Atravessar a Amazônia é um desafio. Uma densa floresta cria uma barreira natural contra a civilização. Com estradas precárias o único meio de transporte viável é feito pelo grande Rio Amazonas que corta o norte do Brasil.
O Rio Amazonas nasce no Peru, entra no Brasil com o nome de Solimões e no encontro com as águas do Rio Negro em Manaus, recebe o nome de Amazonas. É o maior rio do mundo tanto em volume quanto em comprimento (de acordo com estudos realizados em 2007), e provê 20% de água doce do mundo.
O barco saiu de Manaus ao meio-dia brasileiro. As redes formam um emaranhado, difícil encontrar de cara sua rede nesse labirinto.
O encontro das águas do Rio Negro com o Solimões acontece logo depois que saímos da cidade. Por quilômetros vemos um estampado de manchas escuras e águas barrentas até enfim elas se misturarem.
A paisagem é sempre a mesma com as margens planas da bacia amazônica bem ao longe. A largura do rio chega a 50 quilômetros. Cruzamos algumas embarcações e ultrapassamos outras. A viagem é agitada ao som do brega, ritmo dominante da região norte.
Depois de dois dias e muita conversa, chegamos em Santarém onde resolvi dar uma parada da longa viagem de barco. Qual não foi minha surpresa ao conhecer o que está escondido no coração da Amazônia. |