Os dados de 2023 do International Shark Attack File da Universidade da Flórida revelaram que o ano passado não foi bom para os humanos em relação aos tubarões. Das 120 investigações de ataques, 69 foram consideradas "não provocadas". Dez desses ataques não provocados foram fatais. Isso duplica o número de fatalidades de 2022. Note que outras quatro interações fatais foram julgadas como provocadas.
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Fatalidades mais altas, mas número de mordidas semelhante
As 10 fatalidades não apenas dobraram em relação ao ano anterior, mas também excederam a média global anual de cinco anos de seis fatalidades não provocadas por ano.
No entanto, o número de mordidas não provocadas em todo o mundo estava em linha com a média de cinco anos. Então, por que tantas mortes a mais?
Os pesquisadores sugerem duas possíveis razões: variação anual aleatória ou o aumento do número de tubarões brancos perto de praias populares para surfe, especialmente na Austrália.
De fato, quatro das 10 mortes ocorreram na Austrália, e surfistas sofreram 42% dos 69 ataques não provocados. As quatro mortes na Austrália se destacam porque vieram de apenas 15 ataques. O Australian Shark Incident Database, com dados desde 1791, registra uma média de uma fatalidade por ano na Austrália, então este é um salto significativo. Especialistas atribuíram três das mortes a tubarões brancos e uma a um tubarão touro.
No entanto, foi nos Estados Unidos que liderou o mundo em ataques não provocados totais, com 35 do total mundial de 69. Felizmente, os 35 ataques resultaram em apenas duas mortes. Isso está em linha com o ano passado, quando os Estados Unidos novamente lideraram o mundo com 41 ataques.
Ataques ainda muito raros
Os pesquisadores dizem que a maioria dos ataques foram "mordidas de teste", com os tubarões confundindo as pessoas (principalmente surfistas) com sua presa. Mesmo que os tubarões geralmente saiam após uma mordida de teste, a força do ataque ainda pode resultar em morte.
Mas o relatório destaca que as mordidas de tubarão são incrivelmente raras. "O número total de mordidas de tubarão não provocadas no mundo permanece extremamente baixo", afirma o relatório.
Para contextualizar os números, os humanos matam aproximadamente 100 milhões de tubarões por ano, ou cerca de 6,4% a 7,9% de todas as espécies de tubarões globalmente. Um número insustentável.
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