49, está desaparecido próximo do Balcony (8.380m)
Rodrigo Raineri no lodge em Pangboche, momentos antes de voar para Katmandu. Foto: Rodrigo Raineri
No helicóptero, a caminho de Katnmandu. Foto: Júlio Blander
Recebendo atendimento no hospital em Katmandu. Foto: Julio Blander
15.05.2019 - 08:45 Nepal | 00:00 Brasil
23ª vez
Aos 49 anos de idade, Kami Rita Sherpa chegou pela 23ª vez ao cume do monte Everest, batendo o seu próprio recorde que havia conquistado no ano passado. Ele chegou ao cume hoje as 7h50.
Pelo menos 30 pessoas fizeram cume no Everest hoje. Ainda iremos confirmar o número exato.
Kami Rita Sherpa. Foto de arquivo
Preocupante
Mensagem de Rodrigo Raineri:
“Nem sei como dizer (para não preocupar), mas noite passada foi difícil aqui. Hoje acordei muito pior e o Julio [Blander] quase não sai da cama. Descemos dia 11 para nos recuperar e acabamos mal: intoxicados, infectados com algum vírus/bacteria/protozoário local. Quando cheguei o dono do Lodge estava gripado. Eu dei um remédio para os sintomas dele. Confesso que fiquei preocupado e tentei manter distância... mas ficamos todas as noites todos juntos, com outros turistas, na sala de jantar junto à lareira de centro. Agora há pouco conseguimos a visita de um médico. Vamos começar nova medicação, pesada, os dois. Hoje deveríamos correr montanha acima, mas estamos nos arrastando aqui embaixo. A moral tá baixa, nosso tempo tá apertado, mas ainda tenho esperança! Vamos ganhar de "vira-virou"! Que a força esteja com nossos sistemas imunológicos! Namastê!”
Rodrigo Raineri, direto de Pangboche
Rodrigo Raineri no lodge em Pangboche. Foto: Julio Blander
Nota do Editor
Desde o início do mês já tínhamos conhecimento sobre um surto de H1N1 na região do Everest como mostra este post da Dani Silvestre, de 1 de maio de 2019:
“Surto de gripe na trilha do Everest Base Camp preocupa os médicos locais nessa temporada. Apesar da primavera não ser a época mais prevalente da doença, são 40 casos confirmados e quase metade se trata de H1N1. Pode ser que algum indivíduo doente tenha espalhado o vírus na região.”
Dani Silvestre, diretora da ABMAR
(Associação Brasileira de Medicina de Áreas Remotas e Esportes de Aventura)
Essa é nossa casa quando estamos no Base Camp. E essa é a vista chata de todo dia, quando o sol mostra a cara. Foto: Julio Blander
14.05.2019 - 15:55 Nepal | 07:10 Brasil
Cume no Everest, Lhotse e Makalu
Oito Sherpas chegaram ao cume do Everest, hoje as 13h45. Essa era a equipe de fixação de cordas que agora abriu caminho para que todas as expedições possam fazer o seu ataque ao cume. Pelo menos 378 permits foram liberados este ano, o que pode proporcionar um novo recorde de cumes e também muito congestionamento durante a escalada.
• Rodrigo Raineri me telefonou hoje e disse que deve tentar o cume do Everest entre os dias 22 a 26 de maio.
• Juarez Soares mandou a seguinte mensagem:
“Olá Elias, acabamos de definir! Vamos para a janela de 21 e 22, logo, devemos sair aqui do EBC [Everest Base Camp] no dia 17. Estou muito feliz e confiante, após quase perder a chance. Abraços!”
Juarez Soares, direto do Campo Base
Lhotse
Pelo menos 12 alpinistas e sherpas chegaram ao topo da quarta maior montanha do mundo, o Lhotse de 8.516m, as 9h47 desta manhã.
• Moeses Fiamoncini chegou ao Campo 3 e deve fazer o ataque ao cume do no dia 15 ou 16. Foram emitidos 92 permits para o Lhotse neste ano.
Makalu
Hoje também foi dia de cume no Makalu, a 5ª montanha mais alta do mundo, com 8.485m. Cinco Sherpas abriram a via até o cume nesta manhã. Foram emitidos 53 permits para a escalada do Makalu.
12.05.2019 - 05:25 Nepal | 20:40 Brasil
Boas notícias
Mandei a seguinte mensagem para o Juarez Soares: “Tudo bem com você? Se recuperando bem? Onde você está?” E a resposta foi:
“Olá Elias, como que por milagre, me recuperando muito bem. Anteontem fizemos o Pumori [high camp] e ontem um treino bem completo no gelo. A idéia era: se tiver que dar errado, que seja aqui e não lá em cima. Pois fiz tudo muito bem e o melhor, sem dor alguma. Estou de volta ao jogo! Agora é definir um calendário, pois o tempo está correndo. Estou no Base Camp. Abraços.”
Juarez Soares, direto do Campo Base
Rodrigo Raineri
• Rodrigo está em Pangboche e hoje publicou um vídeo da sua escalada na parede do Lhotse:
Parede do Lhotse (6.900m) - Vídeo: Rodrigo Raineri
11.05.2019 - 19:35 Nepal | 10:50 Brasil
Subindo
Moeses Fiamoncine está de volta ao Campo Base do Everest. Amanhã ele subirá ao Campo 2 e ficará na espera para o Ataque ao Cume do Lhotse, provavelmente no dia 15 ou 16 de maio.
Descendo
• Rodrigo Raineri desceu hoje do Campo Base do Everest (5.350m) para Pangboche, a 3.985m de altitude. Em uma região mais baixa, com mais oxigênio disponível e o pouco de floresta que tem neste vilarejo, faz desta região um local perfeito para descansar, recuperar as energias, se alimentar melhor e assim estar preparado para a etapa final, o Ciclo de Cume. Essa é a mesma estratégia que o renomado escalador russo, Anatoli Boukreev utilizou na escalada de 1996.
