Sete dias no Tibet
da redação: Elias Luiz
18 de outubro de 2010 - 20:02
 
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  • Foto: Elias Luiz
    Nosso grupo imitando uma cena do filme "A Praia". Foto: Elias Luiz
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    O Potala Palace no centro de Lhasa, Tibet." Foto: Elias Luiz
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    Mais um oito mil em nosso caminho, o Shishapangma de 8.027m, a 14ª montanha mais alta do mundo." Foto: Elias Luiz
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    Nossa primeira vista do Everest na Face Norte" Foto: Elias Luiz
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    Na Face Norte o Everest é muito mais impotente" Foto: Elias Luiz
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    O Everest bem ao lado direito da minha cabeça" Foto: Elias Luiz
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    Comércio de carne em Tingri, um dos vilarejos mais próximo do Acampamento Base do Everest." Foto: Elias Luiz
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    Na estrada do Everest. Nossa última visão do Everest." Foto: Elias Luiz
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    UM chinês que encontramos em um dos Pasos, ele estava pedalando de Lhasa e iria até o acampamento base do Everest." Foto: Elias Luiz
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    Uma tibetana visitando um mosteiro" Foto: Elias Luiz
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    As postas de um mosteiro tibetano" Foto: Elias Luiz
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    Os monges preparando uma escultura com farinha e água." Foto: Elias Luiz
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    Um dos maiores mosteiros que visitamos" Foto: Elias Luiz
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    Tibetanos fazendo prostações em frente a um dos mosteiros mais visitados em Lhasa, acima ao lado direito podemos avistar o Potala Palace." Foto: Elias Luiz
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    Tibetana bebendo água de um dos três lagos mais sagrados do Tibet, o Lago Yangzhuoyongcuo." Foto: Elias Luiz
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    Nosso grupo posando para mais uma foto" Foto: Elias Luiz
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    Os monges tibetanos fazendo uma oração a beira do sagrado Lago Yangzhuoyongcuo" Foto: Elias Luiz
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    Uma família tibetana em uma foto de recordação para eles, já habituados com máquinas digitais." Foto: Elias Luiz
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    Yangzhuoyongcuo,é a palavra tibetana para "lago dos cisnes", é um dos três lagos sagrados no Tibet. Está a 4.441m acima do nível do mar, tem 130 km de extensão de leste a oeste e 70 metros de largura de norte a sul, e uma profundidade de 20-40m. Yangzhuoyongcuo também é o maior habitat de aves aquáticas no sul do Tibet. " Foto: Elias Luiz
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    Chegando em Lhasa" Foto: Elias Luiz
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    Uma bela moça tibetana." Foto: Elias Luiz
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    Vista do alto do Potala Palace, onde avistamos o centro de Lhasa." Foto: Elias Luiz
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    Infelizmente a bandeira no topo do Potala Palace é a chinesa." Foto: Elias Luiz
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    Um dos anexos próximo ao topo do Potala Palace." Foto: Elias Luiz
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    A volta de Lhasa para Kathmandu foi de avião e passamos muito próximos ao Everest." Foto: Elias Luiz
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Nosso grupo imitando uma cena do filme "A Praia". Foto: Elias Luiz

 
31º DIA  

Lhasa / Tibet
Depois do Trekking ao Acampamento Base do Everest eu tinha várias opções a escolher como próximo destino e acabei escolhendo conhecer o planalto tibetano. Uma viagem de 5 dias até a sua capital, Lhasa. Como qualquer outra pessoa a minha curiosidade em conhecer este "país" onde o Dalai Lama foi obrigado a abandonar era grande.

Eu e mais 14 pessoas partimos em um micro-ônibus para o Tibet, o grupo era composto de alguns belgas, duas israelenses, um espanhol e somente eu de brasileiro.

Após a burocrática travessia da fronteira, já começamos a sentir que não estamos no Tibet, mas sim em um país dominado pela China. A policia chinesa está em toda parte, os check-points são constantes para verificarem o passaporte e o limitado visto oficial chines, que só vale para o roteiro oferecido. As construções também tem um estilo moderno e vai ganhando espaço a cada dia que viajamos, enquanto as áreas dos vilarejos destinados aos tibetanos continuam em estado precário. Tanto aqui como no Nepal não existe água encanada, ficando ela destinada apenas aos hotéis em que hospedamos. A sujeira e a precariedade de condição de vida chega a incomodar. Mas aparentemente para eles, esse é o mundo que eles conhecem, nunca viveram de forma diferente e a pergunta que uma belga me fez foi pertinente:

- Elias, você acha que eles são felizes - perguntou a belga Marie

- Acredito que sim - respondi mesmo relutante - eles são naturalmente pessoas simpáticas e alegres, adoram ver turistas e não pensam duas vezes em posar para uma foto e não é costume deles pedir dinheiro por causa disso. Na verdade é a simpatia deles e a beleza natural da região que atrai tanto nós turistas.

- Humm - Marie fita o vazio por um momento - eu acho que eles não são felizes, eles não tem muitas escolhas e acabam fazendo as coisas praticamente por obrigação.

Mas uma coisa é verdade, é um povo trabalhador, imensamente simpático e religioso.

Quanto a beleza natural, cada dia é mais surpreendente, atingimos o ponto mais alto da viagem chegando aos 5.248m de altitude em Gyaltso la Pass. No 2º dia avistamos a face norte do Everest e aqui sim ele é visualmente a maior de todas as montanhas a sua volta, é imponente e causa alvoroço e admiração entre todos nós. A cordilheira do Himalaia se estende graciosamente a nossa frente e também é possível avistar o Cho Oyu com seus 8.201m. Diferente do lado nepales - face sul - onde você precisa caminhar por 10 dias entre o vale até chegar a base do Everest e lá ele fica praticamente escondido atrás de outras montanhas, aqui no Tibet é possível avistá-lo em todo seu esplendor e é possível chegar ao acampamento base de 4x4.
O constante visual árido e estéril ganha vida no último dia de viagem, como um presente de despedida desses dias em meio o planalto tibetano, surgem lagoas em tons de verde e azul.

A chegada a Lhasa causa admiração e espanto, a capital do Tibet é grande e está em franco desenvolvimento, há grandes lojas de todas marcas de carros, as avenidas são largas, outdoor da Red Bull e Coca-Cola estão por todas as partes, não há quem não tenha um celular, construções e prédios modernos, e em meio a tudo isso está o Potala Palace, monastério onde o Dalai Lama vivia e que agora em seu topo tremula a bandeira da China.

- Que país é este? - já dizia o Legião Urbana.

 
 
 
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