+  BLOG DA EMILIA TAKAHASHI  
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Chimborazo
 
 
 

Chimborazo é o mais alto vulcão do Equador com 6.267 metros acima do nível do mar. Devido à sua localização próxima à linha do Equador, o maior diâmetro terrestre, atribui-se ao seu cume também a fama de ser o ponto mais distante do núcleo do planeta.

 
 

Quando buscava informações do roteiro em uma agência, o israelense Amir apareceu interessado na escalada. Tentei convencê-lo a irmos por conta própria enquanto ele tentava me convencer a dividir os custos de uma expedição. Uma expedição custa US$170 por pessoa se forem duas pessoas, $280 para uma pessoa. Chegamos um meio-termo contratando um guia por US$100. Amir alugou o equipamento, e dividimos os custos com o transporte ($40 ida e volta) e comida.

Na manhã do dia seguinte partimos em um táxi comum, as mochilas estavam pequenas. Após uma hora e meia de viagem passamos pelo portão de entrada do Parque sob os olhares das vicunhas que vivem na base do Chimborazo.

Estacionamos ao lado do Refúgio Carrel a 4800m, já era possível ver o outro refúgio a algumas centenas de metros. Tomamos um chá para esquentar e trocamos os calçados pelas botas plásticas.

Atrás do refúgio havia placas em homenagem à pessoas que deixaram sua vida aqui.

Uma família nos acompanhou até o segundo refúgio e ríamos da nossa incapacidade pulmonar sob o ar rarefeito. Não deu uma hora de caminhada em um ritmo lento para tentar acalmar a respiração ofegante.

Nos acomodamos no Refúgio Whymper a 5000m equipado com cozinha completa, um grande refeitório e quartos com beliches. Estávamos nós três, eu, Amir e o guia Rafael e cerca de trinta militares que terminavam um curso com a escalada ao Chimborazo.

Às 22:30h o relógio tocou. Nos equipamos, tomamos um chá e partimos logo depois do pelotão. O céu estava estrelado e seguimos a fileira de luzes das lanternas dos militares. A terra antes misturada à neve foi desaparecendo até ser coberta por completo e a temperatura agradável no começo, caiu.
Passamos pelo "corredor", um setor com risco de quedas de rochas e chegamos ao colo depois de umas duas horas de subida. Amir, pela primeira vez em altitude, já sentia o doloroso prazer de escalar e disse o clássico: - Não pensei que ia ser tão difícil...
As passadas foram diminuindo e o tempo de parada aumentando enquanto ganhávamos altitude.

Amanheceu estávamos perto, o guia confirmava dizendo: faltam 45 minutos, 15...

Às 7 horas da manhã chegamos ao cume. O céu estava limpo mas o vento congelava o pensamento. Avistávamos ao longe outros vulcões, o Cotopaxi, Sangay, Tungurahua entre outros e à nossa frente o outro cume do Chimborazo. Amir me surpreendeu perguntando se íamos lá. Cheguei a pensar, mas era melhor que não. A subida é sempre metade da escalada.

Amir voltou literalmente se arrastando.
Intercalava entre remar a neve deslizando sentado, dar alguns passos e engatinhar.

Voltamos mais uma vez não tão sãos, porém salvos e contentes.

 
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Montanhista
 
Sempre foi aventureira e já escalou diversas montanhas no Brasil e realizou diversas trips pela América do Sul.

Já escalou as duas das 7 montanhas mais altas de cada continente, conhecido como "Projeto Sete Cumes".

Em 2009 foi demitida, mas não se deu por vencida e colocou a mochila nas costas para realizar esta que até então é a sua maior aventura. Nesta aventura passou pelo Nepal, Tibet, Vietnã, Laos, Indonésia, África do Sul, Malaui, Namíbia e Tanzânia.

Em outubro de 2009 foi a primeira mulher brasileira a escalar o Ama Dablam (a jóia do mundo), uma das montanhas mais bonitas da Cordilheira do Himalaia.
 
 
 

2010
Kilimanjaro (Tanzânia) com 5.891 metros

2009
Ama Dablam (Nepal) com 6.812 metros

2008
Aconcágua (Argentina) com 6.962 metros