Estimados Amigos,
O final do ano chegou rápido, e com ele o sensível aumento da procura das minhas palestras pelas empresas.
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AMIGOS - O Eiki e o Andriguetto, amigos de Curitiba que me acompanharam nas escaladas nas Dolomitas, durante a escalada da via Vinatzer na Terceira Torre do Grupo Sella, que fica ao lado do Grupo Sassolungo. |
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ESTRELA ALPINA - A Edelweiss ou Estrela Alpina, flor símbolo do Alpinismo, em pleno paredão Ciavazes. |
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MACHELUZZI - Meu caro amigo Andriguetto em plena “Micheluzzi”, bela via do Grupo Ciavazes. Ao fundo, à esquerda, em último plano, parte do Sassolungo, na mesma direção, na sombra, o Passo Sella. |
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Na semana anterior ao feriado de 12 de outubro, estive falando sobre Prevenção de Acidentes para a Braskem, no Pólo Petroquímico de Triunfo RS. Antes havia feito palestra para a Nissan, em Curitiba, focando Planejamento Estratégico. Entre as duas apresentações, aproveitei uma ida a São Paulo para contar um pouco sobre minhas expedições em uma palestra informal para os amigos do Clube Alpino Paulista.
Nesta semana estarei em São Paulo para realizar mais três palestras, uma para o Carrefour, outra para a Associação Brasileira das Empresas de Software, e outra para a Fundação CESP. Até o Natal esse será o meu ritmo, com duas, três, ou até mais palestras por semana, motivando as pessoas a superarem os desafios do mundo corporativo e a acreditarem mais em si mesmas, trabalho que levo com a máxima seriedade, e que me garante a realização das minhas expedições.
Entre as palestras faço o possível para ir até a montanha, preciso manter a minha forma, porque no ano que vem certamente enfrentarei novos desafios. A chuva tem atrapalhado um pouco o meu treinamento, mas como em semana de feriado as empresas evitam grandes eventos, aproveitei o 12 de outubro e fui matar as saudades do Parque Nacional de Itatiaia, onde subi o Pico das Agulhas Negras e as Prateleiras, entre dias de sol, chuvas e trovoadas.
Como prometido, vou continuar o relato das escaladas que fiz em agosto na Itália.
Depois da escalada do Camapanile Basso, que relatei na atualização anterior, eu, o Eiki e o Andriguetto, fomos para Selva di Val Gardena, uma das mais lindas cidades das Dolomitas, onde grande parte da população ainda prefere falar o alemão, mesmo sendo italianos. Nosso primeiro desafio foi encarar a travessia “Le Cinque Dita”, no grupo do Sassolungo.
De Selva di Val Gardena, em poucos minutos de carro, se chega ao Passo Sella (2.176m), onde encontramos um belo exemplo da infra-estrutura que tornou as Dolomitas um dos principais destinos turísticos do mundo. Ao lado do amplo estacionamento, pegamos um teleférico que nos levou até a Forcella del Sassolundo (2.685m), onde existe o belo Refugio Demetz (restaurante e pousada). Em apenas dez minutos de caminhada do refugio, já estávamos na base do “Pollice” (polegar) dos “cinco dedos”, considerado o esporão mais bonito das Dolomitas Gardenesas.
A escalada do Pollice é de fato linda, são 250 metros de desnível, dificuldade moderada, IV grau, um pouco exposto no afiado cume, de onde a maioria das cordadas inicia a descida de volta ao refugio. Nós, ao contrário, rapelamos até a “Forcella (colo) del Pollice” (localizada no lado oposto do esporão), escalamos o dedo “índice”, para logo chegar ao cume do “médio”, o ponto mais alto do maciço, com 2.996m. Após um rápido lanche prosseguimos a travessia, rumo ao “anular” e ao “mindinho”, alternando desescaladas e rapéis até a “Forcella delle Cinque Dita” (2.790m). Como já eram quase 18 horas (o teleférico funciona das 8 às 17), descemos a pé pelos “ghiaione” (rampa de pedras soltas) até o Passo Sella (2.176m), em uma hora de caminhada sem pressa, curtindo um lindo entardecer.
Ao redor do Passo Sella existem centenas de opções de escaladas, tanto no maciço do Sassolungo, como no Grupo Sella (que inclui também o Grupo Ciavazes). Para os amantes de “boulder”, existem centenas de blocos de todos os tamanhos e dificuldades na chamada “Citta dei Sassi” (Cidade das Pedras), são 107 rotas de boulders catalogadas, muitas com spits e/ou grampos com correntes para top rope. Os maiores blocos chegam a 20 metros de altura.
Nós escalamos a “Vinatzer” na 3ª Torre de Sella, bela via de 330 metros de altura, V+, com 13 esticões, leva-se apenas 30 minutos de caminhada do estacionamento até a base da parede.
Descendo o lado oposto do Passo Sella, em 2 ou 3 minutos de carro, se tem do lado esquerdo toda a parede Ciavazes, com mais de uma dezena de vias que superam os 300 metros de altura, a apenas 5 minutos de caminhada desde a estrada. Nós escalamos a “Micheluzzi”, V+, 11 esticões, mais uma das fantásticas vias clássicas das Dolomitas.
Na próxima atualização contarei como foi a escalada das espetaculares Torres de Vajolet, no Grupo Catinaccio.
Bom trabalho meus amigos, mas não se esqueçam das montanhas!
Grande abraço,
Waldemar Niclevicz
www.niclevicz.com.br |