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O fim do segundo ciclo
 
 
 

22/04/10 – Mais uma vez na cascata rumo ao campo 2

Ao pisar na neve congelada do lado de fora da barraca as 4 da manhã o ar frio atingiu meu rosto como um tapa. Esta sempre é a parte mais dura do dia, sair do conforto da barraca e dar os primeiros passos. O coração e os pulmões ainda não estão em coordenação com as necessidades de caminhar nesta altitude. O peso da mochila, quinze quilos, também se faz sentir nesta altitude. Normalmente carrego trinta quilos sem problemas, mas acima de 5.000 metros tudo muda. Caminho ofegante sob um céu lindíssimo salpicados de estrelas. Ao fundo a massa informe de blocos de gelo da cascata. Sigo em silêncio pensando nos dias que tenho pela frente. Vamos ficar pelo menos quatro noites no campo 2 e se tudo der certo vamos pelo menos tocar o campo 3. Serão dias duros por causa da diferença de altitude e pelas condições da montanha. Este inverno foi um dos mais secos dos últimos anos e a montanha está com muito pouca neve e isto deixa tudo mais difícil.

 
 

Aos poucos vou ganhando altitude e superando os obstáculos da cascata. Desta vez já não ajudamos um ao outro a cruzar as escadas, isto dá mais segurança, mas ao mesmo tempo torna todo o processo mais demorado e com isto ficamos mais tempo expostos ao perigo potencial da cascata. Passamos pela cascata há poucos dias e no entanto a rota de escalada já não é a mesma. A enorme torre de gelo de várias toneladas desabou dois dias atrás, felizmente sem ferir ninguém, e agora esta parte me dá ainda mais medo, pois posso ver o resultado de um desabamento destes. Por todos os lados uma enorme confusão de blocos de gelo cobre o que dias atrás percorri. Uma nova rota foi desenhada por entre o caos e escalo por novos blocos de gelo. Paramos no campo 1 para rehidratar e comer alguma coisa e após meia hora seguimos rumo ao campo 2. Chegamos ao campo 2 a 6350 metros as duas da tarde após um dia muito duro. Mas, estou me sentindo feliz com o que atingi. Mais uma vez cruzei a cascata sem acidentes e apesar de cansado estou sentindo-me bem após ter comido e tomado vários copos de café com leite. Minha saturação está 82 e a frequência cardíaca 60 o que para esta altitude são resultados excelentes!

23/04/10 – Estudando de perto o que terei pela frente

Surpreendentemente dormi super bem sem dores de cabeça e sem despertar inúmeras vezes que é o meu padrão a cada vez que durmo pela primeira vez a uma nova altitude. É tão inusual para mim passar bem na primeira noite que uma onda de otimismo me invade. Esta montanha é tão mais dificil do que o Cho Oyu ou qualquer coisa que já tenha feito que sentir um pouco de otimismo é algo muito bem vindo. Cada vez que olho o que tenho pela frente, cada vez que admiro o tamanho da Lhotse Face, que tento ter uma idéia do que é estar a 8.000 metros no campo 4 e ainda ter pela frente 850 metros do dia de cume me encho de dúvidas sobre minha capacidade de conseguir estar lá em cima em um futuro não muito distante. A cada momento tenho que me dizer que pensar nisso agora é prejudicial. Tenho que me concentrar no trabalho de cada dia, de cada hora, de cada objetivo. Quando estiver no campo 4 partindo para o cume daí então pensarei nisso. Mas, isto é tão dificil...estou caminhando e a cada momento é só levantar a cabeça e ver a imensa crista sudeste do Everest.

