Dia de Caminho de Santiago na Estrada Real
da redação, Texto: Rafael Duarte - Fonte: Blog Miramundos - O Globo
26 de abril de 2012 - 10:40
 
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  • Equipe vai percorrer a Estrada Real
    2º dia de Expedição Foto: Flavio Forner / Miramundos
  • Mapa da Estrada Real - de Parati até Diamantina
    2º dia de Expedição" Foto: Flavio Forner / Miramundos
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    Todas as noites os animais vem comer pedaços de carne deixados pelos padres, uma tradição local que já dura 30 anos" Foto: Flavio Forner / Miramundos
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2º dia de Expedição Foto: Flavio Forner / Miramundos

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O que parecia ser um dia tranqüilo para equipe no aspecto esportivo, com expectativa de apenas 20km de pedal, se revelou uma jornada mágica com diversos elementos vividos por nós em 2009, no Caminho de Santiago. Estamos neste momento no Santuário do Caraça, um dos lugares mais especiais e místicos de toda a Estrada Real. Não é à toa que foi eleita uma das sete maravilhas de todo o trajeto. O santuário é um complexo construído em 1774. Por muitos anos funcionou como um colégio, fundado pelo lendéario Irmão Lourenço. Hoje o espaço reúne igreja, museu e pousada, é Unidade de Conservação e rota de peregrinação. Aqui ficamos alguma horas nesta noite à espreita de um dos grandes espetáculos daqui: os lobos guarás.

Todas as noites os animais vem comer pedaços de carne deixados pelos padres, uma tradição local que já dura 30 anos e que já chegou à terceira geração dos caninos. Enquanto Jaime e eu estávamos fora, os fotógrafos Flavio Forner e Daniel Ramalho conseguiram presenciar outros dois lobos antes do que conseguimos ver no tão esperado momento em que eles vem até a bandeja posicionada no centro do pátio para abocanhar algum pedaço de carne e voltar sorrateiramente para a mata.

“É muito impressionante. Quando o lobo chega, todo mundo fica naquele silêncio respeitoso. Aí o bicho, imponente, entra. Circula a bandeja, pega a carne sai elegantemente com a comida na boca”, descreveu Daniel. Forner teve que tomar cuidado para não espantar o animal. “O lobo é muito desconfiado, apesar de estar acostumado a comer aqui. Ele vem rápido, pega uma ou duas carnes, e vai embora. Mas consegui chegar bem perto dele e fazer boas fotos”, contou Forner.