Brasileiro Rodrigo Raineri planeja decolar do Everest de parapente
da redação: Elias Luiz
18 de março de 2013 - 15:43
 
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    Rodrigo Raineri pretende decolar do cume do Everest Foto: Divulga��o
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    Rodrigo Raineri durante coletiva de imprensa que aconteceu hoje, dia 19, em Campinas. " Foto: Divulga��o
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    Everest (8848m). " Foto: Divulga��o
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Rodrigo Raineri pretende decolar do cume do Everest Foto: Divulga��o

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Entre abril e maio de 2013, o alpinista Rodrigo Raineri escalará o Everest e, caso consiga chegar ao cume, será o único brasileiro a fazer isso três vezes. Mas ele quer mais. Se, literalmente, os ventos forem favoráveis, Rodrigo Raineri se tornará o primeiro ser humano a fazer um vôo solo de parapente do topo até a base da montanha.

“Apenas três vôos de parapente foram realizados até hoje do cume da montanha, mas nenhum deles nesta extensão e com uma única pessoa. No primeiro vôo solo realizado, o alpinista pousou no acampamento 2, a meio do caminho do acampamento base, e as duas que tiveram sucesso no percurso do topo à base foram vôos duplos. Com muito planejamento, segurança e, claro, condições ideais de clima, estou certo que serei o primeiro”, diz o alpinista de 43 anos nascido em Ibitinga (SP) e radicado em Campinas.

O início da expedição está marcado para o final de março, com uma parada para treinamentos na Cordilheira do Himalaia antes da subida em si. “Vou treinar os vôos por lá antes de iniciar a escalada para o Everest”, explica Rodrigo, que concluiu o curso de piloto de parapente em 2006 e fez seu primeiro vôo solo em 2007, um ano antes de atingir o cume do Everest pela primeira vez – o alpinista chegou ao topo da montanha em 2008 e novamente em 2011, além de tê-la escalado também em 2005, quando retornou a menos de 50 metros verticais do cume, e 2006.

“Quando atingi o pico em 2011 também cheguei a planejar o vôo, mas não havia visibilidade para pousar em segurança. Para fazer a descida é preciso que a velocidade do vento esteja entre 15 e 30 km/hora. Com menos que isso você não decola e com mais o risco é demasiado grande”, conta.

A subida rumo ao pico será iniciada em 1º de abril. Serão 20 dias para chegar ao acampamento base e outros 30 para aclimatação e montagem de acampamentos de apoio. Depois disso, outros 15 para a investida final. “O ataque ao cume será feito durante à noite, de modo que pela manhã, no horário local, devo realizar a decolagem. Se tudo der certo, será por volta da meia noite aqui no Brasil. A descida é muito rápida, em cerca de meia hora. Pelo ar rarefeito, a velocidade final aumenta muito”, pontua.

O cume do Everest – localizado na cordilheira do Himalaia entre o Tibet (China) e o Nepal – fica a uma altura de 8.848 metros e o pouso será em Gorak Shep, a 5.100 metros de altitude. Acompanhado de uma equipe na qual haverá mais brasileiros e pelo menos três sherpas, Rodrigo estará munido de diversas câmeras até mesmo encaixadas em roupas e equipamentos, o alpinista pretende filmar toda a descida.

“São várias câmeras não só para ter mais visões como também para garantir imagens, porque não há como saber se todas elas resistirão à temperatura, que em um dia normal na hora do ataque ao cume deverá estar variando entre 25 e 30 graus abaixo de zero. Também tenho um aparelho de GPS que mede a velocidade de vôo e um GPS no relógio, por segurança”, diz.

Segurança, por sinal, é a palavra chave para Rodrigo Raineri. Toda a expedição foi planejada detalhadamente. A data de descida, inclusive, foi calculada para coincidir com os últimos dias “mais quentes e bom clima” na montanha, no final da primavera local. “Há mais de 19 anos trabalho como profissional de esportes de aventura e planejamento e segurança são fundamentais para o sucesso de projetos como esse”, enfatiza Raineri, que também é empresário, palestrante e escritor.

Você poderá acompanhar toda a expedição pela cobertura Online do Extremos. Aguardem!