Tomamos o café da manhã junto com os outros 9 escaladores do grupo do Henry Todd com o qual estaremos dividindo o campo 2. Este campo também é chamado de ABC, ou Advanced Base Camp (Campo Base Avançado), pois aqui temos uma barraca cozinha, um cozinheiro e uma barraca refeitório ao contrário do campo 1 e dos campos 3 e 4 onde apenas teremos barracas duplas e cozinharemos na própria barraca. Este campo funciona também como local de abastecimento para os campos superiores e ao lado da barraca refeitório estão empilhadas mais de 40 garrafas de oxigênio prontas para serem levadas ao campo 3 e 4. Eu preferiria muito mais ter um campo só nosso e não ter de dividir com outra expedição, mas este é um dos meios de não ter um preço proibitivo como nas expedições comerciais tradicionais onde uma escalada ao Everest pode custar até US 70.000.

Nosso plano inicial era ter hoje como dia de descanso, mas o Victor tem muita dificuldade em ter um dia inteiro sem fazer nada então resolvemos inverter a ordem e seguir hoje até a parede do Lhotse e ter o descanso amanhã. Resolvemos sair do campo por uma rota difente e pouco tempo depois percebemos que apesar de ser mais fácil caminhar diretamente do campo pelo glaciar isto não é feito pelo perigo de cravasses cobertas por neve. A rota tradicional segue pelo acampamento 2 que é bastante extenso. Nesta parte do glaciar onde estamos não há cordas fixas e resolvemos que é mais seguro nos encordarmos. Uma queda em uma das inúmeras profundas cravasses sem a segurança de cordas fixas ou de estarmos encordados um ao outro seria seguramente fatal. A paisagem é lindíssima e finalmente após por tantos anos ler sobre esta parte da escalada finalmente eu estou vivendo o que apenas minha imaginação sonhava. Nomes como Yellow Band, Geneva Spur, Lhotse Face finalmente são realidade frente aos meus olhos. A poucas centenas de metros a minha frente vejo a rota tão desejada. Vejo o West Cwn (Vale do Silêncio) terminando em um cul de sac com as paredes altíssimas do Lhotse, Nuptse e Everest fechando o vale. A parede do Lhotse é assutadora em sua inclinação. É quase impossível imaginar o campo 3 em algum lugar da parede com pequenas plataformas cavadas no gelo. Mais acima meio vejo meio imagino a travessia da parte superior da Geneva Spur, um mixto de gelo e rocha bastante perigoso. E ainda mais acima, mais de um quilômetro de onde estou o colo entre o Lhotse e o Everest onde estará daqui a alguns dias montado o campo 4.

Após duas horas e meia de caminhada com um ganho de 500 metros chegamos ao início da parede do Lhotse. O que vemos nos assusta e preocupa. A face é gelo puro, não há nada de neve. E neste gelo não vemos marcas da passagem dos sherpas que já escalaram a parede preparando o campo 3. O gelo é tão duro que mesmo a passagem de vários crampons não deixou marcas. As cordas fixas estão lá, mas o gelo está como que intocado. Preocupados damos a volta e regressamos ao campo. O objetivo do dia era continuar nosso processo de aclimatação chegando quase a 7.000 metros e também fazer um reconhecimento da rota. Victor que já esteve quatro vezes no cume do Everest diz que nunca viu a face tão difícil.

24/04/10 – Descanso para enfrentar o dia mais difícil da escalada

Para descansar o máximo possível tomo um benzodiazepínico novo que não deprime a respiração. Acordo após doze horas de sono profundo, mas mesmo assim ao menor esforço fico ofegante. A esta altitude não existe propriamente aclimatação. Estar aqui ajuda a acostumar-se a altitude, mas ao mesmo tempo cada hora acima do campo base debilita. O segredo é saber o ponto em que o ganho em termos de aclimatação é maior que a perda que o organismo sofre. Para nosso grupo decidimos que 4 noites aqui encima é o equilíbrio ideal embora para cada um de nós isso possa ser diferente.

