Extremos
 
Seis alpinistas morrem no maciço do Mont Blanc
 
Fonte: Desnivel e BBC News
14 de agosto de 2014 - 11:01
 
Foto a partir do Col do Balme a 2.191m, a divisa entre Suíça e França, com vista para o vale onde se encontra algumas comunas como Argentière e Chamonix. Foto: Elias Luiz
 

Equipes de resgate encontraram os corpos de cinco alpinistas que estavam desaparecidos no Mont Blanc, a montanha mais alta dos Alpes. As buscas por um sexto escalador, provavelmente o guia, continuam.

O paradeiro das seis pessoas, era desconhecido desde terça-feira, quando o grupo saiu para escalar a Aiguille d'Argentière, como prova final de um curso de alpinismo de duas semanas.

Os guardas do refúgio Argentière foram os que deram o alarme e acionaram o pelotão de Resgate de Alta Montanha (PGHM) de Chamonix, era 17h do dia 12 de agosto. O grupo não havia retornado como previsto do tempo habitual da escalada, que era por volta das 14h as 16h. Haviam partido do refúgio às 4h da manhã, para escalar a rota da arestra Flèche Rousse, de dificuldade média, através de um misto de escalada em rocha e neve.

Segundo os guardas do refúgio, as condições do tempo eram boas, o guia era experiente e conhecia muito bem a rota. As primeiras hipóteses apontam para uma avalanche. Os alpinistas tinham idade entre 27 a 45 anos, e estavam encordados, e foram arrastados por aproximadamente 250 metros.


Muitos acidentes fatais

Anualmente, milhares de montanhistas tentam escalar os vários picos do maciço do Mont Blanc, e uma média de 59 pessoas são mortas a cada ano em acidentes nas suas encostas, de acordo com o Chamoniarde, uma associação que fornece informações de segurança da região.

Entretanto, as autoridades advertem que muitos aventureiros chegam despreparados para as intempéries da escalada.

Recentemente um americano gerou indignação ao tentar escalar a montanha com seus filhos de 11 e 9 anos de idade, e acabou sendo surpreendido por uma avalanche. Felizmente, ninguém morreu.

No início deste mês, dois alpinistas belgas morreram nas montanhas. Na segunda metade de julho, seis outros faleceram.