Depois de 14h de voo de Guarulhos a Doha (no Qatar), uma escala de 5h e mais 4h de voo finalmente cheguei em Kathmandu.

Poucos minutos antes de pousar na capital do Nepal deu pra ter uma vista maravilhosa mas confesso que também intimidadora da janela do avião: a vista da Cordilheira do Himalaia, a mais alta do mundo.

Ao mesmo tempo que agradecia por ter a oportunidade de apreciar aquela vista espetacular, olhei no monitor da cadeira do avião e vi que estávamos voando muito alto: 10.000m e as montanhas estavam ali, bem na minha frente, praticamente na mesma altura.

Acho que foi nesse momento que me dei conta do porquê estava voando a tantas horas: pra enfrentar um dos maiores desafios da minha vida e escalar a montanha mais alta do planeta.

Depois de acordar e me dar conta do tamanho do meu objetivo aterrizei em Kathmandu e senti algo muito bom tomando conta de mim. Tenho que admitir que há algo de muito especial no Nepal que me atrai e me encanta ao mesmo tempo.

Fui recebida pelo meu colega Wongchu, que está ajudando a organizar a expedição e depois pelo Pemba, o Sherpa que me dará a honra de escalar ao seu lado.

Foi muito emocionante, ele me pos uma kata (lenço de seda branco que significa “seja bem-vindo”) em volta do meu pescoço e abriu um enorme sorriso quando viu que finalmente tinha conseguido viabilizar esse sonho.

Passei o domingo de Páscoa organizando todas as mochilas e equipamentos aqui em um dos melhores hoteis de Kathmandu, o Yak and Yeti. Ainda tenho algumas burocracias para resolver e últimos detalhes de equipamentos para organizar mas em poucos dias deixo o conforto da cidade e parto para essa grande aventura nas montanhas.