Passamos o dia discutindo a estratégia para os próximos dias. O Victor acha que existe uma boa possibilidade de que as cordas estejam fixas até o cume muito mais cedo neste ano e que com isso passamos ter a chance de cume já na primeira semana de maio. Nos últimos anos a janela de bom tempo tem sido nos últimos 10 dias de maio, mas isso em parte pode ter ocorrido porque as cordas não estavam prontas mais cedo. Varía muito de ano para ano, mas podem existir mais de uma janela durante o mês de maio. Para que se tente o cume tem de haver três condições: as cordas tem que estar fixas até o cume, o tempo tem de estar bom e os escaladores tem de ter pelo menos tocado o campo 3. Existe um grande debate sobre a validade de dormir no campo 3. Tradicionalmente esta era a tática usada sempre e só apenas depois de dormir a 7200 metros se considerava que o escalador estava pronto para tentar o cume. Nos últimos anos no entanto mais e mais expedições tem tocado o campo 3 apenas. A discussão é sempre a mesma. Será que o que se ganha em termos de aclimatação compensa o enorme desgaste que passar uma noite a esta altitude? É muito difícil saber-se com exatidão a resposta desta questão e no final provavelmente varia de pessoa a pessoa. Victor acha que tocar já é o suficiente e é isto que faremos.

Passamos a tarde jogando cartas e logo após o jantar fui dormir. Queria estar bem descansado para o dia seguinte.

25/04/10 – Enfrentando a parade do Lhotse

A idéia era sair as 6 da manhã, mas por uma razão ou por outra nunca conseguimos ser pontuais. Eu detesto fazer as coisas com pressa de manhã, mas sou acordado as 5 da manhã, muito mais tarde do que o planejado. Temos o que é considerado o mais difícil dia da expedição pela frente e um início cedo seria prudente. A previsão do tempo dizia que este seria um bom dia com ventos suaves, mas já ao sair da barraca vejo que não será o caso. Está ventando bastante e muito frio. Como sempre, para mim, a parte mais difícil do dia é ir ao banheiro. No acampamento 2 o banheiro é um muro de pedras cobrindo a frente de uma cravasse. Nos poucos minutos que fico lá a temperatura do meu corpo desaba. Entro na barraca refeitório tremendo de frio e apenas após dois copos de bebidas quentes que me recupero um pouco. Equipo-me com botas duplas de 8.000, cadeirinha, mosquetões, jumar e toda a parnafernália que pesa mais de 5 quilos. Na mochila levo um litro de água, um pouco de comida, filtro solar e labial e lanterna. Estou com duas camadas grossas de calças e com meu casaco de penas de menos 40 graus. Locomovo-me com dificuldade pelo terreno acidentado que vai do campo ao glaciar. Em poucos minutos estou ofegante e tenho medo de não dar conta do trabalho que tenho pela frente. O Greg ficou para trás com diarreia. O Victor segue a frente com o Rob e o Marco que neste ano está super forte. Eles começam a distanciar-se. Poir mais que tente não consigo aumentar meu ritmo. Após meia hora chegamos ao glaciar e paramos para colocar os crampons e juntar o grupo. A partir daí, caminhando sobre o gelo, consigo fazer um ritmo mais constante e coordenar minha respiração com minha passada. Um passo uma respirada. Procuro não olhar para frente, para nosso destino. Minha velocidade é muito pequena e o objetivo muito distante. Paciência é talvez a maior virtude do montanhista. Fixar a atenção no presente. Passo a passo. O frio está imenso e o vento fortíssimo. Após duas horas chego a parede do Lhotse, uma imensa rampa de 1200 metros verticais de gelo azul duro como concreto. Já ganhei 500 metros verticais e tenho de escalar outros 600 para chegar ao campo 3. Cruzo uma imensa fenda usando uma escada de alumínio e inicio a escalada. Pelas próximas 4 horas repitirei o mesmo movimento, pé direito contra o gelo, avançar o jumar, pé esquerdo um pouco acima, avançar o jumar mais uns centímetros. A cada avanço de pé três respirações. Pé, respira, respira, respira, jumar, pé, respira, respira, respira. A cada 6 avanços de pés, uma parada de 5 ou 6 respirações. A cada rampa vem outra rampa, interminavelmente. Após duas horas na parede o grupo do Henry Todd desiste. O vento está muito cruel e eles não estão com roupas adequedas. Estamos apenas nós na parede além de alguns sherpas. Muito lentamente seguimos. O vento vem em rajadas de até 50 quilômetros por hora. As mais fortes chegam a nos desequilibrar. Meu corpo está quente, mas as partes expostas, nariz, labios e queixo estão ficando amortecidos. Minhas mãos estão frias, mas prefiro seguir com luvas finas que me dão mais habilidade para lidar com o jumar. Para aquecê-las a cada minuto sacudo os braços e mexo os dedos dentro das luvas. Olho para o chão e vejo uma fina camada de neve passar rapidamente entre meus pés como se fosse areia em uma duna com vento. Seria lindo não fosse tão preocupante. Após mais uma parte inclinada vejo duas barracas amarelas no meio da imensidão branca. Campo 3! Estou escalando a não mais do que 100 metros verticais por hora e por mais que me esforce as barracas continuam distantes. O vento as vezes trás finas partículas de neve que de alguma forma encontram uma maneira de entrar em minha roupa. Quando o vento aumenta a visibilidade cai para poucos metros, mas em poucos seguntos o vento abate e volto a ver as barracas. Ainda seguem longe. Agora já não é questão de aclimatar, esses poucos metros de ganho não farão diferença. Mas saimos para chegar ao campo 3 e queremos chegar lá. Após 6 horas de escalada ininterrupta chegamos ao campo e imediatamente iniciamos o regresso. O plano era parar, comer algo, tomar um pouco de água, se deleitar com a vista, mas o frio e o vento faz com que fujamos deste lugar o mais rápido possível.