“Então, os 50 chegaram!!! Estava só, no alto da montanha, sem comunicação... que experiência! Ontem fui até quase o Campo 3, novamente só e atingi a altitude do Aconcágua, praticamente 7.000m! Hoje de volta ao Base Camp bem cansado. Consegui conexão e recebi centenas de mensagens de Feliz Aniversário!!! Muito obrigado meus amigos! Vamos tocar pra cima nesta nossa missão. E nada melhor do que descer pra se recuperar. Eu forcei bastante estes últimos dias. Estou muito bem, apenas cansado... desde minha volta até o Basecamp de helicóptero eu tinha perdido 7 kg... nem sei agora. Ótimo dia para todos vocês, de um cinquentão no Everest!”
Rodrigo Raineri, em mensagme quando estava no Campo Base
Rodrigo Raineri comemorando o aniversário de 50 anos, um dia após a data real, no Campo Base.
10.05.2019 - 17:50 Nepal | 09:05 Brasil
Campo 3
Neste 2º Ciclo de Aclimatação, Rodrigo Raineri "tocou" o Campo 3 e desceu para o Campo 2 para dormir. Hoje ele já está de volta ao Campo Base.
As cordas
• O grupo de Sherpas responsáveis pela fixação das cordas estão fazendo progressos. Após quase uma semana de ventos fortes devido ao Ciclone Fani que atingiu a Índia, agora eles estão fazendo sessões de transportes de equipamentos para o Campo 4, e se o clima colaborar, neste fim de semana podem iniciar o ataque ao cume, fazendo a instalações das cordas. Uma previsão otimista é que eles cheguem ao cume no dia 14 de maio. Uma data tardia comparada aos outros anos.
Escalada da face do Lhotse para o Acampamento 3 hoje, sob condições perfeitas de escalada, sem multidões e vento mínimo. Foto: Ben Jones
Alpinistas iniciando a descida do Campo 1 pela Cascata de Gelo. Foto: Benegas Brother
Alpinistas na Cascata de Gelo. Foto: Ben Jones
09.05.2019 - 16:10 Nepal | 07:25 Brasil
Notícia preocupante
Juarez Soares me enviou uma mensagem preocupante. Espero que dê tudo certo no final:
“Caro Elias e amigos do Extremos, eu machuquei. Saindo para a terceira rotação as 03:30, antes mesmo de chegar no icefall, eu escorreguei naqueles cascalhos congelados e caí. Machuquei uma costela e a lombar. Na hora soube que não poderia continuar. Voltei para o BC e minha barraca. Gemia de dor. A tarde foram me levar no pronto-socorro daqui. Não conseguia ficar de pé. Tiveram que me levar na maca. Estou medicado. Ontem já andava e ficava em pé. Hoje fiz um hiking de 2 horas. A costela dói muito para respirar e a lombar ainda está um pouco travada. Acabo de conversar com o Mike e fizemos um calendário de atividades para os proximos dias. Se eu estiver bem, vou refazer o rotation até o C3. Se não, já volto para casa.
Caso corra tudo bem, só vou partir para o summit bid em torno do dia 21. É provável que todos aqui já tenham terminado. Eu olho nos olhos das pessoas aqui e vejo que não acreditam muito. Eu olho no espelho e também fico na dúvida. Eu olho com fé e então acredito. Minha esposa acredita. Meus filhos também acreditam. De fato, de como eu estava há 3 dias atrás e hoje, realmente um milagre já aconteceu aqui. Ocorre que nunca quis tanto ter a minha chance de cume como agora. Falei com Mike que eu quero minha tentativa de cume, mas só se eu estiver 100%. Não colocarei a mim nem a ninguém em situação de risco. Cada dia agora é um jogo que vale o campeonato. Amanhã vou ao high camp do Pumori. Se não der, acabou. Depois de amanhã vou a Kala Pattar. Se não der, acabou... e assim até o dia 27 de maio. Continuo firme. Enquanto houver chance, continuarei lutando. Abraços.”
Juarez Soares, direto do Campo Base
• Moeses Fiamoncini que estava se recuperando de uma gripe em Namche Bazaar já está recuperado e de volta para Gorak Shep. Essa mensagem foi enviada ontem:
“Olá Elias, cheguei hoje em Lobuche. Amanhã vou para Gorak Shep onde ficarei duas noites. Já estou recuperado, me sentindo super bem. Abraço!”
Moeses Fiamoncini, direto de Lobuche
• Hoje é aniversário do alpinista Rodrigo Raineri, está completando os seus 50 anos no Campo 2. Literalmente nas alturas!
Moeses Fiamoncini em foto de 4 dias atrás quando descia para Namche Bazaar.
06.05.2019 - 03:57 Nepal | 19:12 Brasil
O filme
Além dos Sonhos: O filme conta a história de vida de Roman Romancini, um dos maiores montanhistas do Brasil, na saga pela conquista de seu maior sonho: o Monte Everest, a montanha mais alta do planeta. O atleta começou cedo e flertou algumas vezes com o limiar entre a vida e a morte em várias expedições. Durante um treino foi atropelado e muitos pensaram que aquele acidente poderia colocar um fim à sua carreira esportiva para sempre. Com direção e fotografia de Rafael Duarte (Bambalaio Filmes) e produção executiva de Leonardo Edde (URCA Filmes), o documentário mostra como Roman reagiu e lidou com os contratempos que dificultaram o seu caminho, como o sonho do Everest influenciou no seu processo de reabilitação e o poder da força de vontade para sua recuperação. O longa também mostra sua volta ao mundo no projeto “7 Cumes”, sendo 4 deles conquistados durante o inverno em um projeto visionário e considerado por muitos um feito praticamente impossível. Médicos, treinadores, familiares e amigos confessam como reagiram à determinação de Roman de continuar escalando, mesmo tendo vivido situações onde muitos teriam desistido facilmente, como o surgimento de um câncer. Sobrevivente da avalanche de 2014 que assolou a Cascata de Khumbu, a poucos metros do Acampamento Base do Everest, Roman voltou ao Himalaia quatro anos depois com Rafael Duarte e Padawa Sherpa, que juntos documentaram esta que seria a expedição mais desafiadora da sua vida.
• O filme participará do tour internacional de festivais de cinema e provavelmente estará disponível no segundo semestre de 2019.
