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Refletindo sobre o nosso templo |
da redação, Texto e Fotos: Jus Prado
13 de maio de 2012 - 19:05 |
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Me recuperando aos poucos, aten��o � sa�de � essencial! Foto: Jus Prado
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Belo dia bem at�pico na Irlanda." Foto: Lisete Florenzano
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Serra Fina irlandesa" Foto: Jus Prado
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Maamturk Mountain, Connemara" Foto: Jus Prado
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Serra Fina irlandesa" Foto: Jus Prado
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Me recuperando aos poucos, aten��o � sa�de � essencial! Foto: Jus Prado
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“Por que escalar uma montanha?”
É uma pergunta historicamente pertinente e vira e mexe quem está neste meio é surpreendido por esta pergunta feita ou por alguém ou por si mesmo.
“Por que ela está lá.”
É a resposta mais simples, clara e objetiva. Matando as outras dúvidas e perguntas que possam surgir.
O fato é que todo relacionamento passa por turbulências e o relacionamento do ser humano com o seu meio não é diferente. Estou dizendo isto, pois já me peguei me perguntando “o que eu estou fazendo aqui?”, especialmente em momentos de dificuldades. Natural, afinal, dizer que você controla a sua digestão é tão errôneo quanto dizer que você controla o seu pensamento.
Ultimamente tenho me dedicado as caminhadas com o grupo de montanhistas aqui de Limerick. É uma oportunidade muito boa de conhecer diferentes lugares com os nativos da região.
Estivemos na montanha chamada Maamturk, em Connemara, uma região lindíssima toda esculpida por colinas de forma bem arredondadas que me fez lembrar da Serra Fina. Neste dia eu acordei passando mal. Na noite anterior comi demais numa festa de despedida e fui dormir muito tarde.
Fazia uns dias que não caminhava com o grupo e eu queria muito conhecer Connemara. Então, tomei um sal de frutas e esperei para ver se melhorava ou não antes de desistir de vez da caminhada.
Decidi ir mesmo sabendo que seria mais difícil, pois eu não estava 100%, e aí veio a pergunta: “o que eu estou fazendo?”.
Resumindo, a caminhada durou cerca de 7 horas e o grupo era de mais ou menos umas 10 pessoas sobre a liderança do experiente Noel Clarke. Eu poderia ter aproveitado mais se não estivesse me sentindo tão mal, fruto da minha insana decisão de ir mesmo não me sentindo bem. Testando limites, com certeza não faria isso de novo se estivesse nas condições em que eu estava. Fiz toda a caminhada só beliscando umas uvas e uns docinhos para ajudar na energia, qualquer outro tipo de comida me embrulhava o estômago.
A nossa sorte foi que o tempo estava bom, sem chuva, o que na Irlanda é muita sorte mesmo ainda mais nas montanhas.
Durante a caminhada fui conversando com uma enfermeira, a Margaret, membro do clube de escalada desde o começo. Ela me alertou sobre a importância de checar o nível de vitamina B12 no corpo. Esta é uma vitamina que desempenha vários papéis importantes para o bom funcionamento do nosso organismo, incluindo a manutenção do sistema nervoso, a formação de glóbulos vermelhos, o metabolismo da energia e o funcionamento adequado do cérebro.
Interessante, pois grande parte do nosso desempenho, no meu caso, nas montanhas, uma atividade que dependendo da intensidade exige muito do praticante, depende destes níveis de B12 no sangue. E entre os alimentos que são significativamente grandes fontes desta vitamina estão os alimentos de origem animal e proteína animal que encontramos na carne vermelha, aves, salmão e derivados do leite.
Como eu não como carne vermelha, nem aves e já tive histórico de anemia na infância foi um importante alerta para a minha saúde e principalmente para entender melhor porque às vezes o meu desempenho nas montanhas não é tão bom quanto eu gostaria.
Claro que o problema não é explicado apenas por um motivo, uma série de hábitos determinam o seu desempenho em alguma atividade. Hábito de como você vive o seu dia-a-dia, o que e quanto você come, bebe, se exercita e pensa – a qualidade dos seus pensamentos também influencia em todo o seu organismo, pois tudo está interligado.
Portanto, compartilho através deste relato este alerta, pois na correria do nosso dia-a-dia nos esquecemos do principal: a nossa saúde, com a velha desculpa de que não temos tempo para uma boa alimentação ou atividade física. Segundo a sabedoria oriental o corpo é o nosso templo, é através dele que experimentamos o mundo e se não cuidarmos dele aonde vamos parar?
Consciência e equilíbrio. Fica a dica!
Namastê.
Jus Prado
jusprado.wordpress.com |
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