Normalmente fazemos as descidas segurando apenas as cordas fixas com as duas mãos e com isso temos o atrito suficiente para descer com segurança, mas da forma como a parede está este ano esta técnica é muito arriscada. Temos que rapelar o que significa que a cada lance de corda apenas um escalador por vez pode descer. Isso implica em longas esperas com muito frio e com os tornozelos em posições extremamente desconfortáveis contra o gelo inclinado. E assim mais duas horas frias passam com rapel após rapel para chegar a base da parede. A partir daí sei que a parte difícil foi feita, mais uma hora e estarei no acampamento 2.

Enquanto caminho de volta penso que estou pronto para a tentativa ao cume. A fase de aclimatação está concluida. Não posso acreditar. E só isso? Foi super duro, muito mais duro do que imaginava. Mas, com dois ciclos estamos prontos. E o dia mais difícil da escalada ao Everest está concluido. Na próxima vez que escalar esta parede já estarei mais aclimatado e só terei de subir para dormir lá e dormirei já com oxigênio, não muito, apenas talvez meio litro por minuto, mas mesmo assim será mais fácil.

Chego no campo 2 desidratado, faminto e exausto. Durante todo o dia não paramos um segundo, a nevasca e o frio extremo não permitiram. Vou diretamente para a barraca refeitório e lá fico consumindo copiosos copos de chá, café com leite e chocolate. Logo após o jantar finalmente consigo reunir forças para ir para a barraca, tirar as botas duplas, as meias encharcadas (apesar do frio) e entrar dentro do meu sleeping bag.