Trailer oficial do filme: Além dos Sonhos
Poster do filme
05.05.2019 - 14:55 Nepal | 06:10 Brasil
Jogo de Paciência
Devido a chegada do Ciclone Fani na Índia, o clima na região do Everest também foi afetado, com muito vento e neve no Campo 2 e superiores. No Campo Base também nevou bastante, cerca de 60 cm. O ar que normalmente no Campo Base já é bem seco, ficou ainda mais e muitas pessoas estão pegando gripe ou com problemas na garganta.
• Moeses Fiamoncini foi uma destas pessoas e ele me relatou:
“Passei as últimas duas noites em Gorak Shep. O ar está muito seco e minha garganta não aguentou. Entrei no antibiótico e para recuperar mais rápido, ontem desci caminhando para Namche Bazaar, onde ficarei até dia 8, e dia 9 retorno para o campo base. Abraço.”
Moeses Fiamoncini, direto de Namche Bazaar
• Rodrigo Raineri conseguiu voar nesta sexta-feira para Lukla, onde ficou por dois dias e hoje chegou ao Campo Base de helicóptero.
• Mauro Chies já está no Brasil e já recolocou o dedo no lugar e está em recuperação. Mauro continuará apoiando a expedição do Rodrigo Raineri com relatórios sobre o clima e também ajudará na cobertura online do Extremos com informações sobre a temporada.
• Juarez Soares enviou as seguintes mensagens nos últimos dois dias:
Dia 3 de maio
“Bom dia, Elias. Parece que a noite foi bem difícil para os times que estavam no C1 e C2 esta noite. Daqui de baixo dá para ver a mudança do tempo lá em cima e os relatos são de que os sherpas que tentavam subir a cascata esta madrugada para ajudar, tiveram que voltar.”
Juares Soares, direto do Campo Base
Dia 4 de maio
“Teremos que refazer a última rotação novamente (Ciclo de Aclimatação). Estamos aguardando os próximos forecasts, mas deve ocorrer em dois ou três dias. Assim esperamos. Parece que o jogo de paciência e estratégia começou! Enquanto isto, vou fazendo o que me cabe: ficar saudável e forte, física e mentalmente. E, como os sherpas, focar apenas na tarefa do dia. Hoje, a tarefa é descansar!”
Juares Soares, direto do Campo Base
O dedo indicador da mão direita foi recolocado no lugar. Mauro Chies está bem e se recuperando.
Alpinistas na parte final da Cascata de Gelo, já próximo do Campo 1. Foto: Moeses Fiamoncini
Chegando no Campo 2. Foto: Moeses Fiamoncini
Moeses Fiamoncini montando a barraca no Campo 2.
Moeses Fiamoncini recebendo informações pelo celular satelital.
Campo 1 com a vista do Pumori ao fundo. Foto: Moeses Fiamoncini
Caiu 60 cm de neve no Campo Base. Foto: Juarez Soares
02.05.2019 - 17:55 Nepal | 09:10 Brasil
Campo 4
As cordas foram instaladas até o Campo 4 pela equipe de Sherpas. O local é conhecido como Colo Sul (8.000m), onde é montado o último acampamento antes do ataque ao cume do Everest.
• Juarez Soares está de volta ao Campo Base do Everest. Devido a notícia da chegada de um ciclone na região, a equipe que Juares Soares decidiu retornar para o Campo Base. A princípio o programado era dormir duas noites no Campo 2 e depois tocar o Campo 3 e descer. Mas acharam mais prudente retornar ao Campo Base.
01.05.2019 - 19:20 Nepal | 10:35 Brasil
Podcast 269 - Everest #2
Após cair em uma greta, entre o Campo 1 e Campo 2 do Everest, o brasileiro Mauro Chies foi resgatado de helicóptero junto com o Rodrigo Raineri. Ouça o Podcast 269 onde o próprio alpinista conta como tudo aconteceu. Ouça acima.
• Rodrigo Raineri continuará com a sua expedição rumo ao cume do Everest.
• Juarez Soares iniciou o seu 3º Ciclo de Aclimatação.
• Moeses Fiamoncini desceu para Gorak Shep.
Avalanche na face do Nuptse, hoje de manhã. Imagens: Moeses Fiamoncini
Mauro Chies indicando o local onde ele sofreu a queda na greta. Foto: Rodrigo Raineri
30.04.2019 - 16:00 Nepal | 07:15 Brasil
Resgatados
Mauro Chies sofreu uma queda em uma greta e foi resgatado de helicóptero junto com o Rodrigo Raineri. Eles já estão em Katmandu a caminho do hospital. Mauro deve ter quebrado o dedo indicador da mão direita.
Mauro informou que a sua expedição ao Everest está encerrada, e deve voltar em breve ao Brasil.
“Oi amor, tudo bem? Sofri uma queda e graças a Deus foi só um dedo quebrado a princípio. Já estou em Katmandu, fui resgatado de helicóptero e o Rodrigão está comigo. Está tudo bem, tá amor! Vou voltar mais cedo pra casa.”
Mensagem de áudio de Mauro Chies para a esposa Patricia, direto de Katmandu.
Morte no Cho Oyu
Um montanhista nepalês, Phujung Bhote Sherpa, morreu ao cair em uma fenda no monte Cho Oyu (8.201m), no Tibet, ontem, de acordo com o organizador da expedição. Ele estava junto com outros Sherpas instalando as cordas próximo ao Campo 2. Está em curso esforços para a recuperação do corpo do montanhista.
O dedo indicador da mão direita quebrado, de Mauro Chies. Foto: Rodrigo Raineri
Seguindo de helicóptero para Katmandu. Foto: Rodrigo Raineri
Mauro Chies mostrando a greta onde caiu. O local parece ser o Western Cwm, antes do Campo 2. Foto: Rodrigo Raineri
A greta. Foto: Rodrigo Raineri
Rodrigo Raineri e Mauro Chies antes do acidente, no Campo 1. Foto: Rodrigo Raineri
Rodrigo Raineri e Mauro Chies entre o Campo 1 e Campo 2. Foto: Rodrigo Raineri
Escalando na Cascata de Gelo. Foto: Mauro Chies
Cascata de Gelo. Foto: Mauro Chies
29.04.2019 - 20:15 Nepal | 11:30 Brasil
Campo 2
Moeses Fiamoncini depois de passar duas noites no Campo 2 (6.400m) desceu para o Campo Base onde irá descansar por alguns dias até o início do próximo ciclo.
