Em tempos de turismo massificado, onde grandes agências de viagens dominam o cenário, tratando de modo muito indiferente seus clientes e restringindo ao máximo a participação das comunidades locais na divisão desse mercado, uma luz no fim do túnel pode se chamar Turismo de Base Comunitária - TBC. E é nesse contexto que se enquadra o Turismo de Vilarejo.
Por definição, um projeto de TBC procura a pulverização dos benefícios da atividade turística para todos os envolvidos, gerando sustentabilidade e divisão mais justa e igualitária da renda provinda. Além disso, busca agregar valor ao aproximar o turista de uma vivência mais autêntica, cultural e enriquecedora nos destinos visitados. Algo bastante diferente dos modelos atualmente em moda.
Agora, alguns podem perguntar: Como assim mais cultural e enriquecedora? Eu sempre compro e leio todos os guias turísticos, revistas especializadas, acesso sites sobre viagens, frequento museus... Bem, no turismo de base comunitária, a chave é a sabedoria popular, transmitida de forma oral, tal qual ela foi aprendida. Todos são protagonistas, turistas e membros das comunidades. Portanto, a troca de experiências é muito valorizada. O perfil do interessado nessa vertente se distancia do turista convencional e se assemelha muito ao conceito de viajante. Alguém que procura participar e refletir sobre o modo de vida das pessoas que visita, buscando entender o que as faz pensar e agir de determinada maneira; e que sabe respeitar e valorizar diferentes culturas, por mais simples que possam parecer.
Em Minas Gerais, um bom exemplo dessa iniciativa é o Turismo de Vilarejo de Capivari. Entre as cidades do Serro e Diamantina, numa região belíssima da serra do Espinhaço, localiza-se a pequenina vila, bem aos pés do Pico do Itambé. A população de aproximadamente 200 pessoas se divide nas duas ruas existentes. O clima bucólico é realçado pelas casas simples, com quintais floridos e sempre gramados.
O projeto consiste numa proposta especial de hospedagem, onde o turista divide sua estadia com os donos das casas, que as preparam com toda aquela famosa hospitalidade mineira. É como se ele fosse mais um integrante daquela família. Na hora do café da manhã, por exemplo, sentam-se juntos turistas e moradores, adultos e crianças. Em meio a cafezinhos, pães de queijo e broas quentinhas, as prosas vão se alongando e o tempo voa.
Não existem pousadas convencionais ou restaurantes em Capivari. Essas hospedagens são chamadas de pousadas domiciliares. As refeições também são feitas lá e muitas vezes o preparo da comida é acompanhado de novas conversas ao lado do fogão a lenha.
Como se não bastasse, a região ainda possui inúmeros atrativos naturais, como rios encachoeirados, trilhas e opções de travessias. Em destaque, a nascente do Rio Jequitinhonha e a visita ao Parque Estadual do Pico do Itambé, ponto culminante da Serra do Espinhaço, com 2062 metros.
Para marcar sua visita e conhecer de perto esse projeto, acesse: www.andarilhodaluz.com.br ou entre diretamente em contato com a comunidade, conversando com Genésio: 31-9668-4323.
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