26/04/10 – O fim do segundo ciclo

Victor queria iniciar o dia as 6 da manhã para evitar o terrível calor na cascata, mas fizemos um motim e decidimos só sair das barracas após o sol tê-las aquecido. Com calma tomamos o café da manhã e as 10 da manhã finalmente estamos prontos para voltar ao relativo conforto do campo base. Como sempre, a caminhada do campo 2 ao campo 1, um suave declive que nos toma apenas 1 hora, é tranquila. Quando o calor iria começar a incomodar o céu ficou encoberto e as cores desapareceram. Entrei na cascata sozinho, estava na frente de todos e nesta hora, já próximo ao meio dia não havia mais ninguém subindo ou descendo. De cima pude ver a paisagem apavorante deixada pelo colapso da torre dias antes e mais uma vez me questionei sobre a loucura que é subir e descer por entre essa roleta russa. Senti-me particularmente exposto, talvez por estar sozinho, talvez pelo céu cinza deixando tudo ainda mais sombrio. Procurei escalar o mais rápido possivel, mas o cansaço dos esforços do dia enterior me impedem seguir na velocidade que quero. Ainda assim, agora com a prática da quarta pasagem, cruzo as escadas com mais confiança e em quatro horas chego ao campo base. Logo após a Andrea chegou ao nosso acampamento e passamos o restante do dia juntos. Finalmente, ainda que por apenas um dia, estavamos no mesmo lugar ao mesmo tempo e podemos matar as saudades, contar um ao outro nossas experiências e passar a noite juntos.

Durante boa parte da tarde nosso grupo debateu o que fazer nos próximos dias. Ao contrário dos anos anteriores, nesta temporada existe a possibilidade de que as cordas fixas estejam instaladas até o cume nos primeiros dias de maio. Se o tempo colaborar poderíamos fazer nossa tentativa de cume nos próximos dias. Por outro lado, há vários anos se constatou que passar alguns dias a uma altitude mais baixa é excelente para a recuperação antes de se tentar o cume. O escalador Anatoly Bukreev do Kasaquistão foi um dos primeiros a recomendar esta tática que é utilizada quase universalmante hoje em dia. O nosso problema então era que para descer até Pamboche a 3900 metros gastamos 7 horas de descida e ao redor de 10 de subida e para valer a pena o esforço teriamos de ficar três dias lá. Hoje é dia 26, amanhã necessitamos um dia aqui para descansar e preparar-nos para a descida e também ver com as outras expedições o que eles tem de previsão de tempo. Com isso só desceríamos dia 28 e estaríamos de volta dia 2 de maio. Teríamos um dia de descanso no campo base (dia 03), subiríamos dia 4 ao campo 2, um dia de descanso lá e dia 6 subiríamos ao campo 3, dia 7 ao campo 4 e dia 8 seria nosso dia de cume. Mas, as previsões de tempo nos dão no máximo 10 dias e mesmo assim só os primeiros 5 ou 6 são confiáveis. Então o debate ficou se valia a pena descer e recuperar-se e com isso eventualmente perder a chance de cume ou se seria melhor ficar no campo base esperando. Neste ano as cordas ao cume serão fixadas pela expedição do neo zelandês Russel Brice, o maior operador de expedições comerciais do Everest e o Victor recebeu a informação de que se o tempo permitir elas estarão prontas dia 4 de maio. Ficar ou não ficar...this is the question...No final da tarde nos conectamos a internet e baixamos nossa previsão do tempo paga (US 100 a previsão) e ela nos disse que do dia 29 ao dia 2 o tempo estará bastante mal com ventos fortes e nevascas. De posse desta informação decidimos que não haveria razão para esperar no campo base. Amanhã desceremos para Pamboche com árvores, boa comida e muito oxigênio!

 
 
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Guia e Alpinista
 
 
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- Este é o objetivo destes artigos e foi uma das motivações que me levou, 13 anos atrás, a começar a guiar pessoas em lugares que amo, para entrar em contato com culturas que admiro e realizar atividades que fazem com que enfrentemos desafios e ampliemos nossos limites. Sempre procurei direcionar minha carreira profissional para que estivesse em harmonia com o estilo de vida que almejo.

Para mim trabalho e prazer se combinam de forma quase indestingüível. Isso me permite viajar doze meses por ano, seis meses guiando grupos pelo mundo, principalmente na Ásia e o restante do ano viajando pelos lugares dos meus sonhos. Então, se assim como eu você é um viajante habitual ou apaixonado por relatos de viagens, poderá encontrar aqui informações, impressões, dicas, bibliografia e videografia, sobre os lugares por onde viajo.

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2009
Cho Oyu (China) com 8.201 metros