Juarez Soares
Boa tarde, Elias, tudo bem? Amanhã vamos para o terceiro ciclo. A programação é uma noite no C1 e três ou quatro noites no C2. No quarto ou quinto dia, bate e volta no C3. Na volta dou notícias, ok? Abraços.
Juarez Soares, direto do Campo Base do Everest
27.04.2019 - 20:50 Nepal | 12:05 Brasil
Podcast 1
O primeiro podcast foi ao ar na noite de ontem. Ouçam e deixem os seus comentários e sugestões.
• Rodrigo Raineri e Mauro Chies subiram para o Campo 1.
• Moeses Fiamoncini subiu para o Campo 1, onde dormiu uma noite e já está no Campo 2.
• Juarez Soares voltou do seu 2º Ciclo de Acmlimatação e está descansando no Campo Base.
• Os Sherpas instalaram as cordas até o Campo 3.
Vista do início da Cascata de Gelo, olhando para a região do Campo Base. Foto: Mauro Chies
A barraca dos médicos do Campo Base. Foto: Mauro Chies
A vista da barraca do Mauro Chies.
Mauro Chies e Rodrigo Raineri no antigo acampamento avançado do Pumori.
Rodrigo Raineri e Mauro Chies em uma incursão até o início da Cascata de Gelo.
22.04.2019 - 17:30 Nepal | 08:45 Brasil
Campo 1
Juarez Soares subiu para o Campo 1. Essa foi a sua primeira travessia pela temida Cascata de Gelo. Juarez deve dormir duas noites no Campo 1 (5.900m) e depois sobe para o Campo 2 (6.400m) onde deve dormir uma noite e depois desce para o Campo Base.
• Rodrigo Raineri e Mauro Chies tinham programado para hoje o retorno para o Campo Base do Everest, onde acontecerá a cerimônia Puja de sua expedição.
• Até o momento foram registrados 375 permits para a escalada da Face Sul do Everest (Nepal). Esses números são referentes apenas aos estrangeiros. Para se ter uma ideia, em 2018 que foi o ano recorde de cumes no Everest (809 somando as duas faces do Everest), 229 estrageiros chegaram ao cume e mais 247 Sherpas pela Face Sul. O ano de 2019 promete um novo recorde, se as janelas de bom tempo permitirem.
Cerimônia Puja.
21.04.2019 - 17:45 Nepal | 09:00 Brasil
Feliz Páscoa
Juarez Soares acabou de avisar que adiou para amanhã a escalada ao Campo 1.
• Moeses Fiam0ncini chegou hoje a Dingboche.
• Mauro Chies fez o seu 1º Ciclo de Aclimatação chegando ao cume do Lobuche East (6119m). O programado é dele descer ainda hoje para Lobuche.
• Rodrigo Raineri não esteve bem estes dias e mandou a seguinte mensagem:
“Desculpem a falta de notícias... ficamos vários dias sem conexão devido a fortes nevascas e na sequência eu fiquei muito doente. Peguei uma intoxicação e infecção alimentar e com a resistência baixa acabei também com uma forte sinusite! Já fomos ao Acampamento Base do Everest e descemos para Lobuche. Mauro seguiu o plano, rumou ontem para o campo alto do Lobuche East, atacou cume nesta madrugada e deve descer hoje para nosso Lodge em Lobuche. Minha saúde foi piorando e tive que fazer tratamento com antibióticos. Acabei ficando aqui em Lobuche e ontem fiquei de cama o dia todo, queimando de febre. Hoje já acordei melhor, e com mais este dia de tratamento e recuperação acredito que amanhã estarei bem melhor. Nossa Puja está marcada para dia 22, e após esta bela cerimônia budista todos os membros e Sherpas da nossa expedição podem entrar na Cascata de Gelo do Khumbu e iniciar a preparação dos acampamentos superiores. Feliz Páscoa a todos aí no Brasil! O calendário Nepales não é Cristão, então por aqui é simplesmente mais um domingo. Pensamento positivo e orações para superar este momento difícil! Namastê!”
Rodrigo Raineri, direto de Lobuche
Rodrigo Raineri com a vista das barracas do Campo Base do Everest ao fundo. Foto: Mauro Chies
Subida para o acampamento do Pumori.
Foto de Mauro Chies na escalada do Lobuche East.
Foto de Mauro Chies na escalada do Lobuche East.
Mauro Chies durante a escalada do Lobuche East.
20.04.2019 - 17:00 Nepal | 08:15 Brasil
Cordas
Hoje teve início uma fase muito importante da escalada do Everest. O italiano Maurizio Folini (colaborador de longa data da cobertura do Extremos) pilotando o helicóptero AS 350 B3 E, transportou para o Campo 2 (6.400m) mais de 700 kg de cordas e equipamentos que serão utilizados na fixação de cordas do início da Parede do Lhotse (pouco acima do Campo 2) até o cume do Everest. No voo de retorno o piloto transportou 187 kg de lixo de estavam no Campo 2.
Até uns 5 anos atrás todo esse processo de levar as cordas e equipamentos de fixação para o Campo 2 era feito por dezenas de porteadores nepaleses que levavam tudo nas costas, tendo que passar várias vezes pela Cascata de Gelo, o que tornava todo o processo muito mais perigoso.
• Moeses Fiamoncini chegou hoje em Namche Bazaar, depois de ter participado da construção do muro de escalada artificial na escola primária de Monjo. (foto abaixo)
Sobrevoando o Western Cwm, região entre o Campo 1 e Campo 2. É possível ver alpinistas atravessando grandes fendas rumo ao Campo 2. Foto: Garrett Madison
Maurizio Folini pilotando o helicóptero acima da Cascata de Gelo. Foto: Garrett Madison
Sherpas carregando o helicóptero com cordas e equipamentos de fixação. Foto: Garrett Madison
Garrett Madison com os sherpas em foto mostrando os 187 kg de lixo que foram retirados do Campo 2. Foto: Divulgação
Moeses Fiamoncini e amigos construiram uma parede de escalada na escola primária de Monjo. Foto: Divulgação
19.04.2019 - 17:20 Nepal | 08:35 Brasil
Ciclos
Rodrigo Raineri e Mauro Chies que estavam no Campo Base do Everest, hoje desceram para Lobuche onde irão escalar o Lobuche East como um primeiro ciclo de aclimatação. Como o Lobuche East tem 6.119m, seria o mesmo que eles fizessem uma subida até o Campo 1 do Everest e caminhado mais acima como sempre fazem. Mas o Lobuche East é menos perigoso do que atravessar a Cascata de Gelo duas vezes (ida e volta). Por isso hoje em dia a maioria dos alpinistas preferem fazer o 1º Ciclo de Aclimatação no Lobuche East.
