Em 2009, Kelly Piquet, filha do lendário piloto Nelson Piquet e da ex-modelo holandesa Sylvia Tamsma, protagonizou uma história de coragem e autodescoberta. Nascida na Alemanha e vivendo entre Nova York e Brasil, Kelly sempre foi uma cidadã do mundo, mas foi uma experiência há 15 anos, na África, que expandiu seus horizontes e transformou sua vida.
Aos 20 anos, com o espírito independente e uma vontade de fazer a diferença, Kelly embarcou numa jornada voluntária que, segundo ela, "expandiu suas fronteiras para muito além" das viagens frequentes entre Holanda, EUA e Brasil. Ela cursava relações internacionais e economia no Marymount Manhattan College, e seu interesse em questões globais a inspirou a procurar uma ONG onde pudesse ajudar diretamente. Depois de muita pesquisa, ela encontrou a Cross Cultural Solutions, uma organização ligada às Nações Unidas, que oferecia um programa em Bagamoyo, na Tanzânia, dedicado a crianças carentes.


Foi uma batalha convencer os pais de que ela estava pronta para essa jornada solitária e, sinceramente, alguns amigos e familiares acharam que ela não duraria uma semana na África, considerando as condições bem diferentes de suas outras viagens. Mas, com a mochila cheia de giz de cera para as crianças e o coração cheio de expectativas, Kelly partiu para Bagamoyo, onde passou 25 dias ensinando inglês e ajudando num orfanato local. Ela viveu uma experiência intensa, compartilhando um espaço simples com outras voluntárias e conhecendo de perto uma realidade marcada pela resiliência e esperança, mesmo em meio a tanta pobreza.
Na volta a Nova York, Kelly comentou o impacto daquela viagem: “Ver de perto uma pobreza que eu nunca teria testemunhado de outra forma me fez repensar muita coisa. A lição mais valiosa foi valorizar o que tenho e a família que me apoia”, disse.
Após essa experiência transformadora, ela decidiu enfrentar outro desafio: escalar o Kilimanjaro, a montanha mais alta da África, com quase 6 mil metros de altitude. “Fui sozinha, carregando uma mochila com o essencial e muita força de vontade”, contou. Foi uma subida extenuante, enfrentando temperaturas frias, dificuldades respiratórias e isolamento total. Mas a chegada ao cume, com o nascer do sol de um lado e a lua cheia do outro, foi um momento de realização. "Foi impossível segurar as lágrimas", lembra.
Hoje, Kelly Piquet continua com o mesmo espírito aventureiro e independente que a levou até a Tanzânia. Aos 35 anos, ela vive em um universo completamente diferente: é uma das mulheres mais conhecidas no circuito da Fórmula 1 e, desde 2020, namora Max Verstappen, o piloto holandês que está prestes a se tornar tetracampeão mundial pela Red Bull Racing. Kelly, que também trabalhou no marketing da Fórmula E, agora divide seu tempo entre viagens ao redor do mundo, apoiando Max nas pistas e compartilhando sua vida e interesses com milhões de seguidores nas redes sociais. Como mãe da pequena Penélope, fruto de um relacionamento anterior com o piloto Daniil Kvyat, ela equilibra a maternidade com sua carreira e o relacionamento com Verstappen.
Mesmo que as jornadas sejam bem diferentes, Kelly continua demonstrando a força e resiliência que a levaram ao Kilimanjaro e à Tanzânia. Seu apoio a Max nas corridas e a forma como lida com os desafios de criar uma filha e manter uma carreira pública mostram que a determinação que a fez enfrentar a escalada do Kilimanjaro continua viva. Para Kelly, a vida é uma série de desafios, e ela parece estar sempre pronta para enfrentá-los, seja numa aldeia da Tanzânia, numa escalada, ou no glamouroso e competitivo mundo da Fórmula 1 ao lado de Max Verstappen.
PERGUNTA
Você sabia que a Kelly Piquet tinha escalado o Kilimanjaro?