Considerado um dos trekkings mais bonitos do mundo, o circuito “O”, no Parque Nacional Torres del Paine, é um sonho para quase todo aventureiro. Localizado no extremo sul do Chile, Patagônia, esta região é também chamada de fim do mundo, dada sua proximidade com a Antártida. Um local de natureza exuberante e em estado bruto. Por todo lado, paisagens impressionantes: glaciares muito próximos e montanhas nevadas, erguendo-se abruptamente da orla de lagos de água azul turquesa. Ora você caminha por extensos campos de estepes, onde a vista viaja tão longe quanto os olhos podem alcançar, ora você percorre por entranhados bosques de lengas, as árvores dominantes da região. Mas esta sensação de paz e calmaria também convive intimamente com uma natureza indomável, onde impera um clima hostil e instável, de muito frio e ventos fortíssimos. Tudo isto para temperar e prover mais emoção à aventura que é percorrer por dias a fio os aproximadamente 140km de trilhas deste circuito.
Neste relato, reúno informações e imagens das minhas duas visitas ao Parque Torres del Paine. Em 2012, realizei o circuito O e no início neste ano de 2015, fiz o circuito W, que na verdade é uma parte do circuito O. Dividirei em duas partes, para que seja possível um detalhamento melhor. Vamos lá:
compre agora livros impressos |
|
Preparativos
Para se acessar o início da caminhada, você deve dirigir-se à cidade de Punta Arenas ou Puerto Natales, onde há ônibus diários que te levam ao Parque. Na portaria, após os turistas registrarem-se e pagarem a taxa única de visitação, há um outro ônibus (pago a parte) que deixa todos 7km mais adiante, local onde há o camping e refúgio da empresa Fantástico Sur e um hotel de luxo, o Las Torres. Por falar nisso, você pode optar por contar com os excelentes serviços das empresas que oferecem alimentação, banho e hospedagem durante praticamente toda a trilha. Além da Fantástico Sur, há a Vertice Patagonia. Na grande maioria dos pontos de pernoite, alguma destas empresas está instalada e pode ser uma grande mão na roda saber que haverá uma comida saborosa te esperando, um banho quente, uma cama de verdade, ou pelo menos um bom espaço para camping e até mesmo uma cerveja gelada após um dia pesado de trilha. Além do mais, isto irá economizar - e muito – o gasto de energia, carregando pesos e volumes, como comida e tralhas de camping. Verifique se os custos cabem em seu orçamento e faça seus planejamentos.
Nós optamos por realizar em sete dias este trekking, por questão de falta de tempo, mas aconselho fazê-lo em oito dias, talvez até em mais, pois, como vocês verão, tivemos que fazer uma perna bem longa a extenuante no nosso segundo dia. Para quem deseja fazer todo o circuito por conta própria, é imprescindível já levar a comida para todos os dias, bem como todo o resto de equipamentos, incluindo bons abrigos para vento e chuva, barracas adequadas para ventos e sacos de dormir que suportem entre -5 e 0 graus. Nas madrugadas o frio pode ser bem severo.
Quanto a necessidade de guias, as trilhas são muito bem demarcadas, de modo que não é necessário. Mesmo para quem não tem experiência em navegação, não há como se perder. E a segurança no parque é muito boa. Aliás, toda a estrutura turística é exemplar. Torres del Paine é mesmo referência mundial em ecoturismo.
|
Ponto de partida da trilha. Hotel Las Torres e Cerro Almirante Nieto, ao fundo. Foto: Tom Alves |
|
Primeiro dia
Saímos, eu e um amigo, do ótimo refúgio Torre Central (www.fantasticosur.com), com destino ao mirante das Torres del Paine, o principal cartão postal do Parque, numa caminhada de 18 km, ida e volta. Se você tiver mais tempo disponível, uma boa pedida seria pernoitar na trilha, no refúgio Chileno ou no camping Torres. Fiz isto na minha segunda visita ao local. Além de diminuir a caminhada deste dia, é possível acordar de madrugada e pegar a trilha para o mirante, com o intuito de apreciar o nascer do sol de lá, onde as Torres, nos dias de céu aberto, colorem-se de vermelho, numa experiência provavelmente espetacular. Infelizmente, não tive a mesma sorte e sequer consegui ver as montanhas, tamanha a neblina que havia no local, ao nascer do dia.