Rodrigo e Mauro devem escalar amanhã o Lobuche East e voltar para o Campo Base do Everest no dia 21, no Domingo de Páscoa, para a Cerimônia Puja.
• Juarez Soares está no Campo Base do Everest há 4 dias. Ontem realizou o sua Cerimônia Puja e deve iniciar o 2º Ciclo de Aclimatação no dia 21 de abril. O planejado é subir até o Campo 1, dormir uma noite e depois subir para o Campo 2 e dormi lá também. Depois descem para o Campo Base do Everest.
• Kirstie Ennis já fez a sua Cerimônia Puja:
“Um homem sábio me disse uma vez que se você está nervoso, você não está preparado. Se você está animado, você já fez tudo o que pôde para estar preparado. Que bom que estou animada. Tudo é mais fácil quando você está se divertindo.”
Kirstie Ennis, direto do Campo Base do Everest
Mauro Chies falando diretamente do Campo Base do Everest.
Panorâmica do Campo Base do Everest. Foto: Mauro Chies
Juarez Soares já próximo do cume do Lobuche East.
Kirstie Ennis fez uma foto dos seus equipamentos essenciais para a escalada do Everest.
16.04.2019 - 17:30 Nepal | 08:45 Brasil
Campo Base
Rodrigo Raineri, Mauro Chies e Juarez Soares já estão no Campo Base do Everest.
• Moeses Fiamoncini ainda está nos arredores de Namche Bazaar:
“Olá Elias, tudo bem? Passei os últimos 3 dias buscando lugares para escalar na região de Namche. Ontem foi sensacional, encontramos umas falésias no Rio Dudh Koshi. Fizemos um hapel ao lado das duas famosas pontes suspensas entre Monjo e Namche e passamos a tarde escalando e explorando a área. Hoje desço para Monjo onde iremos dar início a um projeto social chamado “Bajo la gran montaña” É uma iniciativa dos Chilenos Juan Pablo Muhr, Mateo Lecannelier e Lucho Birkner com quem já tinha confirmado minha participação. Só estávamos esperando a autorização do Parque Nacional. Este projeto consiste na construção de um parede de escalada artificial na escola primária de Monjo e ao mesmo tempo a abertura de um novo setor de escalada esportiva em rocha logo após passar a entrada do parque nacional Sagarmatha. O projeto procura educar e ensinar uma comunidade de jovens sherpas no Nepal. Provavelmente chegarei ao campo base dia 22 de abril.”
Moeses Fiamoncini, direto de Namche Bazaar
• Kirstie Ennis está no Campo Base e ontem realizou o primeiro treinamento de travessia das escadas. Na Cascata de Gelo este ano foram colocadas 20 seções de escadas, que normalmente eles amarram duas ou até 5 escadas para fazer uma ponte e atravessar as gretas.
• Sobre o acidente com o avião da Summit Air, como só haviam os tripulantes a bordo, o co-piloto iria fazer uma decolagem de treinamento, ele posseuia 900 horas de voo. O piloto não teve tempo de assumir o controle, quando percebeu que o avião estava desgovernado.
Kirstie Annis treinando a travessia de pontes feitas de escadas.
Moeses Fiamoncini na região de Namche Bazaar.
14.04.2019 - 12:25 Nepal | 03:30 Brasil
Três mortos em acidente em Lukla
Pelo menos três pessoas morreram quando um avião da Summit Air colidiu com um helicóptero que estava estacionado durante a decolagem no aeroporto de Lukla.
O incidente ocorreu por volta das 9:10 horas, no aeroporto Tenzing-Hillary em Lukla, uma importante porta de entrada para o monte Everest. O incidente ocorreu depois que a aeronave da Summit Air com os membros da tripulação a bordo tomou um rumo errado e bateu no helicóptero que estava estacionado nas proximidades. Não havia passageiros a bordo.
Morreram no acidente o co-piloto da Summit Air, Sunil Dhungana e os sub-inspetores da policia Ram Bahadur Khadka e Rudra Bahadur Shrestha. Outras quatro pessoas ficaram feridas e foram levadas ao hospital em Katmandu. O piloto e a aeromoça da Summit Air nada sofreram.
Assista o acidente que aconteceu hoje em Lukla
Acidente hoje em Lukla.
Acidente hoje em Lukla.
Brasileiros
• Rodrigo Raineri e Mauro Chies estão em Lobuche, onde se encontraram com o Juarez Soares. Amanhã os três brasileiros seguem para o Campo Base do Everest.
• Juarez Soares escalou ontem o Lobuche East (6.119m).
• Moeses Fiamoncini continua em Lukla.
Rodrigo Raineri, Mauro Chies e Juarez Soares em Lobuche
12.04.2019 - 19:00 Nepal | 10:15 Brasil
Brasileiros
Rodrigo Raineri e Mauro Chies fizeram um dia de aclimatação subindo até o cume do Nagarjun Peak (5.000m) e amanhã seguem para Lobuche por uma rota alternativa, que não é utilizada no trekking ao Campo Base do Everest. Eles passarão pelo Kongma La Pass, chegando a 5.600m e com uma das vistas mais lindas da região.
• O brasileiro Moeses Fiamoncini desembarcou em Lukla no dia 10 de abril e agora está em Namche Bazaar onde ficará por três dias.
• Juarez Soares está em Lobuche onde fará nos próximos dias um ciclo de aclimatação subindo até o cume do Lobuche East (6.119m).
Rodrigo Raineri e Mauro Chies preparando o almoço em Dingboche (4.530m).
