Qual o equipamento fotográfico eu devo usar em alta montanha?

Essa é uma pergunta que tenho recebido com alguma frequência. Acho, no entanto, que é uma questão muito mais ampla, e que depende de alguns fatores para se chegar a uma resposta que, além de tudo, é muito subjetiva. O que o fotógrafo quer captar? O que ele vai encontrar pelo caminho? Quais as adversidades naturais ele vai enfrentar?
Uma ação que eu acho importante na fotografia outdoor é fazer um planejamento. Estudar o local a ser fotografado, ler sobre as condições climáticas, sobre a fauna, sobre as dificuldades ali encontradas, para fazer uma previsão e assim definir qual equipamento levar. É coerente colocarmos na balança dois tópicos: PESO/VERSATILIDADE, ou seja, ponderarmos o que realmente vamos precisar e o que esse peso e volume extra de equipamento vão representar.

Numa viagem em que você tem que carregar tudo numa única mochila, é importante que se se tenha um conjunto enxuto, e o mais compacto possível.
Obviamente, podemos nos deparar com paisagens exuberantes, e para um aficionado por fotografia, que quer extrair ao máximo as possibilidades que a “mãe natureza” nos proporciona, é interessante um equipamento mais versátil, que nos ofereça diversas possibilidades, com várias lentes ou um tripé, por exemplo. Entretanto, o excesso de equipamento pode ser um problema. Em alta montanha, em que encontramos condições extremas, alguns gramas a menos de equipamento podem ser determinantes para o sucesso da empreitada. Além do peso, é importante lembrarmos que teremos que cuidar desse equipamento em condições climáticas desfavoráveis, como umidade excessiva, poeira e frio intenso. Em montanhas mais altas, costumo levar um corpo de câmera com apenas uma objetiva leve, mais versátil, tipo 18-50mm ou 16-80mm e um pequeno tripé de plástico, com no máximo 30cm. Além de duas baterias, que ficam protegidas do frio, dentro do saco de dormir a noite, e durante o dia no bolso junto ao corpo, para mantê-las aquecidas.