Produtor do melhor café do mundo, repleto de borboletas e cachoeiras, dominado por montanhas, talvez esse um dos principais motivos que me levaram a me apaixonar por esse país, ainda em guerra contra o narcotráfico e as FARC.
Já foi mais perigoso viajar pela Colômbia. Uribe, após assumir a presidência em 2002, diminuiu a tolerância contra o domínio das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e colocou homens do exército armados em quase todas as cidades e postos de controle nas estradas.
Aos poucos, o turismo na Colômbia vem crescendo e mais pessoas vão conhecendo esse povo maravilhoso e sua cultura miscigenada como a nossa. As praias, montanhas, as ruínas, a cumbia, a rumba, comer manga verde com sal e pimenta, obleas, empanadas, tamales...
Entrei pelo país pelo sul, fazendo a minha primeira parada na cidade colonial de Popayan. Uma viagem de ônibus de mais de seis horas para percorrer uma distância de 130km para a pequena San Agustin me deu uma amostra do que enfrentaria nas estradas da Colômbia: curvas, curvas e mais curvas.
O deserto de Tatacoa estava verde, resultado da temporada de chuvas que este ano resolveu vir pesada. Deslizamento de terras e enchentes eram constantes nas notícias e nas minhas mudanças de planos. Abordei uma travessia pela Serra Nevada de Cocuy por não enxergar mais nada além de nuvens e sentir tudo ficar molhado.
As paisagens das palmeiras de cera que podem chegar a 70 metros e a muralha da Mojarra fecharam com chave de ouro mas deixando uma fresta de uma janela aberta para voltar ao país que tem muito mais a oferecer.
Para qualquer um que perguntava como era a Colômbia, todos respondiam:
- É lindo! As pessoas... são demais!
Só pude comprovar a veracidade dos comentários na minha passagem pelo país. |