Mauro Chies e Rodrigo Raineri no cume do Nagarjun Peak (5.000m). Foto: Mauro Chies
Moeses Fiamoncini atravessando uma das mais clássicas pontes do Himalia, entre Mojo e Namche Bazaar.
Atravessando pela ponte suspensa o rio Dudh Koshi. Foto: Moeses Fiamoncini
Moeses Fiamoncini
Moeses Fiamoncini na fanela do seu Lodge em Namche Bazaar.
10.04.2019 - 19:40 Nepal | 10:55 Brasil
Medindo o Everest
Desde 2017 uma equipe de pesquisadores estão trabalhando para medir com mais exatidão a altitude do Everest, o ponto mais alto da Terra. Os pesquisadores estão usando o Trimble R10, desenvolvido na Califórnia. Para medir a altura da montanha, os pesquisadores estão conduzindo quatro conjuntos de pesquisas: nivelamento preciso, nivelamento trigonométrico, levantamento por gravidade e levantamento GNSS, cobrindo 285 pontos com 12 diferentes estações de observação. A maioria das medições já foram realizadas, agora em 2019 eles farão a medição final no cume do Everest. O custo do projeto é estimado em US$ 2.5 milhões.
“A combinação dessas pesquisas vai nos fornecer uma precisão centimétrica do Everest”
disse Susheel Dangol, Chief Survey Officer of the Everest Height Measurement Secretariat
A divulgação da nova medição do Everest deve acontecer no início de 2020. Mas será muito estranho descobrir que provalvemente o Everest não mede mais os 8848 metros.
08.04.2019 - 19:40 Nepal | 10:55 Brasil
Brasileiros
Rodrigo Raineri e Mauro Chies chegaram a Namche Bazaar (3.400m). Namche normalmente é o lugar ideial para um ciclo de aclimatação. Eles ficam um dia a mais no vilarejo e neste dia sobem até o hotel Everest View de onde se tem uma vista espetacular do Vale Khumbu com o Ama Dablan ao lado direito e o Everest ao fundo. A caminhada segue até o vilarejo de Khumjung (3.970m), onde tem uma escola fundada por Edmund Hillary, que junto com o sherpa Tenzing Norgay foram os primeiros a escalar o Everest no dia 29 de maio de 1953. A escola foi fundada em 1961. O dia termina com a volta para pernoite em Namche Bazaar e assim eles completam a máxima de um ciclo de aclimatação: Sobe alto e dorme baixo.
Capixabas
Não recebi confirmação do Juarez Soares, mas pelo programado é para ele fazer o pernoite hoje no vilarejo Pangboche (3955m). Nessa região o Vale Khumbu é difícil o sinal de celular.
Moeses
O brasileiro Moeses Fiamoncini chegou hoje a Katmandu.
Rodrigo Raineri, Julio Blander e Mauro Chies na netrada do Parque Nacional de Sagarmatha. Foto: Mauro Chies
A primeira vista do Everest. Foto: Mauro Chies
Os yakes transportam os euipamentos dos alpinistas para o Campo Base do Everest. Foto: Mauro Chies
Chegada a Namche Bazaar. Foto: Mauro Chies
Namche Bazaar vista do alto. Foto: Mauro Chies
Chegada do Moeses Fiamoncini no aeroporto de Katmandu.
07.04.2019 - 19:40 Nepal | 10:55 Brasil
Alexandre Haigaz
Faltando poucos dias para embarcar para o Nepal, o brasileiro Alexandre Haigaz cancelou a sua expedição devido a enfermidade de um ente querido. Com a mudança de planos, Alexandre deve escalar o Everest em 2020 com o seu amigo e guia Carlos Santalena.
Progresso dos brasileiros
• Rodrigo Raineri e Mauro Chies fizeram o primeiro dia de caminhada de Lukla até Monjo, um vilarejo bem próximo do início da subida para Namche Bazaar, onde devem chegar amanhã.
• Juarez Soares está em Tengboche, um dos mais pitorescos vilarejos da trilha ao Campo Base do Everest. É pequeno, tem bons lodges, uma bela vista do Everest, um lindo monastério e até um pequeno campo de futebol, onde os monges adoram jogar bola com os estrangeiros, e levam uma boa vantagem, pois o vilarejo está a 3.867m metros de altitude e eles estão acostumados a viver nessa altitude, que para um estrangeiro falta fôlego só de caminhar. Uma das particularidades mais importantes é que Tengboche está envolto de um pequeno bosque. Um dos últimos resquícios de vegetação do vale.
Mais notícias
• Doctors Falls abriram a via pela Cascata de Gelo usando pelo menos 20 lances de escadas de alumínio.
• O Ministério do Turismo do Nepal divulgou um comunicado a imprensa informando que até o momento foram emitidas 180 licenças de escalada para o Everest, isso dividido em 18 agências, que soma quase 2 milhões de dólares ao governo em royalties. Esses números são apenas para o Everest.
• Esse é um final de semana de mal tempo no Vale Khumbu. No Campo Base do Everest a temperatura deve chegar a -18ºC.
Rodrigo Raineri - clique em HD para assistir com melhor qualidade
06.04.2019 - 19:40 Nepal | 10:55 Brasil
Em Lukla
A pista do aeroporto de Katmandu está em reforma e por isso a maioria dos voos estão saindo de Ramechhap, uma cidade a 5 horas de distância. Mas as decolagens de helicópteros continuam sendo feitas no Aeroporto de Katmandu e foi a saída que Rodrigo, Mauro e Julio encontraram para voarem até Lukla.
Os três brasileiros já estão em Lukla, onde ficarão essa noite e amanhã partem para Namche Bazaar.
Mauro Chies
Julio Blander, Mauro Chies e Rodrigo Raineri em Lukla, após voo de helicóptero.
A famosa pista do aeroporto de Lukla. Foto: Mauro Chies
Rodrigo Raineri e Mauro Chies no lodge em Lukla. Foto: Mauro Chies
Paradise Lodge em Lukla. Foto: Julio Blander
03.04.2019 - 19:40 Nepal | 10:55 Brasil
Mais um brasileiro rumo ao topo do mundo
O paranaense de Rio Negro, Moeses Fiamoncini, 39 anos, chegará ao Nepal no dia 8 de abril para a sua tentativa de Travessia Everest-Lhotse, sem o uso de oxigênio suplementar.
