As cinzas vindas do vulcão chileno Puyehue, que entrou em erupção no sábado, já pararam de cair, mas continuam afetando a cidade argentina de Bariloche neste domingo (5), provocando transtornos aos moradores e mantendo fechado o aeroporto local, informaram autoridades regionais.
"Uma leve garoa tem ajudado a evitar o voo das cinzas", disse neste domingo no prefeito de Bariloche, Marcelo Cascon.
A nuvem de cinzas chegou a Bariloche ainda no sábado e cobriu toda a cidade e zonas rurais próximas.
"Estamos tentando evitar a circulação de carros e pedimos que as pessoas permaneçam em suas casas com as portas e janelas fechadas para evitar a entrada das cinzas", disse o secretário de Comunicação de Bariloche, Carlos Hidalgo, ao canal de TV local, TN.
Segundo Hidalgo, houve uma "forte queda de cinzas como se fosse uma nevada, que deixou a cidade toda cinza".
O vulcão chileno fica a 100 km de Bariloche e, segundo fontes argentinas, também foram afetadas localidades próximas, como a Villa La Angostura, que faz fronteira com o Chile.
Bariloche, que possui 50.000 habitantes, recebe anualmente milhares de turistas estrangeiros atraídos por lagos e paisagens montanhosas, sendo que no inverno as atrações principais são as pistas de esqui.
O vulcão Puyehue, de 2.240 metros de altitude, fica no lado chileno da Cordilheira dos Andes. Sua última grande erupção ocorreu em 1960, ano em que aconteceu nessa zona um terremoto de magnitude 9,5, o mais forte registrado até agora no mundo todo. |