Retornando à caminhada em si, vale mencionar que a trilha é exigente, onde a primeira metade (9km) é dominada por subidas, onde por grande parte, subimos escarpas de montanhas na margem direita do Rio Ascencio. A trilha é bem batida, afinal de contas é a mais percorrida no Parque. No início é uma via bastante aberta, num ziguezague quase sem fim, até um local mais alto, donde se pode, ao longe avistar o Refúgio Chileno, cravado no meio do vale do Ascencio. Após este refúgio, há intercalações entre áreas mais abertas e bosques de lengas, que acabam predominando na paisagem. Cada vez as subidas ficam mais íngremes e o cansaço começa a bater, especialmente nos que carregam grandes mochilas. O último trecho, para complicar mais um pouco, é uma enorme escadaria natural, de pedras de todos os tamanhos, bastante desgastante. Neste ritmo a caminhada se estende até o mirante final, num dos locais mais alpinos e selvagens do parque. Muito frio e constantemente presença de neblina, neve e garoa. Tudo isto só nos reforça a sensação de estarmos num local realmente especial e de muita energia. Na base das Torres, um pequeno glaciar alimenta um lago de águas azul turquesa, rodeado por gigantescos blocos de granito. E as três torres, imensas, verticais, como gigantes guardiões do pedaço. Sem dúvida alguma, vale a pena todo o esforço da caminhada. Seja com sol, chuva ou até mesmo sob neve. É uma daquelas experiências que você nunca irá se esquecer.
Independente da sua opção de pernoitar ou não neste caminho, o próximo passo é descer tudo de novo e retornar ao refúgio – ou camping - Torre Central. O local possui mesas de picnic , sanitários limpos e chuveiro quente. O refúgio funciona mais ou menos como um hostel, com dormitórios coletivos. As refeições são café da manhã, lanche para trilha e jantar. Tudo de primeira qualidade, pontualidade e ótima organização. E assim este padrão se mantém ao longo dos sucessivos refúgios administrados por estas duas empresas já citadas.
|
Ponte Pênsil no Rio Ascencio. Foto: Tom Alves |
|
|
Rio Ascencio, já no retorno, próximo do local de camping. Foto: Tom Alves |
|
Segundo dia
Na manhã seguinte, despertamos bem cedo para continuar nossa jornada. Caminhamos neste dia cerca de 32 km, porque decidimos não pernoitar no refúgio Serón. Já de início, pode-se perceber quão duro seria o dia. Uma longa e contínua subida até que vencemos o vale e começamos a descer para alcançarmos o seguinte. A região é muito bela, ao longe se pode observar várias montanhas nevadas. O percurso vai se tornando bastante plano com o passar do tempo, cruzando diversos pequenos rios, bosques e campos de estepes. Até o refúgio Serón, sem pressa, são cerca de 6 horas de caminhada. Fizemos ali nosso almoço e seguimos até o Dickson. Do Serón em diante, a caminhada se torna ainda mais impressionante. É beleza cênica pra todo lado. Seguimos bastante tempo próximos ao Rio e ao Lago Paine, com aquela água que você não sabe definir se é verde, de é esmeralda ou se é azul turquesa. Algumas subidas mais pesadas, sempre na presença de ventos implacáveis, que por diversas vezes nos tiram o equilíbrio, e assim seguimos. A tarde caía e com o decorrer dela, a luz ficava ainda mais bela. O resultado, inevitavelmente, foi que paramos demais para fotografar. Caminhamos mais de 12 horas este dia. E o problema todo foi que fizemos esta travessia no outono, onde os dias são bem mais curtos que no verão. Quando chegamos ao refúgio, já era noite fechada. E fazia muito, muito frio. Meus pés, úmidos, além de quase congelando, doíam como nunca. Os ombros doloridos, pela falta de ergonomia do colete de fotógrafo. Já no segundo dia eu começava a sentir na pele o custo de carregar uma mochila de 80 litros, completamente lotada. Só de material fotográfico, cerca de 6kg. Mais comida para 7 dias, panelas, tralhas de camping, roupas volumosas de frio etc. Confesso que naquela noite, com frio, fome e corpo todo dolorido, bateu um desânimo. Tratamos de montar nosso acampamento no escuro, fizemos alguma gororoba pra comer e cama! Mesmo tentando escolher um local sob árvores, abrigados daquela ventania absurda, nossa noite de sono foi interrompida diversas vezes pelo irritante barulho dos plásticos da barraca chacoalhando ao sabor dos ventos. Mas é isso, se você quer moleza, não faça trekking na Patagônia, definitivamente.
