Tommy Caldwell e Alex Honnold se encontraram no sul da Patagônia para a primeira escalada da "Fitz Traverse", escalando sete picos ao longo da linha de cume do Cerro Fitz Roy. Essa que sempre foi uma das travessias mais debatidas nos últimos anos e que é considerada a "mãe de todas as travessias”.
"Esta linha de cume envolve a escalada da Aguja Guillaumet, Aguja Mermoz, Cerro Fitz Roy, Aguja Poincenot, Aguja Rafael Juárez, Aguja Saint-Exúpery e Aguja de l'S," explica Rolando Garibotti, no forum do supertopo.com.
A Fitz Traverse envolveu praticamente 5.000 metros de escalada, com 4.000 metros de ganho vertical. Incluindo a escalada em livre de até 5.11d com algum auxílio (C1) e encostas de 65 graus. Honnold e Caldwell fizeram uma escalada em simultâneo em boa parte do trecho e realizaram o passo 20-Pilar Goretta "em meros três arremessos.”
Caldwell e Honnold começaram a escalada às 9h45 do dia 12 de fevereiro e terminaram a travessia às 10h00 do dia 16 de fevereiro.
A equipe usou sapatilhas de escalada para o Pilar Goretta, mas escalaram o resto da travessia com seus tênis de aproximação, o que demostra o quanto eles foram rápidos.
Eles realizaram uma escalada bem sucedida, apesar das más condições, com muito gelo e neve nas fendas e nos cumes devido a pior temporada de verão em muitos anos, com muita chuva.
Tommy Caldwell tem muita experiência na Patagônia, onde já passou várias temporadas realizando escaladas importantes, já para Alex Honnold essa foi a sua estreia na Patagônia.
Uma estreia de respeito! |