Até hoje nenhum brasileiro fez a escalada dupla do Everest e Lhotse em apenas um ataque (Everest-Lhotse Traverse). Waldemar Niclevicz é o único brasileiro que escalou o Lhotse (8.516m), em 05 de outubro de 2002.
Entre os brasileiros, apenas Vitor Negrete chegou ao cume do Everest sem o uso de oxigênio suplementar, mas faleceu na descida, provavelmente por HAPE e HACE, no dia 19 de maio de 2006, na face norte.
Moeses Fiamoncini no cume do Manaslu (8.163m), no dia 25 de setembro de 2018.
Juarez Soares
Juarez já conquistou 5 dos 7 cumes (Kilimanjaro em 2002, Aconcágua em 2004, Elbrus em 2008, Vinson em 2011 e Carstensz em 2013). Em 2014 ele esteve no Denali, mas devido ao mal tempo não chegou ao cume.
Outros dois capixabas acompanharão Juarez até o Campo Base do Everest, Guiliano Martins e Cesar Saade.
Da esquerda para direita: Giuliano, Cesar e Juarez Soares
Kirstie Ennis
Todos os anos procuro incluir na cobertura do Everest os alpinistas profissionais e outros que estão realizando grandes projetos pessoais, como a americana Kirstie Ennis, 28 anos. Ela sofreu um acidente de helicóptero (Sikorsky CH-53) no Afeganistão, em 2012, durante uma operação do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (US Marine Corps). Ela perdeu parte da perna esquerda e desde então tem lutado para levar uma vida normal. Mas como ela mesmo diz, "Hoje com uma perna só, faço muito mais coisas de quando tinha as duas pernas". Kirstie tem um fundação, sem fins lucrativos, dedicada a melhorar a qualidade de vida de indivíduos e de famílias, em trabalhos com educação ao ar-livre. Ela também é porta-voz da organização sem fins lucrativos, Homes for Heroes.
Entre agosto e novembro de 2015, Kirstie se juntou a 5 ex-soldados Britânicos e caminharam durante 72 dias as 1.000 milhas da famosa Walk of Britain, passando pelos picos mais altos na Escócia, Inglaterra e País de Gales e marcos como o Lago Ness e a Catedral de Hereford.
Kirstie tem como projeto realizar o Explorer Grand Slam, que consiste em escalar os 7 Cumes e chegar ao Polo Sul e Polo Norte. Ela já escalou o Kilimanjaro e o Carstensz. Em 2018 esteve no Denali mas não fez cume. Em 2018 concluiu o Mestrado de Administração Pública.
Kirstie Ennis já está em Lukla e acompanharemos a sua escalada durante toda a temporada.
Kirstie Ennis
01.04.2019 - 17:37 Nepal | 08:52 Brasil
Todos chegando
O início de abril marca em definitivo a chegada dos alpinistas de todas as partes do mundo à Kathmandu. É comum encontrar os mais famosos alpinistas e guias pelas ruas e cafés da Thamel, o bairro mais famoso e onde é possível comprar de tudo para a sua expedição.
A poluída capital do Nepal, vira a capital mundial da aventura nestes dias. O trânsito que normalmente já é caótico, fica ainda pior, com tantos carros, vans e scooters circulando. As buzinas não param, carros custurando o trânsito e fazendo retorno no meio da via é comum. As vacas, que são consideradas animais sagrados, andam no meio das avenidas com a maior naturalidade, deixando o trânsito ainda mais complicado e os turistas de boca aberta.
Dentro de no máximo uma semana todos farão o voo e pouso no aeroporto mais perigoso do mundo, em Lukla (2.840m), o ponto inicial da trilha para o Campo Base do Everest.
Doutores da Cascata de Gelo
Os "Doctors Falls" já concluiram a abertura da via até o Acampamento 1 (5.900m), com a instalação das cordas e escadas na temida Cascata de Gelo. Os trabalhos estão adiantados, o que possibilitará aos alpinistas que chegarem ao Campo Base, já realizarem o primeiro ciclo de aclimatação, que normalmente é a subida até o Acampamento 1.
Rodrigo Raineri e Mauro Chies
Rodrigo Raineri e Mauro Chies já estão no Nepal. Depois de alguns dias em Kathmandu acertando os últimos detalhes da logistitica da expedição, com as últimas compras de equipamentos e alimentos, eles despacharam tudo para com destino a Lukla e depois para o campo base do Everest, que vai ser transportado tudo pelos iaques e porteadores.
Os alpinistas aproveitaram para visitar alguns pontos turísticos e sagrados em Kathmandu e depois embarcaram para Pokara, para praticar "hike and fly".
Rodrigo Raineri e Mauro Chies contemplando a stupa Boudhanath. Foto: Julio Blander
Boudhanath é uma das maiores stupas Budista, tem 36 metros de altura. Foto: Julio Blander
Kathmandu. Foto: Julio Blander
Despachando os equipamentos para o Campo Base do Everest. Foto: Julio Blander
Encontro com Lakpa Sherpa. Foto: Julio Blander
Vista do Annapurna na chegada a Pokara. Foto: Julio Blander
25.03.2019 - 19:45 Nepal | 11:00 Brasil
Rodrigo Raineri
Rodrigo Raineri partiu neste domingo, dia 24 de março, para o Nepal. O Projeto Everest 2019 vai ser dividido em 5 fases: a primeira delas é a chegada à cidade de Catmandu no Nepal, seguindo para a cidade de Pokara para a realização de vários vôos de treinamento de parapente. Na segunda fase, Raineri fará um trekking de aproximadamente dez dias até a base do Monte Everest, pela face sul. A terceira fase do projeto engloba a etapa de aclimatação, quando o alpinista sobe e desce parte da montanha várias vezes para a adaptação do corpo à altitude e também uma etapa de descanso numa área mais baixa com menor altitude. Na quarta fase do projeto, que é a etapa de maior expectativa, o alpinista fará o ataque ao cume do Everest e o vôo solo inédito de parapente. E na quinta e última fase, Raineri encerra a expedição e retorna ao Brasil.