Terceiro dia
Nada como uma noite de sono – e barriga cheia – para recarregar forças e ânimos. Apesar de não ter sido “aquela” noite maravilhosa, na manhã seguinte eu já estava bem melhor. Os pés já não doíam mais (por pouco tempo, infelizmente foi o que constatei horas depois) e com o nascer do dia, foi possível “cair a ficha” de quão bonito é aquele lugar. Uma planície majestosa, cercada por um bosque de lengas, na companhia do Lago e Glaciar Dickson. Algum tempo mais tarde, ouvi de um guarda parque que aquela parte do parque era sua predileta. Eu sempre tive dificuldade, e até relutância, em comparar belezas de lugares, pois cada lugar tem suas características únicas, belezas particulares, mas uma coisa é fato: dentre tantos lugares incríveis, sem dúvidas aquele foi um dos mais marcantes.
Acampamento desfeito, tudo na mochila novamente, seguimos caminho. Este terceiro capítulo seria bem tranquilo. Isto era bastante animador, pois ainda havia muita coisa pela frente. Descansar mais cedo aquele dia não foi nada mal. E assim, após cerca de 6 horas de caminhada, numa manhã de tempo bastante nublado e de uma chata garoa que insistia em nos acompanhar, chegamos ao camping Los Perros. De estrutura bastante simples, porém limpo e organizado, o local possui uma pequena cabana de madeira, para servir de cozinha aos caminhantes. Ali, abrigados do vento e chuva, nos alimentamos bem. E descansamos o resto da tarde e noite. Providencial, esta quebrada de ritmo.
Fato curioso mesmo, foi observar uma guarda parque chilena praticando yoga debaixo daquele frio todo, somente usando uma calça fina e um top. E para completar, um banho de balde, com água extraída de um riacho alimentado por uma geleira. Quanta coragem! Eu, obviamente, nem cogitei um banho gelado. Só de ver aquilo, já senti gelar minha espinha.
|
Cascata um pouco antes do camping Los Perros. Foto: Tom Alves |
|
Quarto dia
No camping, em conversas com funcionários do Parque, fomos alertados que o trecho seguinte seria, sem dúvidas, o mais difícil. Deveríamos cruzar o Passo John Gardner, o ponto mais alpino do percurso. E depois, descer até o nível do lago Grey. E todos eram bastante enfáticos sobre a imensa descida. Horas mais tarde, comprovaríamos tudo isto, na pele.
Pois bem, acordamos cedo e retornamos à trilha. O tempo, novamente, bastante nublado e a chuva fraca insistia em gelar ainda mais a manhã sombria. Ainda com o corpo pedindo mais descanso e reclamando de frio, lentamente prosseguíamos, silenciosos e nada otimistas. Cruzamos uma espécie de pântano de lama preta e pegajosa, sob um bosque de árvores baixas e retorcidas. Depois de algum tempo, pudemos avistar, ao alto e bastante distante, o passo. A longa subida, num terreno cada vez mais descampado e pedregoso, tornava-se um ziguezague implacável. Fazia bastante frio, mesmo a despeito do fato de usarmos volumosas roupas de inverno. Sobretudo nas pausas para descanso, ou uma fotografia, sentíamos o incômodo do vento gelado. Pelo menos o tempo começava a abrir e já era possível ver o azul do céu no sentido em que caminhávamos. Neste ritmo, seguíamos. Apesar das dificuldades, a diminuição da nebulosidade, incontestavelmente, nos conferia uma energia adicional. Interessante como estes efeitos psicológicos fazem tanta diferença.
Ao fim de toda a subida, chegamos ao Passo John Gardner, a 1200 metros de altitude, o ponto mais alto de toda a caminhada. Simultaneamente, fomos recebidos com um brinde de boas vindas pelo absolutamente incrível visual do glaciar Grey, ao fundo, lá embaixo, e da ventania mais enfurecida que já presenciáramos. Caminhar, simplesmente, era um desafio. Fotografar, uma enorme dificuldade. Neste ponto, perdi para sempre meus óculos. Uma rajada ainda mais forte de vento os arrancou de meu rosto e o máximo que pude fazer, foi observá-los voarem, cada vez mais altos até perderem-se de vista. Mais ou menos como uma folha de papel numa ventania. Pelo menos não precisamos perder tempo em procurá-los. Seria inútil.
Apesar de toda a beleza do local, era impossível parar por mais de alguns segundos, tal o frio absurdo. Seguimos. A partir daí, a descida. Sim, era tudo aquilo que nos alertaram. Além de escorregadio, o trecho era muito sinuoso e inclinado. E parecia não ter fim. Horas a fio. Mesmo com cuidado, os joelhos já começam a reclamar. A mochila, muito pesada, deixava tudo ainda mais complicado. Passamos pelo camping El Paso. Uma área era bem pequena, pouca gente acampa por ali. Pela cara, era basicamente para emergências. Paramos apenas para lanchar e recompor um pouco das forças. A partir dali, as descidas, mesmo que ainda dominantes, perdiam intensidade e já podíamos novamente relaxar. Em alguns pontos, cruzamos alguns despenhadeiros, onde há escadas e cordas para auxiliar a passagem. Já era fim de tarde e extenuados, paramos no camping Los Guardas. Apesar de haver placas informando que o refúgio Grey (mais um local de excelente estrutura) não estaria muito distante, decidimos dormir por ali mesmo, pois nos faltavam energias para prosseguir. Novamente, outra fria e úmida noite. E ainda sem banho.
|
Glaciar Grey, visto do Passo John Gardner, o ponto culminante do trekking. Foto: Tom Alves |
|
Quinto dia
Com cerca de uma hora de caminhada, avistamos o Refúgio Grey. Sem dúvidas seria um ótimo local para pernoitar. Banheiros limpos, duchas quentes (somente à noite), restaurante, albergue, camping, aquecimento interno a lenha. A partir deste ponto, já começamos a cruzar com mais caminhantes, pois entrávamos no trajeto do circuito W. Mesmo assim, nada que pudesse incomodar ou congestionar o caminho. Numa caminhada bastante plana e fácil, passamos pelo refúgio Paine Grande, que é o ponto de onde saem barcos que cruzam o lago Pehoé até outra portaria do parque. Geralmente este é o ponto inicial ou final de quem executa o circuito W.
Mas nosso caminho prosseguia sempre por terra, rumo ao Vale do Francês. Caminhamos algum tempo com o incrível Lago Pehoé e suas águas azul turquesa à nossa direita. O relevo ondulado não chegava a ser tão desafiante, mas para quem já estava a cinco dias em sacrificantes caminhadas, nada mais era fácil. Além disso, os constantemente fortes e gelados ventos eram sempre um fator complicação. Após algumas horas de sobe-desce, chegávamos ao acampamento Italiano. Se fosse verão, teríamos bastante tempo para subir ao Vale do Francês, pois há luz nesta época até 23 horas, aproximadamente. Mas no outono, o mais sensato era mesmo descansar e montar acampamento já de uma vez. E assim fizemos. O local é bastante grande, há espaço para mais de uma centena de barracas. O pernoite é gratuito, pois assim como os campings Torres, Los Guardas, El Paso e Los Perros, a administração é por conta do órgão ambiental chileno (CONAF). A infraestrutura não é notável, mas há sanitários e uma área coberta para utilizar como cozinha.