“Um dos objetivos do Projeto Everest 2019 é divulgar e incentivar a prática da escalada esportiva, que passa a ser oficialmente considerada um esporte olímpico nos Jogos de Tóquio em 2020. Além disso, sou adepto e praticante da modalidade Hike and Fly, e a realização do vôo solo inédito de parapente na montanha mais alta do mundo é algo que sempre sonhei em colocar em prática para superar novos limites e dificuldades”,
conta o alpinista Rodrigo Raineri
Especialista em conduzir e orientar pessoas que sonham em se desafiar na prática do montanhismo, Raineri já liderou expedições para o Monte Everest (três vezes no cume até o momento), localizado entre o Nepal e o Tibet na Ásia e conhecida como a maior montanha do mundo e de extrema dificuldade (8.848m); para o Aconcágua na Argentina (seis vezes no cume), que além de ter guiado diversas expedições pela sua rota normal, também escalou em pleno inverno e pela desafiadora Face Sul (6.962m); para o Denali no Alasca, também conhecido como McKinley (6.194m), o Kilimanjaro (duas vezes), cercado pelas belezas naturais da Tanzânia (5.895m); para o Maciço Vinson na Antártica (4.892m), para o selvagem e remoto Carstensz na Oceania, que coloca a expedição em contato com tribos preservadas (4.884m) e por fim, para o Monte Elbrus (5.642m) na Rússia.
O Projeto Everest 2019 conta com o patrocínio master do CPqD e patrocínios da 4BIO, BR3 Engenharia, Destinos Inteligentes, Clínica Visão e Guilherme Benchimol. Apoio da Cia Athletica, Thule, Instituto Trata Campinas, Feinkost, Solo Equipamentos, Spa Lapinha, Sol Paragliders, Daniel Cady Nutrição Personalizada e ABP (Associação Brasileira de Parapente). A realização do projeto é de Raineri Consultoria & Projetos Especiais.
Julio Blander (cinegrafista), Rodrigo Raineri e Mauro Chies no momento do embarque.
13.03.2019 - 16:00 Nepal | 07:15 Brasil
Vai começar
Vai começar a temporada 2019! Pelo 14º ano consecutivo o Extremos fará a Cobertura Online das expedições ao Everest, sempre com o foco nas expedições dos brasileiros e dos principais alpinistas mundiais.
Obrigado a todos vocês que sempre acompanham, aproveite e compartilhem, avisem os amigos e fiquem a vontade paa fazer perguntas. As que eu souber responder, faço isso imediatamente no mural de recados, mas que eu não souber, levarei para os alpinistas brasileiros responder por texto ou mesmo via Podcast.
A maioria dos alpinistas devem chegar ao Nepal entre a última semana de março e a primeira semana de abril.
RODRIGO RAINERI que já escalou o Everest três vezes (2008 - 2011 - 2013), esse ano volta para tentar decolar do cume de paraglider. Rodrigo também já escalou os Sete Cumes.
MAURO CHIES que já escalou quatro montanhas do projeto Sete Cumes: Aconcágua, Denali, Elbrus e Kilimanjaro. Este ano fará a sua primeira tentativa de escalar o Everest.
Em breve divulgarei mais brasileiros que irão escalar o Everest neste ano.
Doctor Falls
Os Doutores da Cascata de Gelo fizeram hoje a Cerimônia Puja e a partir de amanhã estarão liberados para o início das instalações das cordas e escadas, que sempre começa pela parte mais difícil: encontrar o melhor caminho na Cascata de Gelo até o Campo 1.
Números de 2018
O "The Himalayan Database" atualizou os números de 2018 e com isso um novo recorde foi estabelecido: 809 pessoas escalaram o Everest em uma única temporada. O mais impressionante é que pulou do recorde de 667 em 2013, para 809 em 2018.
Existe uma explicação lógica para isso: Em 2015 houve o grande terremoto e a temporada foi cancelada, então o governo do Nepal estendeu o uso do permite daquele ano para ser usado até 2018. Muitos alpinistas usaram o permite em 2016 e 2017, mas a grande maioria deixou para usar em 2018.
Mortes
Como sempre destaco, o número de mortes no Everest é muito pequeno, se mantém nos padrões dos anos 90, mas naquela época os números de cumes não passavam de 150 e hoje em dia a média é de mais de 600 cumes por ano. Mas também é claro que se acontece alguma tragédia, os números serão maiores, pois há mais pessoas escalando. Podemos ver isso nos anos de 2014 e 2015.
Por mais que o número de mortes por ano seja baixo, me assusta pensar que em um pequeno grupo de pouco mais de 1.000 pessoas que estarão trabalhando e escalando no Everest em 2019, pelo menos cinco não voltarão para casa.
CUMES X MORTES - Infográfico: Elias Luiz | Extremos
O mais impressionante deste infográfico é que a média de 5 mortes ao ano se matêm desde a década de 90. Em contrapartida que o total de cumes aumentou em 600%. Isso mostra como a cada ano está mais seguro escalar o Everest. O resultado disso é toda infraestrutura armada e principalmente pela melhora nas previsões do tempo, onde hoje em dia as agências escolhem o melhor dia de ataque ao cume semanas antes e com chance quase zero de erro.
CUMES: FACE NORTE X FACE SUL - Infográfico: Elias Luiz | Extremos
Fica claro que até 2007 a Face Norte era a principal, onde as maiores agências estavam. Em 2008, ano das Olimpíadas em Pequim, a China fechou a Face Norte apenas para que uma equipe chinesa chegasse ao cume com a Tocha Olímpica. Isso obrigou as agências a mudarem para a Face Sul (Nepal) e onde permanecem até hoje, devido a instabilidade do governo chinês com as licenças de escalada a cada ano. O recorde de 563 alpinistas na face sul do Everest em 2018 se deu porque foi o último ano que os alpinistas poderiam utilizar o permite de 2015, ano do terremoto e avalanche, onde foram suspensas as escaladas e os premites prorrogados.
FACE SUL: CUMES X JANELAS - Infográfico: Elias Luiz | Extremos
A maior diferença para este ano é que tivemos apenas uma longa janela de cume. Enquanto nos outros anos foram duas janelas e as vezes até três janelas de cume. Mas a quantidade de dias de cume se manteve parecido com os anos anteriores.