|
Vale do Francês sob neve. Foto: Tom Alves |
|
Sexto dia
À primeira luz, despertamos e iniciamos a extensa e dura subida até o mirante do Vale do Francês.
A ideia era deixar as coisas na barraca e apenas fazer um bate e volta, para apreciar uma das mais belas e famosas paisagens do Parque Nacional. Teoricamente, não seria um dia muito pesado. Mas a prática não foi bem assim. Fazia um frio absurdo, ainda mais intenso que o das manhãs anteriores. Mas a surpresa mesmo veio após cerca de meia hora de caminhada. Uma neve discreta começava a precipitar. O tempo estava bastante nublado, porém quando a nebulosidade diminuía um pouco, podíamos ver como as montanhas todas ao redor receberam durante a noite uma generosa quantidade de neve.
E a caminhada continuava. Cada vez mais dura e fria. E nevando cada vez mais intensamente. Até que a situação se tornou muito complicada e decidimos regressar, já muito perto do fim da trilha. A visibilidade era quase zero e a navegação muito complicada, pois até mesmo as estacas indicando o caminho estavam cobertas por neve. E o frio já adormecia nossos dedos e pés. Descemos tudo novamente, o mais depressa que pudemos.
De volta ao camping, reunimos toda a tralha e seguimos por mais algumas horas até o Refúgio Los Cuernos, administrado pela Fantástico Sur. Finalmente tivemos uma noite de conforto. Eu diria até ostentação. Com direito a um jantar delicioso no refúgio, um longo, perfeito e mais que necessário banho quente e uma cama para dormir, num Chalé muito bacana. Um verdadeiro hotel no meio da natureza. Ah! Até cerveja artesanal da Patagônia teve. Nada mal, hein?
Sétimo dia
O derradeiro trecho deste trekking compreende o trecho entre a base da montanha Los Cuernos e a portaria do Hotel Las Torres. Aproximadamente 6 horas de muito sobe-desce, sempre na companhia do belo - e quase impronunciável - Lago Nordenskjöld. Pelo caminho, inúmeros mirantes, pequenas lagoas e incríveis campos floridos. No meio da tarde, concluímos o trajeto. Aí era só esperar o horário do transporte público nos recolher até a cidade de Puerto Natales.
Pela nossa contabilidade, caminhamos aproximadamente 140km nestes sete dias. Saímos da trilha com as roupas imundas; com os corpos muito cansados e doloridos. Sobretudo os pés, em farrapos. Mas, em contrapartida, de alma lavada, maravilhados pelos momentos únicos e de extremo contato com natureza tão cênica e em estado bruto. Até hoje, meus olhos brilham quando me lembro de Torres del Paine. Definitivamente, este Parque reúne toda a essência da Patagônia: Selvagem, indomável e superlativa.
Lago Nordenskjöld. Foto: Tom Alves |
|
As fotos estão organizadas pelo dia-a-dia da caminhada.
Boas trilhas e aguardo comentários.
Tom Alves
www.tomalves.com.br
Fanpage
Agências
- Na Fantástico Sur você pode reservar o seu refúgio ou comprar os pacotes com diversos tipos de roteiros, acomodações e alimentação do Circuito W. Clique no banner.
- A Vertice Patagonia é a agência que oferece os outros refúgios do parque.
O mapa
Abaixo estamos disponibilizando um mapa em alta qualidade para você imprimir ou salvar em seu smathphone ou tablet. Ele é o mapa oficial da CONAF e você encontrará todos os detalhes das trilhas, refúgios, hotéis, campings e muito mais. |